Guerra dos Farrapos (1836 - 1839)

No campo econômico, os altos impostos sobre os produtos do Sul limitavam sua concorrência com as mercadorias argentinas, uruguaias e paraguaias. Quanto à situação política, havia as disputas entre o grupo denominado Farroupilha, o qual desejava mudanças, e o Chimango, favorável à situação. Além disso, a proximidade com as Repúblicas do Prata (Argentina, Paraguai e Uruguai) trazia à tona os ideais republicanos.
O início da revolta se deu quando Bento Gonçalves, chefe dos farroupilhas, exigiu a renúncia do presidente da província do Rio Grande do Sul. Em seguida, ocupou Porto Alegre e obrigou a Assembleia a nomear outro presidente. Em 1836, proclamaram a República Rio-Grandense. Em 1839, conquistaram Laguna, em Santa Catarina, proclamando a República Juliana.
Para a conquista de Santa Catarina, os revoltosos contaram com a ajuda de Giuseppe Garibaldi, o qual havia lutado na unificação da Itália. Garibaldi conduziu navios de Porto Alegre a Santa Catarina, sobre a terra, por meio de carretas. As forças imperiais foram pegas de surpresa.
A Guerra dos Farrapos foi a mais longa guerra civil brasileira. Após dez anos de atrocidades e mortes, apenas uma oferta irrecusável, oferecida por Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, resolveu o problema.
Houve anistia para todos, incorporação dos oficiais revoltosos no Exército imperial no mesmo posto, devolução das propriedades ocupadas ou confiscadas durante a guerra e libertação dos escravos que lutaram ao lado dos farrapos.
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