Anhanga | O Mito Mais Antigo do Brasil

O
Mito do Anhanga, alma errante que vagava pelos campos e florestas, é
dos mais antigos do Brasil. Os padres José de Anchieta, Manuel da
Nóbrega e Fernão Cardim fazem referência em suas cartas ao espírito
malfazejo que atemorizava os indígenas e homens do campo. André Thevet,
cronista que acompanhou Villegaignon na expedição francesa ao
Brasil em
1955, cita-o com o nome de agnan, enquanto Hans Staden chama-o ingang. O
poeta Gonçalves Dias, que era também estudioso das culturas do Novo
Continente, acreditava ser o nome derivado de mbai-aiba, coisa má. Em
sua poesia, como na música de Villa-Lobos, a grafia anhangá é preferida.
Quando o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva ateou fogo a um pouco de aguardente que os índios pensavam ser água, levou-os a crer que possuía poderes mágicos. Os silvícolas chamaram-no então Anhanguera (nome derivado de anhanga), que significa diabo velho.
Os vários tipos de anhanga tomam nomes diferentes, de acordo com a forma física em que se corporificam. Mira-anhanga, tatu-anhanga, suaçu-anhanga, tapira-anhanga e pirarucu-anhanga designam o mau espírito respectivamente sob a forma de gente, tatu, veado, boi e peixe.
www.klimanaturali.org
www.geografiatotal.com.br