Antipsiquiatria

Antipsiquiatria

#Antipsiquiatria

As propostas da antipsiquiatria surgiram no fim da década de 1950 como resposta ao tratamento tradicional da esquizofrenia - divisão da personalidade -, que, à diferença de outras doenças mentais, só havia sido pesquisada parcialmente, sem que se considerasse de modo global a situação do esquizofrênico. O principal representante do grupo, o inglês R. D. Laing, no livro The Divided Self (1960; O eu dividido), afirmou ser a insegurança - frequentemente gerada no âmbito familiar e social - a causa pela qual o ego, como defesa, se cindia, convertendo-se em "outra pessoa" alheia aos sofrimentos anteriores.


O radicalismo proposital do termo antipsiquiatria mostra até que ponto esse movimento se opõe aos conceitos psiquiátricos tradicionais, especialmente aos de doença mental, cura e normalidade.

De acordo com essa perspectiva geral, a antipsiquiatria defendeu uma revisão dos conceitos de saúde mental e loucura, negando que se possa dar a eles um valor fixo. Prescreveu a abolição das instituições destinadas a abrigar doentes mentais e o fim de tratamentos agressivos que visam a "tranquilizar" o paciente, como o eletrochoque e a administração de sedativos.

Do ponto de vista do tratamento, isso implica que o psiquiatra não se limite a "analisar" de fora o paciente, mas participe de seu universo pessoal e social. A análise terapêutica deve supor uma situação de influência e intercâmbio recíprocos entre o terapeuta e o doente; o psiquiatra deve ter consciência de que aquilo que ele mesmo chama de cura não tem por que coincidir com o que o paciente deseja. A ideia básica, em suma, é a ruptura dos condicionamentos sociais que possibilitam a identificação dos doentes mentais e dos terapeutas em seus respectivos papéis, e o consequente estabelecimento, entre ambos, de uma relação de igual para igual.

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