Anglo-Saxões, História da Civilização Saxônica

História - Os povos germânicos que colonizaram a Inglaterra procediam da Jutlândia, região do norte da Europa que compreende a porção continental da Dinamarca e, em sentido amplo, inclui o estado alemão de Schleswig-Holstein. Os primeiros a chegar foram os jutos, que ocuparam a zona de Kent, o sul de Hampshire e a ilha de Wight. Mais tarde os saxões se estabeleceram nos domínios ao sul do Tâmisa, e os anglos ao norte desse rio. Assim surgiu a heptarquia, isto é, o conjunto de sete reinos -- na prática, foram muitos mais -- ao redor dos quais, segundo a tradição, se formou o sistema político anglo-saxão. Essas sete monarquias foram as de Kent, Sussex, Wessex, East Anglia (Ânglia Oriental), Essex, Northumbria (Nortúmbria) e Mercia (Mércia), que, enquanto existiram, lutaram constantemente entre si; as fronteiras variaram de acordo com essas lutas. Não obstante, as origens e tradições comuns, ao lado do fenômeno da progressiva cristianização, deram ao conjunto do território uma certa uniformidade cultural. No século IX o Wessex conseguiu unificar toda a Inglaterra sob seu domínio, enfrentando em seguida as invasões escandinavas -- situação que, no século XI, resultou no reino anglo-dinamarquês, que durou de 1013 a 1066 e precedeu a conquista normanda.
Língua e civilização - Uma vez estabelecidas na Inglaterra, as diversas tribos que passaram a chamar-se anglo-saxônicas desenvolveram uma série de dialetos que, de acordo com a preponderância ou a sujeição dos reinos onde eram falados, influenciaram com maior ou menor força a criação de um idioma comum. Entre esses dialetos, impôs-se o anglo-saxão ocidental, que recebeu decisivo impulso no século IX, durante o reinado de Alfredo o Grande, e do qual deriva o inglês atual. Era uma língua ainda fortemente ligada a suas origens germânicas, com declinações, e seu alfabeto viria a conservar-se em parte.

Os Anglo-Saxões criaram uma sociedade de tipo rural e feudal, em cujo nível mais baixo estava o ceorl, ou camponês, que, embora sujeito aos senhores, gozava de direitos claramente estabelecidos. A nobreza guerreira, contudo, foi o tema favorito das epopeias e das crônicas da época.
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