Literatura de Capa e Espada
A literatura teatral de capa e espada teve como precursor Bartolomé de
Torres Naharro, mas tornou-se popular com os textos de Lope de Vega e
Tirso de Molina. Os enredos, muito complicados, tratavam de amores
idealizados e desenganos amorosos decorrentes de costumes muito rígidos.
Em geral, o romance entre o herói e sua amada era parodiado pelos
servos, que faziam também comentários jocosos sobre a conduta amaneirada
de seus senhores. Depois de uma infinidade de mal-entendidos, duelos,
renúncias amorosas e dúvidas infundadas sobre a honra das donzelas, a
peça tinha um final feliz, com profusão de casamentos.
Surgidos na Espanha no século XVII, os
dramas e comédias de capa e espada tomaram esse nome em referência aos
dois elementos que caracterizavam o traje de passeio de estudantes,
soldados e cavaleiros, categorias a que pertenciam os heróis dessa
literatura.
No século XIX, o romance histórico reconquistou características próprias
da literatura de capa e espada: o clima de aventuras e o herói
cavalheiresco. Nessa área, que se tornou atraente para o público
juvenil, foi mestre Alexandre Dumas pai, autor de Os três mosqueteiros
(1844) e de O visconde de Bragelonne (1847). Famosos no gênero são o
espanhol Manuel Fernández González, autor de Don Juan Tenorio (1851) e
Os sete infantes de Lara (1862) e o francês Michel Zévaco, com Fausta
vencida (1908), Nostradamus (1909), Buridan (1911), Pardaillan e Fausta
(1913) e Os filhos de Pardaillan (1916).
Literatura Total
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