Pergaminho, História do Pergaminho
Pergaminho é a pele de alguns animais, em especial de ovelha, carneiro
ou cordeiro, preparada para a escrita de modo a se conservar por muito
tempo. Podia ser raspado e reescrito, o que deu origem aos palimpsestos.
As peles já haviam sido usadas como suporte da escrita mas, com o
pergaminho, pela primeira vez novas técnicas de preparo tornaram
possível a utilização dos dois lados. Com isso o rolo foi substituído
pelo códice, o que supostamente teve origem na biblioteca de Pérgamo, no
reinado de Eumênio II, por volta de 164 a.C.
O surgimento do pergaminho, por volta do século lI a.C., modificou definitivamente a forma dos livros, que deixaram de ser organizados em rolos e passaram a ser feitos em códice, ou seja, em folhas.
Somente a partir do século IV da era cristã o pergaminho substituiu o papiro. Na Idade Média, foi coberto de iluminuras e dourações, com o que os escribas cederam lugar a calígrafos exímios, e os encadernadores comuns foram substituídos por ourives. Em Constantinopla surgiu o hábito de tingir o pergaminho em púrpura e traçar sobre ele as letras em ouro e prata, prática condenada como demonstração de ostentação por são Jerônimo. A tintura púrpura foi abandonada, mas persistiu o uso do ouro e da prata. A importância dos pergaminhos bizantinos, carolíngios e românicos excede a preservação de textos, pois constituem verdadeiro arquivo pictórico daqueles séculos sem pintura.
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