Pragas na Agricultura

Pragas na Agricultura

Pragas na Agricultura

Pragas é o termo empregado para designar os pequenos animais que causam prejuízos à lavoura e às florestas, tanto por se alimentarem das plantas que atacam como por transmitir-lhes doenças e provocar-lhes alterações patológicas. O conceito de praga, no entanto, é subjetivo: considera-se como tal todo ser vivo que compete com o homem na luta pela sobrevivência. Um ecologista não classificaria uma lagarta fitófaga entre as pragas, pelo simples fato de ela alimentar-se de plantas, mas para um jardineiro ou um lavrador o mesmo animal é ameaçador e deve ser eliminado.

Inúmeras são as espécies animais que, por sua excessiva proliferação e seus efeitos prejudiciais às lavouras, são classificadas como pragas. Todos os anos, as pragas são responsáveis por grandes perdas e põem à prova as técnicas desenvolvidas para combatê-las.

O estudo das pragas se inclui na fitopatologia, que estuda também as doenças provocadas por vegetais, principalmente fungos. Muitas comunidades e ecossistemas naturais já sofreram, em algum momento de sua existência, o assédio de uma praga -- ou seja, os efeitos nocivos causados pela proliferação explosiva e a consequente invasão de determinado ser vivo. A multiplicação desse fenômeno, porém, se explica em grande parte pela intervenção humana no meio ambiente e pelas alterações no equilíbrio ecológico provocadas pelas atividades industriais, extrativas etc.

Para transformar grandes superfícies de terra em áreas cultiváveis, promoveu-se o desmatamento, com a consequente perda ecológica. Muitos animais ambientados naturalmente na vegetação destruída se adaptaram a viver à custa de plantas cultivadas, como parasitos. Além das nuvens de gafanhotos que assolam periodicamente extensas regiões do planeta, como o norte da África, há outras populações animais temíveis e devastadoras. A maioria delas é formada por insetos, que destroem colheitas, contaminam árvores e infligem grandes perdas à agricultura e à economia mundial. Dentre essas espécies estão os ortópteros -- como grilos e gafanhotos -- que devoram todo tipo de plantas, sem se limitar a uma classe específica. Há também os coleópteros, como os gorgulhos dos cereais e a broca-do-café; dípteros, como a mosca-da-madeira; lepidópteros, cujas larvas são mais daninhas às plantações, como o caruncho-do-café; hemípteros, como os pulgões e percevejos, que atacam as hortaliças e frutas.

Animais de outras classes zoológicas também são considerados pragas, tais como vermes, ácaros, crustáceos e moluscos, que podem causar graves danos às hortas. Entre os vertebrados, consideram-se pragas diversos roedores e também algumas aves gregárias, quando em número excessivo e quando se alimentam nas hortas ou nas plantações.

Combate às pragasOs principais métodos de combate às pragas consistem na retirada mecânica de insetos (por sacudimento de galhos e destruição dos ovos, quando seu tamanho e número o permitem); a aplicação de cal em árvores; o uso de inseticidas, acaricidas e outros produtos químicos e o emprego de recursos biológicos, que consistem em favorecer a proliferação dos inimigos naturais das pragas.

Com a fabricação de inseticidas orgânicos sintéticos, como o DDT e o BHC, a partir da segunda guerra mundial, o controle químico das pragas tornou-se o método mais empregado. O uso indiscriminado de poderosas substâncias químicas, no entanto, causou problemas ecológicos de grandes proporções. Assim, a agricultura contemporânea voltou-se para o controle integrado das pragas, que combina o uso de pesticidas com métodos biológicos. O controle integrado das pragas que atacam as plantações pode ser feito pelo desenvolvimento de variedades resistentes às pragas, pela utilização de predadores ou parasitos das próprias pragas; pela interrupção da reprodução da praga, com substâncias contraceptivas ou esterilizantes; com o emprego de armadilhas às quais os insetos são atraídos por feromônios, substâncias secretadas por eles próprios que exercem atração sexual sobre eles.

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