Sistema Braille (Alfabeto Braille)

Sistema Braille (Alfabeto Braille)

Sistema Braille (Alfabeto Braille)

O alfabeto Braille foi inventado em 1837 pelo educador francês Louis Braille (1809-1852), cego desde os três anos de idade. No começo do século XIX, foram feitas várias tentativas de criar métodos que permitissem aos cegos ler e escrever. A primeira ideia consistia em imprimir letras em relevo sobre um papel especial, o que dava a possibilidade de adivinhar suas formas por meio do tato. Esses caracteres eram lidos com facilidade por aqueles que haviam perdido a visão no percurso de suas vidas, mas não tanto pelos cegos de nascença.

O sistema Braille permite aos cegos não só ler como também escrever, integrando-os no universo cultural da palavra escrita como consumidores e produtores.

Braille aproveitou a ideia de gravar os sinais em relevo sobre papel, mas utilizou outro código alfabético, sem relação alguma com as formas das letras dos alfabetos latino e grego. Seu sistema compõe-se de 63 matrizes que não só representam as letras, mas também os números, os sinais de pontuação e acentuação e algumas das sílabas e contrações mais usadas nos idiomas ocidentais. Adaptado pela escola de cegos de Paris em 1854, logo se difundiu por todo o mundo.

Cada matriz do sistema Braille é formada por duas fileiras verticais paralelas, que podem conter três pontos cada uma. Cada sinal de leitura, seja letra, cifra ou sílaba, tem em relevo uma das possíveis combinações dos seis pontos existentes. Assim, o tipo indicado pelas diferentes posições em que aparecem os pontos em relevo assinala uma letra, um número, um sinal matemático etc.

A fileira de três pontos da esquerda leva a numeração 1-2-3, e a da direita 4-5-6. As combinações de pontos em relevo estão ordenadas em uma tábua de sete linhas horizontais. As cinco primeiras contêm dez matrizes, e as duas restantes, seis e sete, respectivamente. As matrizes das três primeiras linhas indicam letras, números e cinco palavras monossilábicas de uso frequente. As três seguintes, sílabas e sinais gramaticais, assim como um indicador de que o caractere seguinte é numérico. Na última linha se incluem caracteres que permitem empregar adequadamente os anteriores: contrações, maiúsculas etc. Em 1965 foi feita uma adaptação anglo-saxônica do Braille, que incluía os símbolos utilizados nas formas superiores da matemática e nas disciplinas técnicas, o que tornou possível aos cegos ter acesso aos estudos científicos.

A escrita se realiza por meio de pranchas metálicas. O papel é colocado entre elas; a prancha superior possui pequenas cavidades perfuradas com seis orifícios, onde o escritor, usando um estilete, marca o sinal que deseja estampar. Esse trabalho se faz da direita para a esquerda, já que o papel furado, ao ser invertido posteriormente, é lido no sentido contrário, como nos livros dos que enxergam. Existem ainda impressoras que funcionam com o sistema Braille.

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