As Forças Armadas | Heráclito Fontoura Sobral Pinto

Esta desassociação entre a autoridade moral e o poder físico do atual governo é terreno propício para a germinação de todas as catástrofes morais e sociais que estão prestes a explodir no seio da comunidade civil da nossa Pátria. No empenho de contribuir, ao menos com o meu depoimento austero, para poupar à minha Pátria dias futuros calamitosos, é que me dirijo, agora, às Forças Armadas do Brasil. Nobres são os meus propósitos. Nada demonstra tanto a pureza das minhas intenções como o fato de tentar eu falar às Forças Armadas através das cartas que escrevi aos Exmos. Srs. Generais Pedro Aurelio de Góes Monteiro, Renato Paquet e Eurico Gaspar Dutra. Nelas documento, em termos categóricos, que as Forças Armadas assumiram, por intermédio dos seus chefes mais eminentes, a responsabilidade de implantar, pela força, mas em nome do povo brasileiro, o regime de 10 de Novembro de 1937, do qual resultou a concentração, nas mãos do Exmo. Sr. Getúlio Vargas, de todos os poderes inerentes ao exercício do Cargo de Chefe Supremo do Estado. As declarações públicas e solenes dos três ilustres Generais, que deram origem às cartas que, agora, reúno em folheto, são claras, precisas, e formais no fixarem o apoio, inequívoco e decidido, que estes chefes militares dão, em nome das Forças Armadas, ao regime ditatorial, que a Carta Constitucional de 10 de Novembro de 1937 impôs à Nação, e que a Lei Constitucional no 9, de 28 de Fevereiro último se empenha por consolidar."
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