Protestantes no Brasil
O termo evangélico, na América Latina, designa as religiões cristãs originadas ou descendentes da Reforma Protestante européia do século XVI. De acordo com a doutrina protestante, a única fonte de fé é a Bíblia. Os protestantes abolem o culto e as imagens da Virgem Maria e dos santos, suspendem o celibato e o uso do latim nas celebrações e mantêm apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. Dividem-se em três grandes vertentes: o protestantismo histórico ou de missão, o pentecostalismo e o neopentecostalismo. Juntas, reúnem 26,1 milhões de adeptos no Brasil, segundo o Censo de 2000. As vertentes pentecostal e neopentecostal são as principais responsáveis por esse aumento e representam a maior parte dos evangélicos do país. As maiores concentrações de protestantes estão no extremo norte do Brasil, nos estados de Roraima, do Amazonas, do Acre e de Rondônia, e nos estados de Goiás, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
Protestantismo Histórico – Esse grupo chega ao Brasil de duas formas: com a imigração e com o trabalho missionário. O protestantismo de imigração surge no Brasil na primeira metade do século XIX, com a chegada de imigrantes alemães, em especial à Região Sul, onde fundam, em 1824, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil. Outras denominações protestantes são introduzidas por missionários norte-americanos e europeus, na segunda metade do século XIX, e por isso são chamadas de protestantismo de missão. Em 1855, o escocês Robert Reid Kalley funda, no Rio de Janeiro, a Igreja Congregacional do Brasil. Os protestantes históricos estão concentrados, na maioria, no sul do país. Nas últimas décadas, com exceção da Batista, as igrejas protestantes históricas estão ou estagnadas ou em declínio. Seus integrantes têm, em média, renda e grau de escolaridade maiores que os dos pentecostais e dos neopentecostais. Os protestantes históricos representam 21,2% do total de evangélicos do país.
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