Poesia Século XIX | Walter Scott

"Ele foi-se para o monte,
Perdeu-se lá na floresta,
Como ressequida fonte,
Quando nossa ânsia era presta.
Fonte reaparecendo
À chuva recorrerá,
Para nós nada ao relento,
Duncan não mais voltará!
Essas mãos do ceifador
Ceifam orelhas bem velhas,
Mas a voz do carpidor
Alça à coragem centelhas.
Ventos do outono avançando
Sacodem as secas folhas,
Mas nossa flor renovando
Quando a desonra era encolha.
Rápido pé na passagem,
Sábio aviso no porvir,
Mão vermelha na pilhagem
Como soa teu dormir!
Como o rocio no monte,
Como a espuma na corrente,
Como o borbulhar na fonte,
Você foi-se eternamente!"
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