História dos Jogos Olímpicos


História dos Jogos Olímpicos

História dos Jogos Olímpicos

Berço dos Jogos Olímpicos da Antiguidade e da primeira edição dos Jogos Modernos, em 1896, a Grécia sedia mais uma vez uma Olimpíada, em 2004.

Organização – Atletas e dirigentes ficam sobressaltados com a organização das Olimpíadas às vésperas das competições. As principais reclamações estruturais vêm dos participantes dos esportes aquáticos, já que não houve tempo para concluir a cobertura da piscina. Pela primeira vez desde 1992, em Barcelona, as provas são disputadas a céu aberto, o que atrapalha a quebra de recordes. Os jogadores de vôlei de praia também se queixam das quadras – segundo eles, muito duras e pouco profundas, o que pode facilmentecausar lesões. No geral, entretanto, não há problemas mais graves de estrutura.

Segurança - Uma das grandes preocupações das Olimpíadas é garantir a segurança de atletas, dirigentes e espectadores. Apesar do objetivo de promover a amizade entre os povos, os Jogos Olímpicos já foram usados para manifestações políticas e chegaram a ser alvo de atentado em 1972 . O temor de ações terroristas faz com que milhares de policiais norte-americanos sejam mandados à Grécia para reforçar a segurança. Tudo vai bem até a última prova, a maratona, quando ocorre o incidente mais grave dos Jogos. Na altura do quilômetro 36, o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, que liderava a prova, é atacado por Cornelius Horan, um ex-padre irlandês que se diz "pregador do Evangelho". Horan é afastado de Vanderlei por espectadores, que também chegam a invadir o percurso da prova. O brasileiro prossegue na prova, mas perde rendimento, é ultrapassado duas vezes e termina com a medalha de bronze. Recebe ainda um prêmio especial do COI pelo "espírito olímpico" que demonstrou ao prosseguir a prova apesar do ocorrido.

Política e violência em campo
Na era moderna, as Olimpíadas servem de palco para manifestações políticas, apesar de seu objetivo de promover a amizade entre os povos. Nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, o chanceler alemão Adolf Hitler recusa-se a reconhecer as vitórias do atleta norte-americano negro Jesse Owens, ganhador de quatro medalhas de ouro. Em 1968, na Cidade do México, os norte-americanos Tmmie Smith e John Carlos, medalha de ouro e de bronze nos 200 m rasos, respectivamente, sobem ao pódio para receber as medalhas descalços e com luvas negras nas mãos. Ao som do hino norte-americano, baixam a cabeça a erguem as mãos, símbolo do movimento Panteras Negras, que combatia o racismo nos Estados Unidos. Os dois são expulsos dos Jogos pela atitude.

O pior ataque – Nas Olimpíadas de Munique, em 1972, um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro termina com a morte de 11 atletas de Israel. Dois são mortos durante a invasão da vila pelos palestinos e outros nove são feitos reféns. O grupo exige que o governo israelense liberte mais de 200 presos em troca da vida dos atletas, mas Israel decide não negociar. O governo alemão resolve então realizar uma operação de resgate. A ação falha e os terroristas matam todos os reféns.

Boicotes – Até o fim da Guerra Fria ocorrem vários boicotes às Olimpíadas por motivos políticos. Os Estados Unidos (EUA), por exemplo, não participam dos Jogos de Moscou, em 1980, em protesto contra a invasão do Afeganistão. Os soviéticos, por sua vez, recusam-se a disputar as Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, alegando problemas de segurança. Apenas em Barcelona (1992) a competição volta a contar com a maioria dos países.

História dos jogos – Por volta de 2500 a.C., os gregos realizavam festivais esportivos em honra a Zeus no santuário de Olímpia – o que originou o termo olimpíada. O evento era tão importante que interrompia até as guerras. Os nomes dos vencedores das competições começam a ser registrados a partir de 776 a.C. Participavam apenas os cidadãos livres, em provas de atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (que incluía luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores recebiam uma coroa de louros. Mais tarde, os atletas se profissionalizam e passam a receber prêmios em dinheiro. As Olimpíadas perdem prestígio com o domínio romano na Grécia, no século II a.C. Em 392, o imperador Teodósio I converte-se ao cristianismo e proíbe todas as festas pagãs, inclusive as Olimpíadas.

Era moderna – A versão moderna dos festivais esportivos gregos é realizada, pela primeira vez, em 1896, em Atenas, por iniciativa do nobre francês Pierre de Fredy (1863-1937), barão de Coubertin. Participam 285 atletas de 13 países, que disputam provas de atletismo, ciclismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, luta livre, natação e tênis. Os vencedores são premiados com medalha de ouro e ramo de oliveira. Adota-se o termo "olimpíadas", no plural, pois na competição cada modalidade é encarada como uma olimpíada em separado.

Olimpíadas de Inverno - Também organizadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a cada quatro anos, as Olimpíadas de Inverno reúnem esportes praticados sobre a neve ou o gelo. Os Jogos de Inverno eram realizados, até 1992, no mesmo ano das Olimpíadas "tradicionais". A partir de 1994, no entanto, o COI passa a alternar as datas, para não dividir a atenção dos eventos.

A patinação artística é o equivalente da ginástica, em que os atletas recebem notas por seus movimentos. A patinação de velocidade é uma corrida, com provas em circuitos longos e curtos, em que os atletas desenvolvem maior velocidade. O esqui tem quatro modalidades distintas: o alpino, que é a descida de morros com obstáculos; o salto; o estilo livre, em que os atletas fazem manobras sobre esquis numa pista, em alta velocidade; e o cross country, espécie de maratona sobre esquis. O combinado nórdico é uma prova que une os saltos com o cross country.

O curling é um jogo em que os times usam pedras que devem se aproximar de um círculo, numa dinâmica semelhante à bocha e à malha, jogos populares no Brasil. A diferença é que se joga numa pista de gelo. O hóquei sobre o gelo é uma adaptação do hóquei olímpico, disputado sobre patins. Os jogos reúnem a nata da NHL, a liga profissional dos Estados Unidos e do Canadá que tem os melhores jogadores do mundo.

No snowboard, os atletas fazem manobras em alta velocidade sobre uma prancha, numa pista de neve parecida com a do esqui estilo livre.

Paraolimpíadas
Os Jogos Paraolímpicos, também conhecidos como Paraolimpíadas, são disputados a cada quatro anos, sempre na seqüência das Olimpíadas, por atletas que apresentam tipos diversos de deficiência. Desde 1988, em Seul, são obrigatoriamente realizados na mesma cidade-sede. A competição é organizada pelo Comitê Paraolímpico Internacional.

Origem – Em 1948, o médico inglês Ludwig Guttmann organizou uma competição com veteranos da II Guerra Mundial, inspirado nas Olimpíadas de Londres. A condição para disputar a competição, em Stoke Mandeville, era ser ex-soldado que tivesse desenvolvido problemas na medula espinhal durante o conflito. Quatro anos depois, a segunda edição dos Jogos de Stoke Mandeville tem a participação de ex-soldados holandeses. Em 1960, inspirado no movimento de Guttmann, o COI acolheu em Roma, logo após as Olimpíadas, a primeira edição dos Jogos Paraolímpicos. Competições de atletismo, basquete, esgrima, tênis de mesa e arco-e-flecha provaram que a deficiência não havia eliminado a possibilidade de essas pessoas disputarem uma Olimpíada. Aos poucos, o movimento vai crescendo. Em Atenas, as Paraolimpíadas têm mais de 4 mil participantes.

Competições – As Paraolimpíadas tem modalidades no atletismo, na natação, no ciclismo e no iatismo, há provas para deficientes visuais, com paralisia cerebral, limitações na coluna e amputados. Cada prova, por sua vez, tem várias categorias, de acordo com o grau de limitação de cada atleta. O basquete é disputado apenas por pessoas que usam cadeiras de rodas, mas cada atleta recebe um índice, de acordo com sua deficiência, e o time não pode ultrapassar uma determinada pontuação com o quinteto que estiver em quadra. No vôlei não existe essa limitação, e os atletas atuam sentados em quadra. O tiro e o arco-e-flecha são disputados por paraplégicos, assim como a esgrima, em que os atletas competem sentados. A bocha é disputada por esportistas com paralisia cerebral. O futebol tem duas competições: o futebol de cinco é disputado por cegos; o futebol de sete, por atletas com paralisia cerebral. O golbol é uma adaptação do handebol praticada por deficientes visuais que competem sentados, atirando bolas no gol. O hipismo tem apenas a prova de adestramento, com atletas que apresentam variados graus de deficiência. O judô é disputado somente por cegos. O halterofilismo tem provas para cadeirantes, atletas com paralisia cerebral e amputados. O tênis tem competições somente para atletas em cadeiras de rodas, e assim como o rúgbi, é disputado por times mistos, de homens e mulheres.

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