Olimpíadas de 1992 em Barcelona | Espanha

Olimpíadas de 1992 em Barcelona | Espanha

Olimpíadas de 1992 em Barcelona | EspanhaQuando:25/07/1992 a 09/08/1992
Países Participantes:169
Total de atletas:9.356 (m: 6.652 f: 2.704)
Participação do Brasil:25º lugar
Total de modalidades:28
Total de medalhas distribuídas:815

A história do esporte mudou definitivamente nos Jogos Olímpicos de Barcelona. A máscara do amadorismo, que exigia dos atletas a hipocrisia de fingir não ter patrocínios e profissão, enfim caiu.


Olimpíadas de 1992 em Barcelona | EspanhaSeleção masculina de vôlei consagra Geração de Ouro do Brasil com ouro olímpico em Barcelona


Olimpíadas de 1992 em Barcelona | EspanhaO Comitê Olímpico Internacional admitiu a presença de atletas profissionais de todas as modalidades e permitiu o surgimento do Dream Team, o time de basquete masculino americano que ganhou o ouro com Michael Jordan e Magic Johnson. Barcelona bateu todos os recordes de participação. Foram 7.108 homens e 2.851 mulheres, de 172 países. Os Jogos também viram o último capítulo da União Soviética, batizada de CEI, que ainda terminaram em segundo lugar, com 102 medalhas (45 de ouro). Os norte-americanos somaram 108, mas com apenas 37 vitórias. O Brasil levou 198 atletas e voltou a ganhar duas medalhas de ouro, além de uma outra de prata. Pela primeira vez em 40 anos, os Jogos foram realizados sem problemas políticos, ainda que encontrasse um país-sede dividido entre espanhóis e catalães, o que exigiu o hasteamento de duas bandeiras e o entoar de dois hinos diferentes na cerimônia de abertura. Nenhum atleta fez protesto político.

Barcelona apresenta Jogos com nova divisão geopolítica mundial
A cidade de Barcelona esperou quase 70 anos para poder abrigar os Jogos Olímpicos. Em 1924, as Olimpíadas tinham sido prometidas à cidade espanhola, porém o fundador Pierre de Fredy, o barão de Coubertin, acabou escolhendo Paris. Em 1936, três anos após a subida do nazismo ao poder na Alemanha, os Jogos iriam novamente para Barcelona, mas a Guerra Civil Espanhola postergou o evento mais uma vez.

Depois dos Jogos de Seul, em 1988, o mundo passou por grandes transformações na sua geopolítica. O apartheid foi banido da África do Sul, o que possibilitou o retorno do país aos Jogos. Alemanha se reunificou após a queda do muro de Berlim, em 1989. A União Soviética fragmentou-se em 15 novas repúblicas no ano da véspera da competição. Voltaram as Jogos a Estônia, Letônia e Lituânia, ausentes há mais de meio século dos Jogos por causa da ocupação soviética, também participaram. As repúblicas da antiga União Soviética desfilaram em Barcelona sob o nome de Comunidade dos Estados Independentes (CEI), mas quando subiram ao pódio os atletas tiveram içadas as bandeiras de seus próprios países. A Albânia, livre da ditadura, voltou aos Jogos após 30 anos. Cuba, Coréia do Norte e Etiópia também encerraram seu boicote. A Iugoslávia, sancionada pelas Nações Unidas pela agressão militar à Croácia e à Bósnia, foi proibida de participar das competições por equipes, mas os atletas do país puderam competir como "atletas olímpicos independentes". A chama olímpica foi acesa com uma flecha lançada pelo arqueiro paraolímpico espanhol Antonio Rebollo.

Vôlei consagra, enfim, Geração de ouro
Formada por Tande, Amauri, André, Carlão, Douglas, Giovane, Janelson, Jorge Édson, Marcelo Negrão, Maurício, Paulão e Talmo, a seleção masculina de vôlei, comandada por José Roberto Guimarães, fez uma campanha impecável e consagrou-se como a “Geração de ouro” ao vencer a Holanda por 3 sets a 0 na final. Foi o primeiro ouro em esportes coletivos do Brasil, além do fim do jejum de oito anos que o país não subia mais de uma vez ao lugar mais alto do pódio. No judô, Rogério Sampaio aumentou a lista com vitória dramática na categoria meio-leve, em que derrotou o húngaro Jozsef Csak na contagem de pontos para levar o segundo ouro. Gustavo Borges por pouco não conseguiu o terceiro, e levou prata nos 100 m livre. Na natação, a conquista também foi sofrida. A prova foi bastante acirrada, com o russo Aleksandr Popov, Borges e o francês Stephan Caron. Assim que os nadadores completaram a prova, o nome do brasileiro não apareceu no placar. O chefe da delegação brasileira, atual presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), Coaracy Nunes, pulou a mureta da arquibancada e foi reclamar. O nome de Borges apareceu na quinta colocação. Nunes continuou lutando e os fiscais resolveram assistir ao videoteipe da prova: prata para o Brasil.

Pela primeira vez desde Tóquio-1964, o atletismo não trouxe medalha. Róbson Caetano ficou em quarto lugar nos 200 m rasos e Zequinha Barbosa, nos 800 m, também terminou na quarta colocação.

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