Olimpíadas de 2004 em Atenas | Grécia

Olimpíadas de 2004 em Atenas | Grécia

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Olimpíadas de 2004 em Atenas | GréciaVanderlei Cordeiro foi atacado por manifestante durante a maratona, mas voltou à prova e foi bronze
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2004 – OLIMPÍADAS DE ATENAS

Quando:13/08/2004 a 29/08/2004
Países participantes:201
Total de atletas:10.625 (m: 6.296, f: 4.329)
Participação do Brasil:16º lugar
Total de modalidades:35
Total de medalhas distribuídas:931

Grécia surpreende pela organização e também pelos casos de doping
Desacreditada e ameaçada pelo Comitê Olímpico Internacional de ter seu direito de sede dos Jogos cassado, Atenas calou os críticos ao conseguir passar os 16 dias sem qualquer incidente na organização. A segurança assustava grande parte das delegações, já que os Jogos de 2004 foram os primeiros após os atentados de 11/09/2001 (em Nova York) e 11/03/2004 (em Madri). Os problemas de atrasos nas entregas das praças olímpicas foram esquecidos na cerimônia de abertura, que remeteu à Antigüidade e explorou ao máximo o fato de os gregos terem criado a Olimpíada. O único revés ocorreu no último dia de competição, durante a maratona, para tristeza dos torcedores brasileiros. À frente na disputa masculina, Vanderlei Cordeiro foi alvo do ataque de um manifestante religioso, o padre irlandês Cornélius Horan, que furou a segurança. Com ajuda de outro espectador da prova, Vanderlei conseguiu voltar à corrida, mas demorou para retomar seu ritmo e ficou com o bronze. O maratonista recebeu também a medalha do Barão de Cobertin, e tornou-se o herói olímpico de Atenas.

O doping também chamou a atenção nos gregos. Logo antes das Olimpíadas, na véspera do dia 13 de agosto, Costas Kenteris e Ekaterina Thanou, duas estrelas do atletismo local, faltaram aos exames antidoping obrigatórios e depois sofreram um misterioso acidente de moto. Ambos não competiram e decepcionaram os fãs. No total, Atenas-2004 registrou 24 casos positivos. Para o Comitê Olímpico, resultado da rígida política de controle. O próprio presidente do COI, Jacques Rogge, já alertava que a edição grega bateria o recorde de registros.

Lei Piva rende pódios ao Brasil
Na primeira Olimpíada em que pôde contar com a injeção mensal de verbas públicas no COB e nas confederações - a Lei Piva, colocada em vigor em fevereiro de 2002, levou a delegação à melhor participação na história em termos de ranking. O Brasil terminou na 16º posição, uma acima do que o país conseguiu em Moscou-1980, quando foi beneficiado pelo boicote dos países ocidentais. Foram cinco ouros: seleção masculina de vôlei, Torben Grael/Marcelo Ferreira (Star) e Robert Scheidt (Laser) na vela, Emanuel e Ricardo no vôlei de praia, e Rodrigo Pessoa no hipismo. Este último de herança, só confirmado após o doping do cavalo campeão. Apesar do recorde, o aproveitamento brasileiro foi o pior desde a entrada de Carlos Arthur Nuzman no Comitê Olímpico Brasileiro, em 1995. Em Atenas, 41 dos 247 brasileiros ganharam medalhas, ou 16,5% da delegação. Em Atlanta-1996, o índice havia sido de 28%, com 63 atletas. Em Sydney-2000, de 22,9%, com 47. As decepções não vieram só nos números. O vôlei feminino, o atletismo e a ginástica artística contrariaram as expectativas. O time de José Roberto Guimarães perdeu a semifinal depois de tomar uma virada incrível no quarto set, quando vencia por 24 a 19 e precisava de um ponto para fechar o jogo contra a Rússia. Daiane dos Santos, na época campeã mundial do solo, ficou sem o pódio após errar na final. Desempenho igualmente frustrante teve Jadel Gregório, quinto no salto triplo, e o revezamento 4 x 100 m rasos, oitavo.

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