Afeganistão | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Afeganistão
Geografia - Área: 652.225 km². Hora local: +7h30. Clima: subtropical árido (maior parte). Capital: Cabul. Cidades: Cabul (1.424.400), Qandahar (225.500), Herat (177.300), Mazar-e-Sharif (130.600).
População -
29 milhões ; nacionalidade: afegane; composição: pashtun* 38%,
tadjiques 25%, hazarás 19%, uzbeques 6%, outros 12% (2015). Idiomas:
dari, pashtun* (oficiais). Religião: islamismo 98,1%, outras 1,8%
(2016).
Relações Exteriores - Organizações: Banco Mundial, FMI, ONU. Embaixada: 2341, Wyoming Avenue NW, Washington D.C. 20008, EUA.
Governo - República presidencialista. Div. administrativa: 34 províncias. Presidente: Ashraf Ghani. Partidos: em formação. Legislativo: bicameral – Casa do Povo (até 250 membros) e Casa dos Anciãos (com representantes dos conselhos de província, de distrito e membros indicados pelo presidente). Constituição: 2004.
Economia do Afeganistão
O Afeganistão é um país extremamente pobre, muito dependente da agricultura (principalmente da papoula -, matéria-prima do ópio) e da criação de gado. A economia sofreu fortemente com a recente agitação política e militar, e uma severa seca veio se juntar às dificuldades da nação entre 1998 e 2001. A maior parte da população continua a ter alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde insuficientes, e estes problemas são agravados pelas operações militares e pela incerteza política. A inflação continua a ser um problema sério.
Depois do ataque da coligação liderada pelos Estados Unidos que levou à derrota dos Talibã em Novembro de 2001 e à formação da Autoridade Afegã Interina (AAI) resultante do acordo de Bona de Dezembro de 2001, os esforços internacionais para reconstruir o Afeganistão foram o tema da Conferência de Doadores de Tóquio para a Reconstrução do Afeganistão em Janeiro de 2002, onde foram atribuídos 4,5 bilhões de dólares a um fundo a ser administrado pelo Banco Mundial. As áreas prioritárias de reconstrução são: a construção de instalações de educação, saúde e saneamento, o aumento das capacidades de administração, o desenvolvimento de setores agrícolas e o de reconstrução das ligações rodoviárias, energéticas e de telecomunicações. Dois terços da população vivem com menos de dois dólares por dia. A taxa de mortalidade infantil é de 160.23 por 1000 nascimentos.
Economia do Afeganistão
O Afeganistão é um país extremamente pobre, muito dependente da agricultura (principalmente da papoula -, matéria-prima do ópio) e da criação de gado. A economia sofreu fortemente com a recente agitação política e militar, e uma severa seca veio se juntar às dificuldades da nação entre 1998 e 2001. A maior parte da população continua a ter alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde insuficientes, e estes problemas são agravados pelas operações militares e pela incerteza política. A inflação continua a ser um problema sério.
Depois do ataque da coligação liderada pelos Estados Unidos que levou à derrota dos Talibã em Novembro de 2001 e à formação da Autoridade Afegã Interina (AAI) resultante do acordo de Bona de Dezembro de 2001, os esforços internacionais para reconstruir o Afeganistão foram o tema da Conferência de Doadores de Tóquio para a Reconstrução do Afeganistão em Janeiro de 2002, onde foram atribuídos 4,5 bilhões de dólares a um fundo a ser administrado pelo Banco Mundial. As áreas prioritárias de reconstrução são: a construção de instalações de educação, saúde e saneamento, o aumento das capacidades de administração, o desenvolvimento de setores agrícolas e o de reconstrução das ligações rodoviárias, energéticas e de telecomunicações. Dois terços da população vivem com menos de dois dólares por dia. A taxa de mortalidade infantil é de 160.23 por 1000 nascimentos.
Desde a Antiguidade, a região correspondente ao atual Afeganistão é ponto de confluência de comércio e conquistas na Ásia. As primeiras civilizações, das quais pouco se sabe, surgem há mais de 2,5 mil anos. Por volta de 500 a.C., a região integra o Império Persa, sob Dario I. Um século mais tarde, é ocupada por Alexandre, o Grande, da Macedônia (356 a.C.-323 a.C.), que funda a cidade de Alexandrópolis, hoje Qandahar, que passa a exercer importante papel na difusão da cultura helenística na Ásia Central. Povos de origem celta fundam, no século II a.C., o Império Kushana, responsável pela difusão do budismo e por sua entrada na China. A região é integrada ao Império Persa sassânida do século III ao século VII, quando se inicia a influência islâmica. O domínio mongol começa no século XII, com Gênghis Khan (1155?-1227), e se estende até o século XVI. Só em 1747 o monarca Ahmad Shah Durrani unifica a região e consolida o Estado, fundando uma dinastia que se mantém no poder até 1973. Em 1880, a monarquia é posta sob tutela inglesa, que dura até a independência, em 1919. Invasão soviética Em 1973, o ex-primeiro-ministro Daud Khan, simpático à União Soviética (URSS), derruba o rei Mohammad Zahir Shah e proclama a República. Em 1978, Daud é deposto e executado por militares. Um regime de inspiração comunista é adotado, com a oposição de guerrilheiros islâmicos. Em 1979, tropas soviéticas invadem o país e põem no poder Babrak Karmal, sucedido por Nadjibollah Mohammad em 1986.A URSS não consegue derrotar os combatentes islâmicos afegãos, chamados mujahedins, armados e apoiados por EUA, Irã e Paquistão, e se retira em 1989. O governo pró-Moscou renuncia em 1992, e facções guerrilheiras rivais iniciam nova fase da guerra. Uma Loya Jirga – tradicional conselho de notáveis formado por líderes tribais, autoridades religiosas e anciãos – instala um governo islâmico moderado, liderado por Burhanuddin Rabbani. Mas o poder de fato fica com chefes militares regionais corruptos e bandos armados.
Taliban em cena - No início de 1995, a milícia islâmica Taliban (plural de talib, que significa estudante, na língua pashtun) ganha poder no país. É um grupo fundamentalista sunita da etnia pashtun, surgido das escolas religiosas (madrassas) do Paquistão e apoiado pelo governo desse país. Em setembro de 1996, o Taliban conquista Cabul e institui a Sharia, a lei islâmica. As mulheres são proibidas de trabalhar e obrigadas a usar a burca, traje que cobre todo o corpo, inclusive o rosto. Em agosto de 1998, o Taliban domina 90% do território ao tomar Mazar-e-Sharif, última grande cidade da oposicionista Aliança do Norte, liderada pelo ex-ministro da Defesa Ahmad Shah Massud, cujas tropas ficam restritas ao extremo norte do território. No mesmo mês, os EUA disparam mísseis sobre supostos campos de treinamento de terroristas no país, como represália aos atentados contra suas embaixadas na África, pelos quais o terrorista saudita Osama bin Laden, protegido do Taliban, é responsabilizado. A Organização das Nações Unidas (ONU) anuncia, em 1999, sanções contra o país até que o governo extradite Bin Laden.
Em março de 2001, como resultado de uma campanha do Taliban para destruir todos os objetos de idolatria do país, a milícia demole duas gigantescas estátuas de Buda, declaradas patrimônio da humanidade. Dados da ONU indicam que, sob o comando do Taliban, o país se converteu no maior produtor mundial de ópio – droga extraída da papoula e matéria-prima para a heroína. Em 9 de setembro, Shah Massud é morto num atentado atribuído a Bin Laden.
Ataques anglo-americanos - Os EUA acusam Bin Laden e a rede terrorista Al Qaeda dos atentados de 11 de setembro em Nova York e Washington e exigem a entrega do saudita para não atacarem o Afeganistão. O mulá Mohammed Omar, líder do Taliban e sogro de Bin Laden, não o expulsa. Em outubro, os EUA e o Reino Unido bombardeiam cidades afeganes. O Paquistão apóia os EUA, e o Taliban perde seu aliado. Os ataques causam a fuga de milhares de civis para o Paquistão. A Aliança do Norte se aproveita da ajuda militar anglo-americana e avança.
Queda do Taliban – Cerca de 500 combatentes talibans são mortos em novembro, numa ofensiva da Aliança do Norte apoiada por forças norte-americanas. Em seguida, a aliança toma Mazar-e-Sharif e Cabul. O mulá Omar foge de Qandahar em dezembro e sela a última etapa da era taliban. Os EUA não capturam Bin Laden nem Omar. Os afeganes comemoram o fim do regime. Cinemas e emissoras de TV são reabertos. As mulheres retomam o direito de não usar a burca e de trabalhar e estudar.
Novo governo – O líder pashtun moderado Hamid Karzai, com o apoio dos EUA e do ex-rei Zahir Shah, é escolhido para formar um governo interino a partir de dezembro de 2001.Um contingente de 5,5 mil soldados da Força Internacional de Segurança para o Afeganistão (Isaf), da ONU, chega ao país em janeiro de 2002. Karzai é escolhido em junho pela Loya Jirga para prosseguir na chefia do governo provisório. A oposição das outras facções torna-se mais evidente e violenta. Representantes de mais de 60 países dispostos a ajudar na reconstrução da economia afegã reúnem apenas 4,5 bilhões de dólares, menos da metade dos 10 bilhões que a ONU considera necessários.
Volta dos rebeldes – No início de 2003 fica claro que o Taliban está se reorganizando. Ao mesmo tempo, os conflitos intensificam-se no norte. Em março, as forças dos EUA no Afeganistão lançam uma ofensiva aérea e terrestre contra o Taliban. Em junho começa outra investida dos EUA no sul. Em agosto, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental, assume o controle da segurança em Cabul. O Fundo Monetário Internacional (FMI) adverte que o ópio responde por metade da renda do Afeganistão. Em outubro, o Conselho de Segurança da ONU permite a ampliação das operações das forças de paz fora de Cabul.
Constituição e eleições – Em janeiro de 2004, a Loya Jirga aprova uma nova Constituição, que institui um regime presidencialista islâmico, com direitos iguais para os dois sexos. A Constituição também procura equilibrar conflitos étnicos. Em março, Karzai obtém financiamentos internacionais no valor de 8,2 bilhões de dólares, no decorrer de três anos. Os atentados continuam, mas as eleições presidenciais são marcadas para outubro. Karzai, que já havia escapado de vários atentados, é alvo em setembro de um míssil disparado, sem sucesso, na direção do helicóptero em que estava. No mês seguinte, ele obtém 55% dos votos e é eleito para um mandato de cinco anos. A guerra ao ópio se intensifica. Em dezembro, produtores agrícolas queixam-se de uma pulverização com agentes químicos contra plantações, cuja autoria não é assumida nem pelo governo nem pelos norte-americanos, que controlam militarmente o país.
Principais grupos étnicos do Afeganistão
Situado num território montanhoso e desértico, o Afeganistão tem sido objeto, desde a Antiguidade, de invasões e conquistas. No decorrer da história, converte-se em ponto de encontro de culturas e etnias. Os principais grupos são os pashtuns (etnia do presidente Hamid Karzai), tadjiques, uzbeques e hazarás. O restante da população é formado por tribos nômades que vivem na região há séculos, atraídas pelo comércio ao longo da Rota da Seda, que ligava a China ao Ocidente. Estima-se que haja no Afeganistão 1,2 mil facções étnico-tribais armadas. Comandados por "senhores da guerra" – chefes militares regionais –, esses grupos têm se digladiado na luta pelo poder, quase sempre nas mãos da maioria pashtun. Durante o regime dos taliban (de etnia pashtun), tadjiques, uzbeques e hazarás, que nem sempre conviveram harmoniosamente, unem-se na coalizão Aliança do Norte. A nova Constituição estabelece o pashtun e o dari (persa) como línguas do Estado, mas apóia ainda o uso do uzbeki, do turcomeno, do baluchi, do pashaei, do nuristano e "de outras línguas faladas no país".
Cultura do Afeganistão
A Cultura do Afeganistão é milenar. É bastante influenciada pelo Islã, porém recebeu, ao longo dos séculos, influências do budismo e do zoroastrismo.
Há objetos da Arte Gandara do século I ao século VII, com marcante influência greco-romana. Desde o início do século XX a arte afegã começou a utilizar-se de técnicas ocidentais. A arte era uma tarefa essencialmente masculina, porém recentemente mulheres começaram a se destacar.
Os monumentos históricos do país foram muito danificados por anos de guerra, e um exemplo disso foram as duas gigantescas estátuas de Buda existentes na província de Bamiyan, que foram destruídas pelos Talibã por serem consideradas idólatras.
Outros famosos sítios (lugares) históricos incluem as cidades de Herat, Gázni e Balkh. O minarete de Jam, no vale de Hari Rud, é um Património Mundial da Humanidade, segundo a UNESCO.
www.klimanaturali.org
Cultura do Afeganistão
A Cultura do Afeganistão é milenar. É bastante influenciada pelo Islã, porém recebeu, ao longo dos séculos, influências do budismo e do zoroastrismo.
Há objetos da Arte Gandara do século I ao século VII, com marcante influência greco-romana. Desde o início do século XX a arte afegã começou a utilizar-se de técnicas ocidentais. A arte era uma tarefa essencialmente masculina, porém recentemente mulheres começaram a se destacar.
Os monumentos históricos do país foram muito danificados por anos de guerra, e um exemplo disso foram as duas gigantescas estátuas de Buda existentes na província de Bamiyan, que foram destruídas pelos Talibã por serem consideradas idólatras.
Outros famosos sítios (lugares) históricos incluem as cidades de Herat, Gázni e Balkh. O minarete de Jam, no vale de Hari Rud, é um Património Mundial da Humanidade, segundo a UNESCO.
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