Israel | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos de Israel

Israel | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos de Israel


Geografia: Área: 20.700 km². Hora local: +5h. Clima: mediterrâneo. Capitais: Jerusalém (não reconhecida pela ONU), Telaviv (sede da maioria das embaixadas estrangeiras). Cidades: Jerusalém (700.000), Telaviv (400.000), Haifa (290.800), Rishon Leziyyon (215.600), Ashdod (192.500).

População: 6,9 milhões; nacionalidade: israelense; composição: israelenses nativos de origem européia 41%, europeus, norte-americanos, africanos e médio-orientais 40%, árabes palestinos 19%. Idiomas: hebraico, árabe (oficiais), inglês. Religião: judaísmo 77,1%, islamismo 12%, cristianismo 5,8% (católicos 2,7%, outros 3,1%), sem religião e ateísmo 4,8%, bahaísmo 0,3%. Moeda: shekel novo.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU. Embaixada: Tel. (61) 244-7675, fax (61) 244-6129 – Brasília (DF); e-mail: brasilia@israel.org, site na internet: www.israel.org.br.

Governo: República parlamentarista. Div. administrativa: 6 distritos subdivididos em municipalidades. Partidos: Likud, Trabalhista, Shinui, Shas, Unidade Nacional, Meretz. Legislativo: unicameral – Assembleia, com 120 membros. Constituição: não há Constituição escrita.

Protagonista dos conflitos no Oriente Médio, o Estado de Israel nasce em 1948, com o retorno dos judeus ao território de onde haviam sido expulsos quase 2 mil anos antes. Sua fundação gera uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade, objeto de complexas negociações que envolvem israelenses e palestinos – que habitam a região há séculos e exigem que lá seja criado seu próprio Estado. O maior símbolo da situação em que vive o país é o status de Jerusalém, cidade considerada sagrada por três religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. A porção oriental, que inclui a Cidade Velha, é reivindicada por Israel e pelos palestinos. A ajuda financeira dos Estados Unidos (EUA) e de judeus que vivem no exterior, mais uma população de elevado nível educacional, fazem de Israel a economia mais desenvolvida do Oriente Médio. Usando tecnologia avançada, os israelenses fazem uma agricultura moderna nas terras áridas do país. Contam com uma indústria de ponta em informática e um poderoso arsenal de guerra. A nação possui contrastes geográficos em seu pequeno território: praias na costa mediterrânea, picos nevados no extremo norte, um grande deserto no sul e a maior depressão do mundo, o mar Morto, no leste.

ISRAEL, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DE ISRAEL

História de Israel

Bandeira de IsraelAcredita-se que o povo judeu tenha origem em grupos nômades, habitantes da Mesopotâmia, que teriam rumado para a região da Palestina por volta de 2000 a.C. No fim do século XVII a.C., migram para o Egito, onde são feitos escravos. Após retornarem do cativeiro, as tribos judaicas reconquistam a Palestina e se unificam sob o comando de Saul, por volta de 1029 a.C. Davi o sucede, em torno de 1000 a.C., e expande o território de Israel, que alcança o apogeu sob Salomão, entre 966 a.C. e 926 a.C. Após sua morte, um período de crise põe em xeque a sobrevivência da nação judaica, conquistada por vários povos – babilônios, assírios, persas, gregos e romanos. Em 70, o general romano Tito destrói Jerusalém. Expulsos de seu território, os judeus dispersam-se pelo mundo, no segundo momento da diáspora judaica – o primeiro se dera com a invasão de Jerusalém, em 586 a.C., pelo imperador babilônio Nabucodonosor. Em 636, os árabes ocupam a Palestina e convertem a maioria dos habitantes ao islamismo. Após sucessivas invasões, a região é incorporada ao Império Turco-Otomano, de 1517 a 1917.

Sionismo - O atual Estado de Israel tem sua origem no sionismo (de Sion, colina da antiga Jerusalém), movimento surgido na Europa no século XIX. Seu ideólogo, Theodor Herzl, organiza, em 1897, em Basiléia, na Suíça, o primeiro congresso sionista, pela formação de um Estado judaico. Colonos judeus da Europa Central e Oriental, onde o anti-semitismo é mais intenso, instalam-se na Palestina, de população majoritariamente árabe. Em 1909 criam o primeiro kibutz (colônia agrícola de inspiração socialista). A Palestina é ocupada pelo Reino Unido no fim da I Guerra Mundial. Em 1917, o chanceler britânico Arthur Balfour declara apoio ao estabelecimento de um lar nacional dos judeus na região, sob a condição de ver respeitados os direitos das comunidades não-judaicas. O governo britânico promete aos árabes um grande Estado independente, que jamais é criado. Três anos depois, o Reino Unido recebe um mandato da Liga das Nações para administrar a Palestina. Líderes árabes, porém, consideram-se traídos pelos britânicos e ameaçados pelo sionismo. A perseguição aos judeus pelo regime nazista de Adolf Hitler, a partir de 1933, intensifica a migração para a Palestina. Em 1929 e 1936 ocorrem violentos distúrbios entre árabes e judeus.


Diáspora Judáica e a Criação do Estado de Israel

Diáspora Judáica e a Criação do Estado de Israel

Processo de dispersão dos judeus pelo mundo e conseqüente formação de comunidades judaicas fora da Palestina.

A primeira diáspora inicia-se em 586 a.C., quando o imperador babilônico Nabucodonosor II (605 a.C.-562 a.C.) invade Jerusalém e deporta os judeus para a Babilônia. Apesar da libertação de Jerusalém pelo imperador persa Ciro I (559 a.C.-529 a.C.), em 539 a.C., apenas uma parte dos judeus retorna para lá. A maioria opta por permanecer na Babilônia e alguns migram para vários países do Oriente. O segundo momento da diáspora acontece no ano 70, com a destruição de Jerusalém pelos romanos. A partir desse momento, os judeus dirigem-se a diversos países da Ásia Menor e do sul da Europa, formando comunidades que mantêm a religião e os hábitos culturais judaicos. As que se estabelecem mais tarde nos países do Leste Europeu ficam conhecidas como ashkenazi. Empurrados pelo islamismo, os judeus do norte da África (sefardins) migram para a península Ibérica. Expulsos de lá pela cristandade no século XV, migram para Holanda (Países Baixos), Bálcãs, Turquia, Palestina e, estimulados pela colonização européia, chegam ao continente americano.

Criação de Israel – O extermínio de 6 milhões de judeus em campos de concentração, durante a II Guerra Mundial, impulsiona a reconstituição de um Estado próprio, após quase 2 mil anos de desaparecimento. A diáspora termina em 1948, com a criação do Estado de Israel. Em 1996 estima-se que haja 4,5 milhões de judeus vivendo em Israel, cerca de 5,5 milhões nos Estados Unidos, 2,5 milhões nos países da CEI, 700 mil na França, 500 mil no Reino Unido, 250 mil na Argentina e 130 mil no Brasil.

As visões judaicas a respeito da diáspora (tefutzah, em hebraico) divergem. Enquanto a maioria dos judeus ortodoxos apóia o sionismo (retorno a Israel), outros se opõem ao conceito de moderna nação como um Estado secular e acreditam que esta só poderá existir após a chegada do Messias.

Jerusalém, Capital de Israel
Jerusalém, Capital de Israel
Partilha da Palestina - O apoio internacional à criação de um Estado judaico aumenta, depois da II Guerra Mundial, ao ser revelado o massacre de cerca de 6 milhões de judeus nos campos de extermínio nazistas, o holocausto. Encerrado o conflito, os britânicos delegam à Organização das Nações Unidas (ONU) a tarefa de solucionar os problemas da região. Sem consulta prévia aos árabes-palestinos, a ONU aprova, em 1947, a divisão da Palestina em dois Estados – um para os judeus, outro para os árabes, que rejeitam o plano. Em 14 de maio de 1948 é criado o Estado de Israel, com David Ben-Gurion como primeiro-ministro. Cinco países árabes enviam tropas para impedir sua fundação. A guerra termina em janeiro de 1949, com a vitória de Israel. O Estado árabe-palestino, previsto pela ONU, não é proclamado, e os israelenses passam a controlar 75% do território da Palestina. A economia israelense floresce com o apoio estrangeiro e remessas particulares de dinheiro. Em 1956, Israel aproveita a crise do Canal de Suez e se alia à França e ao Reino Unido para atacar o Egito na península do Sinai e na Faixa de Gaza. Por intervenção da ONU e sob pressão dos EUA e da União Soviética (URSS), as tropas israelenses retiram-se da região.

Guerras árabe-israelenses Diante da aliança militar entre Egito, Síria e Jordânia – com o apoio da URSS –, Israel, fortemente armado pelos EUA, toma a iniciativa de atacar os três países em 5 de junho de 1967. O episódio, conhecido como a Guerra dos Seis Dias, termina em 10 de junho com a vitória israelense e a conquista do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, das Colinas de Golã (na Síria) e da zona oriental de Jerusalém. Resoluções da ONU determinam a devolução das áreas ocupadas, mas Israel exige que os países árabes reconheçam sua existência e não aceita devolver Jerusalém Oriental – anexada em 1980. Nova guerra eclode em 6 de outubro de 1973, feriado judaico do Yom Kipur (Dia do Perdão). Num ataque-surpresa, tropas do Egito e da Síria avançam sobre o Sinai e Golã para reconquistar os territórios perdidos em 1967, mas são repelidas. O conflito se estende por 19 dias e não provoca alterações territoriais. Os árabes descobrem no petróleo uma arma de guerra: boicotam seu fornecimento às nações que apóiam Israel e aumentam o preço do produto, provocando pânico mundial.

Fim da era trabalhista - Em 1977, a coligação liderada pelo direitista Partido Likud ganha as eleições em Israel, depois de 30 anos de hegemonia trabalhista. O primeiro-ministro Menahem Begin expande as colônias israelenses nos territórios árabes ocupados na Guerra dos Seis Dias. No mesmo ano, o presidente egípcio Anuar Sadat visita Jerusalém, o que abre caminho para os acordos de Camp David (1978/1979), mediados pelos EUA, mas repudiados pelos países árabes. O Sinai é devolvido ao Egito em 1982. O governo do Likud inicia um processo de desestatização e de enfraquecimento dos kibutz, que são a base de apoio do Partido Trabalhista. Em junho de 1982, o Exército israelense invade o Líbano e cerca Beirute, para destruir o quartel-general da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Um acordo permite que a sede da organização seja transferida para a Tunísia. Israel retira-se da maior parte do Líbano em 1985.

Intifada - Em 1984, os trabalhistas retornam ao poder sob liderança de Shimon Peres. Porém, sem maioria absoluta, são obrigados a estabelecer coalizão com a direita, cedendo a Yitzhak Shamir, do Likud, o cargo de primeiro-ministro. Em 1987 eclode a rebelião palestina nos territórios ocupados e no setor árabe de Jerusalém conhecida como Intifada ("levante", em árabe). Israel reprime com violência os militantes palestinos. Nos anos 1990, o governo israelense incentiva a chegada de cerca de 1 milhão de imigrantes judeus saídos da antiga URSS. O país investe pesado em habitação e na criação de empregos. Em 1992, os trabalhistas obtêm a vitória nas eleições, e o cargo de primeiro-ministro passa a Yitzhak Rabin, que reinicia negociações com os árabes. Em 1993 é assinado o Acordo de Oslo, que prevê a devolução de territórios aos palestinos. Em 1994, Israel e Jordânia firmam um acordo de paz.

Assassinato de Rabin - Os avanços pela paz acentuam divisões na sociedade israelense. Grupos ultranacionalistas e radicais ortodoxos se opõem à devolução de territórios aos palestinos. Para reforçar sua posição política, Rabin lidera uma grande manifestação pela paz, em Telaviv, em 4 de novembro de 1995. Na saída, é assassinado por um extremista judeu, Yigal Amir, condenado à prisão perpétua em março de 1996. O chanceler Shimon Peres, arquiteto do plano de paz, assume o governo, mas perde o cargo de primeiro-ministro para o novo líder do Likud, Benyamin Netanyahu, nas eleições de 1996. O processo de paz passa por várias interrupções, e a colonização judaica na Cisjordânia volta a se expandir. Apoiado em promessas de um acordo final com os palestinos e de pôr fim à ocupação do sul do Líbano, o Partido Trabalhista vence as eleições de 1999. Seu líder, Ehud Barak, assume o cargo de primeiro-ministro em julho. A retirada militar da Cisjordânia, prevista no acordo de Wye Plantation (1998), estende-se até março de 2000. Em maio, Israel deixa o Líbano, mas o governo libanês o acusa de ocupar a área conhecida como fazendas de Shabaa (que a ONU diz ser da Síria), e a milícia xiita libanesa Hezbollah continua a atacar israelenses que patrulham a região.

Fracasso de Camp David - As negociações sobre o status final dos territórios palestinos, ocorridas em Camp David (EUA), em 2000, terminam sem um acordo sobre temas difíceis, como o controle da água, o retorno de 3,9 milhões de refugiados palestinos, o traçado das fronteiras do Estado palestino em Gaza e Cisjordânia e o futuro dos assentamentos judaicos nesses territórios. Barak faz a mais ampla proposta já apresentada por Israel: soberania palestina sobre toda a Faixa de Gaza e 90% da Cisjordânia. Mas Arafat, líder palestino, rejeita a proposta porque não estão previstos a entrega de Jerusalém Oriental (que os palestinos querem transformar na capital de seu futuro Estado) nem o retorno dos refugiados ao território de Israel, além de serem mantidas colônias judaicas em 10% da Cisjordânia. Ao mesmo tempo, os setores conservadores e religiosos de Israel reprovam as "concessões excessivas" de Barak. Após a segunda Intifada, que começa em setembro, Barak suspende as negociações. Ao perder o apoio de partidos religiosos, o primeiro-ministro passa a governar com minoria no Parlamento e convoca em novembro eleições apenas para primeiro-ministro – pela lei então em vigor, a votação para chefe de governo pode não coincidir com a do Parlamento.

Barak é derrotado por Ariel Sharon nas urnas, em 2001. Ao prometer que trará segurança, não dividirá Jerusalém nem entregará mais territórios aos árabes, o líder do Likud recebe 62,4% dos votos. Com Sharon, acusado de massacres de árabes, a retomada do processo de paz é dificultada. Ele expande as colônias judaicas, intensifica bloqueios nos territórios árabes e suspende as negociações com a Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Reocupação - A partir de 2002, o conflito intensifica-se. Após a morte de 30 pessoas num atentado suicida do Hamas, em março, Israel inicia grande ofensiva na Cisjordânia. Cidades e campos de refugiados são ocupados; centenas de palestinos, presos. O governo israelense começa a construir cercas e muros de 350 quilômetros na fronteira com a Cisjordânia, alegando que precisa impedir a entrada de extremistas no país. Sharon não cede às pressões de EUA, ONU e União Européia (UE) para suspender a obra. A economia israelense entra na pior recessão da história. Ao perder a maioria, Sharon antecipa as eleições parlamentares para janeiro de 2003. O Likud conquista 40 cadeiras e Sharon, fortalecido, forma coalizão com liberais, nacionalistas e a extrema direita.

Plano de paz - Em junho de 2003, o presidente norte-americano, George W. Bush, o primeiro-ministro da ANP, Mahmud Abbas, e Sharon comprometem-se com o Mapa da Estrada, novo plano de paz patrocinado por EUA, UE, ONU e Federação Russa. A proposta prevê medidas graduais e a criação de um Estado Palestino em 2005. Grupos palestinos declaram trégua, Sharon elimina alguns embriões de colônias judaicas e liberta mais de 300 presos palestinos. Mas a violência é retomada. Radicais palestinos matam dezenas de israelenses em atentados suicidas e Israel bombardeia a Faixa de Gaza, matando líderes do Hamas e dezenas de civis. Em setembro, Ahmed Korei torna-se o primeiro-ministro palestino. Pela primeira vez em 30 anos, Israel bombardeia em 2003 uma área no território sírio, alegando tratar-se de base de treinamento do grupo palestino Jihad Islâmica. A Síria nega.

Assassinatos seletivos - Em fevereiro de 2004, Sharon anuncia o plano unilateral de retirar as colônias judaicas da Faixa de Gaza até o fim de 2005. Com isso, perde apoio até no Likud e convoca um plebiscito partidário interno. Sharon é derrotado no plebiscito em maio, mas mantém o plano graças ao apoio dos trabalhistas. O Exército israelense segue a política de eliminação de líderes radicais palestinos que classifica como terroristas. Em março, é assassinado o xeque Ahmed Yassin, fundador e chefe espiritual do Hamas, paralítico, bombardeado por um helicóptero na saída de uma mesquita. Em abril, Abdel Aziz Rantissi, seu sucessor, também é morto.

Arafat - Em outubro de 2004, começam a circular notícias sobre a debilidade da saúde do líder palestino Yasser Arafat, que morre em 11 de novembro, num hospital na França. As causas da morte não são esclarecidas. A eleição para substituí-lo na presidência da Autoridade Nacional Palestina, em janeiro de 2005, é vencida por Mahmud Abbas, com 62% dos votos.

Palestinos ainda não têm seu Estado
Antes da imigração judaica em massa, a partir do fim do século XIX, a Palestina era habitada predominantemente por árabes muçulmanos. Nas primeiras décadas do século XX, há a chegada de dezenas de milhares de judeus na região, gerando uma tensão social crescente. O conflito entre as duas comunidades degenera em guerra em 1948, com a criação de Israel. O país é atacado pelos Estados árabes vizinhos, mas sai vencedor e amplia seu território. Com a criação do Estado judeu, centenas de milhares de palestinos são obrigados a abandonar sua casa, terra e bens e se refugiar na Faixa de Gaza, Cisjordânia e em países árabes (a maioria na Jordânia e no Líbano).

Surge a OLP - A resistência palestina se organiza com a fundação no exílio da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em 1964, mais tarde presidida por Yasser Arafat. Seu objetivo era destruir Israel e criar um Estado em toda a Palestina. A luta se intensifica quando a OLP instala suas bases no Líbano, em 1970, e passa a atacar o território israelense a partir do sul do país. Em 1982, Israel invade o Líbano, e o quartel-general da OLP se transfere para a Tunísia. Em 1987 eclode em Jerusalém a rebelião palestina – a Intifada – reprimida com violência por Israel. Arafat passa, então, à ofensiva diplomática, renuncia ao terrorismo e aceita a existência de Israel. O governo israelense inicia o diálogo com a OLP.

Facções palestinas - Há pelo menos 13 facções nos territórios ocupados. A força dominante na OLP é a Fatah, grupo laico integrado por moderados e radicais. Seu principal opositor é o movimento islâmico Hamas, que não integra a OLP, não aceita a existência de Israel e quer criar um Estado islâmico.

Acordos de paz - No Acordo de Oslo, de 1993, Israel e OLP se reconhecem e assinam declaração que prevê a devolução de territórios aos palestinos. Em 1994 e 1995, nos acordos de Oslo I e Oslo II, os palestinos conquistam autonomia na maioria da Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia. Arafat volta do exílio, vence em 1996 a primeira eleição e torna-se presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Nova Intifada - A frustração palestina após o malogro das negociações de Camp David resulta na segunda Intifada, iniciada em 2000. Seu estopim é uma caminhada de Ariel Sharon, líder do Likud, pela Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, o terceiro local mais sagrado para os muçulmanos, depois de Meca e Medina. O gesto é uma forma de Sharon afirmar a soberania israelense sobre o local. Os palestinos protestam e o levante logo passa a ações armadas e atentados suicidas. Israel fecha a fronteira e adota a prática de assassinato de militantes extremistas. Arafat é sitiado em seu quartel-general em Ramallah, em 2001, e as cidades palestinas são reocupadas.

Reformas - EUA e Israel se recusam a dialogar com Arafat, acusando-o de conivência com o terrorismo e a corrupção. Isolado, Arafat faz reformas limitadas em seu ministério e cria o cargo de primeiro-ministro. Em abril de 2003, o moderado Mahmud Abbas assume o posto e participa em junho do lançamento de um novo plano de paz, o Mapa da Estrada. Mas Abbas não consegue conter os extremistas e renuncia, sendo substituído em outubro por Ahmed Korei.

População e economia - Os palestinos são majoritariamente muçulmanos. A região exporta produtos agrícolas e sua economia depende fortemente de Israel. O desemprego atinge 40% dos trabalhadores e mais de 1 milhão de pessoas dependem de ajuda internacional.

Muro dificulta processo de paz
Em 2002, Israel inicia a construção de um muro separando o território israelense de áreas palestinas. Segundo o governo Sharon, o objetivo do muro é impedir a entrada de militantes terroristas em Israel. A obra tornou-se uma das maiores polêmicas internacionais recentes. Na prática, o muro significa a anexação de áreas definidas como palestinas pela ONU e por acordos de paz assinados por líderes das duas nações, além de impedir a circulação normal das pessoas na Cisjordânia. Em julho de 2004, a Assembléia Geral da ONU condenou, com o apoio de 150 países, a construção da barreira. Antes, o Tribunal Internacional de Justiça de Haia já determinara que Israel destruísse os trechos já construídos. A decisão não é aceita por Israel, que promete acelerar as obras. Em novembro, o presidente israelense Moshe Katzav (Likud), cujo poder é simbólico, sugere que Israel suspenda a construção do muro para facilitar as negociações. O primeiro-ministro palestino Ahmed Qorei, por sua vez, afirma que, se as negociações diplomáticas não forem adiante, seria preciso "recorrer a outros caminhos". A suspensão da construção da barreira, que inclui sofisticados sistemas de vigilância eletrônica, é uma exigência da Autoridade Nacional Palestina para a retomada das negociações de paz.

Sião

SiãoSião (ציון significando "Cume", hebreu standard Ẓiyyon, Hebreu Tiberiano Ṣiyyôn; em árabe صهيون Ṣuhyūn) originalmente era o nome dado especificamente à fortaleza Jebusita próxima da atual Jerusalém, que foi conquistada por David. A fortaleza original ficava na colina a sudeste de Jerusalém, chamada de Monte Zion.

Sião é um termo arcaico que se refere originalmente a um setor de Jerusalém que pela definição bíblica é a cidade de David. Após a morte do Rei David, o termo Sião passou a referir o monte em Jerusalém que era o lugar do Templo de Salomão. Mais tarde, Sião passou a referir o próprio templo e os terrenos do templo. Depois disso, Sião foi usado para simbolizar Jerusalém e a terra prometida.

Yom Kipur

Yom KipurO Yom Kipur, comemorado no dia 15 de Setembro marca o início do Kipur, e é um dos dias mais importantes do judaísmo.

Proibições
Como pouca gente sabe verdadeiramente as 5 proibições de Yom Kipur, são elas:

Comer (desde um pouco antes do pôr-do-sol de Domingo(dia 15) até o nascer das estrelas da segunda-feira, (dia 16);
Usar calçados de couro;
Relacionamento conjugal;
Passar cremes, desodorante, etc. no corpo;
Banhar-se por prazer.

A essência destas proibições é causar aflição ao corpo, dando, então, prioridade à alma. Pela perspectiva judaica, o ser humano é constituído pelo yétzer hatóv (o desejo de fazer as coisas corretamente, que é identificado com a alma) e o yétzer hará (o desejo de seguir os próprios instintos, que corresponde ao corpo). Nosso desafio na vida é "sincronizar" nosso corpo com o yétzer hatóv. Uma analogia é feita no Talmud entre um cavalo (o corpo) e um cavaleiro (a alma). É sempre melhor o cavaleiro estar em cima do cavalo!

Orações
Durante as orações falamos o Vidúy, uma confissão, e Ál Chét, uma lista de transgressões entre o homem e Deus e o homem e seu semelhante. É interessante notar duas coisas: primeiro, as transgressões estão em ordem alfabética (em hebraico). Isto torna a lista bastante abrangente, além de permitir a inclusão de qualquer transgressão que se queira na letra apropriada.

Em segundo, o Vidúy e Ál Chét estão no plural. Isto nos ensina que somos um povo "entrelaçado", responsáveis uns pelos outros. Mesmo se não cometemos uma determinada ofensa, carregamos uma certa responsabilidade por aqueles que o fizeram - especialmente se poderíamos ter evitado tal transgressão.

Natureza do Yom Kippur
Mas o que é o Yom Kippur? São proibições como no Pessach?

NÃO, Yom Kipur é o tempo em que se eleva a alma para perto do Trono e Balança Divina.
Mas então é a época em que se pede perdão?

NÃO, o tempo de pedir perdão é entre Rosh Hashaná e Yom Kippur. No decorrer das rezas de Kipur, é que concluímos este apelo ao Senhor, mas de nada adianta pedir perdão a Deus se o pecado foi cometido ao próximo - deve-se pedir desculpas, para depois clamar perdão a Deus.

Língua Iídiche

Língua Iídiche A língua iídiche é uma das derivações sofridas pela língua judaica, sendo em termos quantitativos a mais importante. A origem do iídiche remonta à época medieval germana, quando os judeus emigrados adotaram elementos fonéticos da língua alemã (alto alemão médio, especialmente os dialetos meridionais) , mesclando-os com elementos de escrita hebraico-aramaico para uso religioso. Esses judeus miscigenados com a raça ariana são denominados os ashkenazis e consistem predominantemente dos habitantes das regiões centrais e orientais da Europa são etnicamente diferentes dos sefarditas, originários da Espanha norte da Africa e do sul da Europa. Os judeus europeus orientais desenvolveram um iídiche mais distante do alto alemão que os judeus moradores em terras alemãs, devido à influência báltica, o que levou à existência de dois dialetos iídiches: o ocidental e o oriental representativos dos godos e visigodos.

O iídiche é o resultado de uma compilação lingüística de três componentes:

1- o germânico (dominante do ponto de vista fonetico ) derivado das variedades urbanas medievais do alto alemão médio falado nas fronteiras;

2 - dos dialetos modernos, o eslavo, do polonês, ucraniano, bielorrusso e russo.

3 - O semita, derivado do hebraico e do aramaico pós-clássicos; Esses referem-se aos caracteres utilizados na representação fonética (a parte escrita) como se fossem um alfabeto paralelo do idioma local e escrito da direita para a esquerda.

Fora o vocabulário, estes três componentes contribuíram em maior ou menor grau na fonologia, morfologia, sintaxe e semântica da língua; a fusão entre eles tem sido bastante fecunda.

Assim como a raiz desse idioma é o alemão, esta nova civilização judia recebeu o nome de Askenaz, um termo que em princípio significava Alemão (gente), mas que passou a se utilizar em alusão a todos habitantes das terras vizinhas às ocupadas pelos ashkenazis e finalmente, a toda a sua cultura por si. Dessa forma, Askenaz se derivou da mistura de raça nos decadentes núcleos de autoridade rabínica do Oriente Próximo e evoluiu de forma autônoma com o povo alemão. O édito contra a poligamia, de Rabeynu Gershom (aprox. 960-1028) nos fins do primeiro milênio constituiu sua simbólica declaração de independência.

Das três línguas semíticas instaladas no centro da Europa a única língua vernácula era o iídiche. Ainda que as três línguas (hebraico, aramaico e iídiche) se utilizassem por escrito, o iídiche se empregou em princípio para obras laicas e correspondência privada, enquanto que para correspondência comunitária, comentários bíblicos e toda uma série de documentos era utilizado o hebreu; o aramaico, era utilizado para os textos mais importantes: os tratados oficiais (especialmente comentários sobre o Talmud) e a Cabala (misticismo judaico).

Ao longo de sua história, os falantes de iídiche quase sempre foram bilíngues, usando o alfabeto aramaico para escrita mas com normas ortográficas próprias. Pode-se distinguir três períodos para língua iídiche:

Iídiche primitivo (até 1250) e evidenciado por pequenos textos;

Iídiche antigo (cerca de 1250 a 1500). Desde o século XII ao século XVI os ashkenazis se espalharam pelos territórios eslavos (atuais Polônia, Ucrânia, Bielorrússia, Rússia e Lituânia) e sua língua adotou elementos eslavos.

Iídiche médio (1500-1700). Período onde o centro de gravidade se desloca para o leste.
Iídiche moderno (a partir de 1700).

A partir do século XVII em diante a língua diferia sufucientemente da dos judeus habitantes das regiões de falantes de línguas germânicas, o que justificou a divisão entre iídiche oriental e iídiche ocidental. Esta última variante começou a declinar no final do século XVIII e desapareceu quase completamente durante o século XIX. Ao contrário no leste durante o século XIX, a língua ressurgiu, pois os artistas, socialistas e propagandistas religiosos, no lugar do hebraico, alemão ou eslavo, usavam a língua falada pelo povo judeu: o iídiche. Em 1908 em uma conferência celebrada em Czernowitz (na atual Ucrânia) o iídiche foi aceito como “língua nacional do povo judeu”. O iídiche continuou florescendo na literatura, teatro e imprensa, sendo a língua da educação, com Varsóvia e Vilnius como centros intelectuais, desenvolvendo-se uma língua normativa a partir dos dialetos do iídiche polonês e lituano.

Sem dúvida a ameaça duma 2ª Guerra Mundial provocou a dispersão de 6 milhões de judeus que habitavam os paises vizinhos a Alemanhâ o que permitiu aos sobreviventes a inclusão de mais alguns idiomas , o russo, da antiga União Soviética, do inglês na América do Norte e do aramaico jordaniano.

A exemplo dos mormons na America do Norte , houve uma tentativa de se criar uma região judia dentro da ex-URSS, uma espécie de Comunidade Autônoma situada no extremo oriental da Sibéria, mas o experimento não obteve êxito.

Dados
Atualmente calcula-se que falam iídiche entre 1 e 3,2 milhões de judeus, a metade dos quais reside nos Estados Unidos. É mantido especialmente em comunidades ortodoxas, onde se usa entre os membros como a língua do grupo, o hebraico é reservado para a religião e a língua local para o contato com as pessoas de fora da comunidade.

Em 1995 a Comunidade Européia aprovou uma resolução pela qual se garantia apoio à língua e à cultura iídiche. O iídiche continua sendo mantida como uma língua vernácula natural entre muitos grupos de judeus hasidi (chasidim) “ultra-ortodoxos”, encarregados de conservar o askenazi como uma civilização em toda sua totalidade. A forte resistência à assimilação e as altas porcentagens da natalidade tem levado os demógrafos a prever que, em cerca de 100 anos, haverá um milhão de chasidim falando iídiche. Atualmente, contam com comunidades numerosas em Amberes, Londres e vínculos muito estreitos com os centros mais importantes nos Estados Unidos e em Israel.

Dialetos
No seu momento de máxima expansão geográfica (século XVI), o iídiche englobava da Holanda e Itália a oeste a té a Rússia a leste. O iídiche ocidental, variante mais antiga, compreendia por sua vez o iídiche norte-ocidental (Holanda, norte da Alemanha e Dinamarca) e o iídiche sul-ocidental (Alsácia, Suiça e sul da Alemanha). O iídiche oriental, por sua vez, contava com três dialetos principais: o norte-oriental (Lituânia, Bielorrússia, Letônia) conhecido popularmente como lituano; o centro-oriental (Polônia e Hungria), denominado popularmente polonês e o sul-oriental (Ucrânia e Romênia), conhecido geralmente como ucraniano ou volínio.

Os dialetos atuais são so seguintes:

Central, também denominado polonês;
Setentrional ou lituano, mesmo que se extenda por grandes áreas do territótio bielorrusso;
Meridional ou ucraniano.

O critério fonológico para estas divisões se reflete nas variantes para a frase “comprar carne”:em iídiche ocidental kafn flash, no central kojfn flash, no sul-oriental kojfn flejs e no norte-oriental kefjn flejs. Outras diferenças fonológicas e léxicas reforçam a singularidade do dialeto ocidental. No leste, o dialeto central se distingue por um jogo completo de contrastes na duração da vocal, enquanto as variedades sul-orientais têm feito trocas vocálicas originando palavras como hont mão, huz casa e rign chuva. O dialeto norte-oriental se caracteriza pela perda do gênero neutro.

O iídiche normativo está inspirado na pronúncia pelos dialetos setentrionais ainda que a gramática tenha influência meridional. O alemão contribuiu também com a normatização do iídiche, especialmente por aqueles que acreditavam que o iídiche como uma corruptela do alemão.

Escrita
O sistema de escrita iídiche utiliza o alfabeto hebraico e escreve-se em sentido oposto ao convencional, isso é da direita para a esquerda, embora o modelo de alfabeto utilizado seja do próprio hebraico e conste apenas caracteres representativos de consoantes, desde seus primeiros estágios, o iídiche reciclou letras em desuso, antigos sinais semitas que se usavam como vogal no aramaico convertendo as consoantes hebraicas em silabas e assim ao longo dos séculos, foi se aperfeiçoando e conseguiram adquirir a representação fonética desejada para o uso de um idioma hospedeiro que no caso, é o próprio alemão.

Gramática
Uma das grandes influências do iídiche tem sido o vocabulário hebraico (ou mais exatamente hebraico-aramaico) e não só no que concerne ao uso religioso como também em palavras de uso cotidiano que não tem conexão particular com o modo de vida judeu. As palavras hebraico-aramaicas foram transportadas ao iídiche em sua pronúncia ashkenazi, ainda que em Israel a pronúncia seja segundo os judeus sefarditas. Quando as palavras hebraico-aramaicas passaram ao iídiche usou-se a pronúncia do plural segundo as normas hebraicas, não segundo as normas alemãs.

A outra grande influência no desenvolvimento do iídiche foram as línguas eslavas, devido às migrações judaicas para o leste da Europa, junto com a expansão germana da Idade Média, aproveitando também as facilidades que em matéria de tolerância religiosa havia no Reino da Polônia. Nas regiões onde habitavam falantes eslavos o iídiche foi submetido a forte influência léxica, morfológica, fonológica e sintática das línguas eslavas. Muitas palavras de uso cotidiano são eslavas de origem (káchke pato, do polonês kachka; táte pai, do tcheco tata).

As vogais em iídiche normativo consiste das vogais simples i, e, a, o, u e os ditongos ej, aj, oj. Sob influência eslava surgiram uma série de consoantes palatais. A letra iídiche x que corresponde à alemã ch não possui variante palatal;o som /ng/ é simplesmente uma variante posicional de n, não havendo oclusiva glotal. As palavras de origem hebraico-aramaicas e eslavas introduziram uma rica variedade de grupos consonânticos que não existem no alemão.

A desinência dos casos foram preservadas só no singular e aparecem em modificações dos substantivos mas raramente nos substantivos em si. Os casos dativo e acusativo se fundiram no masculino enquanto o nominativo e o acusativo se fundem no feminino e no neutro. O sistema para formar substantivos plurais, de origem alemã, é enriquecido por elementos de origem hebraica. Muitos substantivos diferem de seus similares alemães tanto no gênero quanto na forma plural. O iídiche possui um sistema bem desenvolvido de diminutivos de origem alemã mas de base gramatical eslava. O verbo se conjuga apenas no presente do indicativo, expressando-se os demais tempos e modos mediante palavras auxiliares. Na ordem frasal o verbo vem apó o sujeito.
Yedioth Ahronoth

Yedioth Ahronoth

O Yedioth Ahronoth (em hebreu: ידיעות אחרונות, significando "últimas notícias") é um jornal diário israelita de grande circulação, editado em hebreu. Desde a década de 1970 que é o jornal com a maior tiragem em Israel.

Este jornal, um dos primeiros jornais israelitas a ser privatizados, foi fundado em 1939 por Nachum Komarov e pouco depois foi comprado por Yehuda Mozes. O seu primeiro chefe de redação foi Noah Mozes, o filho de Yehuda Mozes.

Em 1948, um grande número de jornalistas e membros do staff lderados por Azriel Carlebach, que era o editor na altura, deixaram o jornal, para formar um jornal concorrente, o Maariv. Foi o início de uma batalha pelo mercado, que ainda decorre, entre estes dois jornais de prestígio. Carlebach foi substituido por Herzl Rosenblum.

Hoje, o jornal é dirigido pelo filho de Noah Mozes, Arnon Mozes, e editado pelo filho de Herzl Rosenblum, Moshe Vardi.

É detido pelo Yedioth Ahronoth Group, que também detém acções em diversas companhias israelitas, tais como "Channel 2", um canal de televisão comercial; "Hot", a companhia de televisão por cabo; "Yedioth Tikshoret", um grupo de jornais regionais; "Vesti", um jornal de língua Russa; revistas e outras empresas que não nos média.

Aarão

AarãoIrmão mais velho de Moisés e seu principal colaborador, a figura de Aarão possui, entretanto, um peso próprio na tradição bíblica, devido a seu caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos judeus.

Aarão, membro destacado da tribo de Levi, viveu em torno do século XIV a.C. De acordo com a descrição do Êxodo, era filho de Amram e Jocabed e três anos mais velho que Moisés, com quem aparece em geral ligado nos textos bíblicos. Segundo a maioria dos biblicistas, se Moisés encarnava a visão profética, Aarão simbolizaria a necessidade de um poderoso estamento sacerdotal.

Durante o êxodo do povo judeu, Aarão foi escolhido por Deus para transmitir ao faraó e ao povo a sabedoria por ele concedida a Moisés: "Ele falará por ti ao povo; ele será a tua boca, e tu serás para ele um deus" (Ex 4:16). Do mesmo modo, Aarão ajudou  Moisés a tirar seu povo do Egito, atravessando o deserto.

Enquanto Moisés se achava no monte Sinai, onde recebeu os Dez Mandamentos, Aarão deixou de lado as recomendações do irmão e, ante as súplicas do povo, mandou construir a imagem do Bezerro de Ouro. Isso provocou a cólera divina e Aarão não teve permissão para entrar na Terra Prometida. Apesar disso, Deus o consagrou como sumo-sacerdote, fazendo com que de seu cajado brotassem flores.

De acordo com o livro dos Números, Aarão morreu no monte Hor com 123 anos de idade. Outras fontes bíblicas, porém, afirmam que ele morreu em Mosera. Seus filhos lhe herdaram o primado e os sacerdotes posteriores foram considerados membros da casa de Aarão.

Abraão

AbraãoAs três principais religiões monoteístas do mundo - cristã, muçulmana e judaica - reconhecem como pai o primeiro dos patriarcas de Israel. Abraão representa para todas elas a transição da idolatria para a crença em um só Deus verdadeiro.

A principal fonte bíblica sobre Abraão é o Gênesis, ao qual se acrescentam as tradições dos povos que se consideram descendentes do patriarca. Abraão nasceu em Ur, na Caldéia, por volta do ano 2000 a.C, no interior de uma tribo idólatra. Depois que sua família mudou-se para o norte do país, ele  recebeu a revelação divina: "Deixa teu país, tua parentela e a casa de teu pai, para o país que te mostrarei. Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei teu nome: sê tu uma bênção" (Gn 12:1-2).

Com a esposa Sara, o sobrinho Ló e seus pertences, Abraão dirigiu-se a Canaã, a região indicada por Deus. Ali permaneceu até que um período de fome o levou ao Egito, onde fez fortuna antes de voltar algum tempo depois. Mais tarde as famílias de Abraão e Ló se separaram; o primeiro estabeleceu-se no Hebron e Ló partiu para Sodoma. Abraão ergueu um altar ao Deus único (Iavé), que renovou então suas promessas, entre as quais a de fazer dele o patriarca de uma imensa descendência. Essa foi a aliança entre Abraão e Iavé.

Sara revelou-se estéril, pelo que, em obediência às leis da época, entregou a Abraão sua escrava Agar, que dele concebeu e deu à luz Ismael. Os descendentes de Ismael - ismaelitas ou agarenos - viriam a ser os árabes. Quando Abraão e Sara já eram anciãos, nasceu-lhes Isaac, o herdeiro das promessas divinas. Deus pôs à prova a fé do patriarca ordenando-lhe que sacrificasse Isaac, ao que Abraão obedeceu prontamente. Um anjo, no entanto, deteve a mão de Abraão e substituiu o menino por um cordeiro, enquanto Deus prometia novamente a Abraão uma descendência que se multiplicaria "como as estrelas do céu e como a areia que está na beira do mar" (Gn 22:17).

Abraão morreu, segundo o Gênesis, aos 175 anos de idade e foi enterrado ao lado da esposa, Sara, no túmulo de Macpela, pelos filhos Ismael e Isaac. Como símbolo, Abraão representa não apenas a origem de um povo eleito por Deus para renovar a humanidade, mas também o homem justo, profundamente fiel, cuja lealdade a Deus chega ao ponto de sacrificar o filho em obediência à ordem divina.

Ananias

AnaniasA história de Ananias é narrada no livro do profeta Daniel, de quem foi companheiro de cativeiro na Babilônia. Os dois, junto com seu amigo Azarias, foram lançados à fogueira por se terem negado a adorar a estátua de ouro erigida pelo rei Nabucodonosor. Todavia, a intercessão de um anjo enviado por Deus lhes permitiu sair incólumes das chamas. Ante o milagroso fato, o assombrado monarca ordenou que, a partir de então, fossem respeitadas as idéias religiosas dos súditos judeus e que estes pudessem adorar sem punições seu deus Iavé.

A figura de Ananias, cujo nome significa em hebraico "Deus se compadeceu", simboliza na tradição bíblica o poder salvador da fé, até mesmo nas circunstâncias mais adversas.

Em homenagem à figura de Ananias, seu nome foi dado mais tarde a diversos personagens mencionados na Bíblia. Nos Atos dos Apóstolos, cita-se um cristão de Damasco, assim chamado, escolhido pelo Senhor para devolver a visão a são Paulo e lhe comunicar que havia sido escolhido como instrumento divino.

Isaac

IsaacIsaac, Isaque ou Yitzhak (יצחק significando literalmente "Ele vai rir") é um patriarca bíblico, o filho e herdeiro de Abraão e pai de Jacob e Esau. A sua história é contada no livro do Gênesis. Isaac recebeu este nome porque quando a sua mãe Sarah ouviu por acaso que ela iria ter um filho apesar da sua idade avançada, ela riu (Genesis 18:10-15, 21:6-7).

Quando ainda pequeno, Isaac foi instrumento da maior prova de fé de Abraão, quando Deus ordenou que ele levasse Isaac ao alto de uma colina para sacrificá-lo. Ao ver que Abraão, resignado e com uma faca pronta para cortar o pescoço de seu filho, Deus mandou um anjo a segurar sua mão.

A história de Isaac na Bíblia contém muitos eventos similares a outros ocorridos durante a vida de Abraão. Alguns estudiosos debatem se estas coincidências seriam fruto de um recurso estilístico com a finalidade de fortalecer o laço entre ele e seu pai, ou se seriam resultado do longo período de tradição oral desde o tempo em que Isaac foi vivo até o momento em que o livro de Gênesis teria sido compilado.

 Santa Ana

 Santa AnaAs primeiras referências a ela ocorrem no proto-Evangelho de Tiago (século II) e em outros textos apócrifos. De acordo com a tradição, era filha de Natã, sacerdote belemita, e de Maria. Suas duas irmãs mais velhas eram Maria de Cleofas, mãe de Salomé, e Sobé, mãe de santa Isabel, que geraria são João Batista. Casou-se com são Joaquim e por muitos anos permaneceu estéril. Só concebeu em idade avançada e deu à luz Maria.

Apesar de não ser mencionada nos Evangelhos, pela tradição da Igreja Católica sant'Ana é a mãe da Virgem Maria e avó de Jesus Cristo.

Seu culto difundiu-se no Oriente, e no século VI o imperador Justiniano mandou erguer-lhe um templo em Constantinopla. Nos séculos seguintes a veneração expandiu-se também pela Europa. Em 1584, uma bula do papa Gregório XIII instituiu sua festa comemorada no dia 26 de julho, mês que passou a ser denominado "mês de sant'Ana".

É venerada como padroeira das mulheres casadas, especialmente das grávidas, cujos partos torna rápidos e bem-sucedidos. Às estéreis, concede filhos. É também protetora das viúvas, dos navegantes e marceneiros. Teria morrido pouco depois de apresentar Maria no Templo, consagrando-a a Deus, quando a filha contava apenas três anos de idade.

Yitzhak Rabin

Yitzhak RabinYitzhak Rabin (יצחק רבין) (1° de março de 1922 – 4 de novembro de 1995) foi um político e general israelense. Ele foi o quinto Primeiro-Ministro de Israel de 1974 até 1977 e novamente de 1992 até o seu assassinato, o que fez dele o primeiro chefe-de-governo israelense nascido em Israel e o segundo a morrer enquanto exercia o cargo.

Cronologia
1922 - Nasce em 1º de março, na cidade de Jerusalém;

1940 - Inicia sua carreira militar. Já formado pela Escola de Agricultura de Kadoorie, entra para o Palmach, na Haganah, a força de combate de elite;

1948-49 - Durante a Guerra de Independência, ele comanda a brigada Harel, que abriu a estrada de apoio a Jerusalém. Mais tarde foi oficial de operações do Palmach, membro da delegação para as conversações de cessar fogo em Rhodess e C.O. na Brigada do Neguev;

1956-59 - Como oficial da força de defesa, serve como Comandante de Operações do Comando do Norte;

1964-68 - É Chefe do Pessoal de Comando;

1967 - O General Rabin é Comandante em Chefe das forças terrestres, aéreas e navais, que lutam e vencem a Guerra dos Seis Dias;

1968 - Aposenta-se da Força de defesa e, logo depois, é indicado como Embaixador nos Estados Unidos;

1973 - Retorna a Israel e torna-se ativo no Partido Trabalhista, sendo eleito membro do Knesset, o Parlamento, em dezembro;

1974 - Em abril, é indicado para ser Ministro do Trabalho;

- Após a renuncia do governo, e após a Guerra de Yom Kipur, Yitzhak Rabin é eleito líder do Partido Trabalhista e Primeiro Ministro. Durante sua gestão, acordos de separação de forças foram assinados com o Egito e a Síria;

1975 - Faz um acordo completo com o Egito;
- É assinado o primeiro memorando de entendimento entre Israel e os Estados Unidos

1976 - O governo de Rabin dá a ordem para a delicada "Operação Jonathan", libertando os passageiros da Air France, sequestrados em Entebbe, Uganda;

1977 - Do mês de maio, quando o líder do Likud, Menachem Begin, torna-se Primeiro Ministro, até a formação do Governo de União Nacional, Rabin é membro de oposição do Knesset pelo Partido Trabalhista, membro do Knesset de Relações Exteriores e do Comitê de Defesa;

1984-1990 - Durante o Governo de União Nacional, Rabin é ministro de Defesa;

- Em janeiro de 1985, defende e depois implementa a retirada das forças israelenses do sul do Líbano, além de estabelecer uma zona de segurança ao longo da fronteira norte de Israel;

1992 - Em fevereiro, Yitzhak Rabin é eleito representante do Partido Trabalhista, liderando o partido à vitória no Knesset nas eleições deste mesmo ano;

- Em julho, torna-se Primeiro Ministro e Ministro da Defesa;

1993 - No mês de setembro, assina com o líder da OLP, Yasser Arafat, o termo conjunto de Declaração de Princípios Israelense - Palestino, em Washington;

1994 - Em maio, assina o acordo de Autonomia Palestina na Faixa de Gaza e em Jericó;

- Em outubro, o acordo de paz entre Israel e Jordânia é assinado pelos Primeiros Ministros dos dois países, em Aravá, na fronteira, na presença do rei Hussein da Jordânia e do Presidente Clinton, dos Estados Unidos; - Em dezembro, Yitzhak Rabin, Shimon Peres e Yasser Arafat recebem o Prêmio Nobel da Paz, por seus esforços pela paz no Oriente Médio;

1995 - No mês de setembro, Rabin assina o acordo de entendimento Israelense-Palestino, expandindo a autonomia Palestina na Cisjordânia e Faixa de Gaza, inclusive permitindo uma autoridade eleita e um Conselho Palestino;

- Em 4 de novembro, é assassinado por Yigal Amir, um estudante judeu ortodoxo que se opunha à retirada de Israel da Cisjordânia, após uma manifestação de massa em Tel Aviv, reunida sob o ideal "Sim à paz, não à violência".

O último discurso de Yitzhak Rabin
Data: 4 de novembro de 1995

Prefeitura de Tel-Aviv, Praça dos Reis de Israel (atualmente, Praça Rabin)

"Permitam-me dizer que estou profundamente emocionado.

"Eu quero agradecer a cada um e a todos vocês, que vieram aqui hoje manifestar-se contra a violência e a favor da paz. Este governo, que eu tenho a honra de dirigir, ao lado de meu amigo Shimon Peres, decidiu dar uma chance à paz - uma paz que resolverá a maioria dos problemas de Israel.

"Eu fui um militar durante 27 anos. Lutei enquanto não havia chances para a paz. Eu acredito que agora existe uma chance para a paz, uma grande chance. Nós precisamos aproveitá-la pelo bem daqueles que aqui estão, e também pelo bem daqueles que não estão aqui - e existem muitos deles.

"Eu sempre acreditei que a maioria das pessoas quer a paz e está pronta para assumir riscos para a paz. Ao virem aqui hoje, vocês demonstram que, juntos àqueles muitos outros que não vieram, as pessoas realmente desejam a paz e se opõem à violência. A violência destrói a base da democracia israelense. A violência deve ser condenada e isolada.

"Este não é o modo do Estado de Israel. Numa democracia pode haver diferenças, mas a decisão final será tomada em eleições democráticas, como as eleições de 1992 que nos deram o mandato para fazermos o que estamos fazendo, e para continuarmos este curso.

"Eu quero dizer que estou orgulhoso do fato de representantes de países com quem estamos vivendo em paz estão presentes conosco aqui, e continuarão a estar aqui: Egito, Jordânia e Marrocos, que abriram a estrada da paz para nós. Eu quero agradecer ao Presidente do Egito, ao Rei da Jordânia e ao Rei do Marrocos, representados hoje aqui, pela sua parceria conosco em nossa marcha a caminho da paz.

"E, mais do que qualquer outra coisa, nos mais de três anos de existência deste governo, o povo de Israel provou que é possível fazer a paz, que a paz abre portas para uma melhor economia e sociedade; que a paz não é somente uma bênção.

"A paz é a primeira de todas em nossas rezas, mas também é a aspiração do povo judeu, uma aspiração genuína pela paz.

"Há inimigos para a paz que estão tentando nos ferir, para bombardear o processo de paz. Eu quero dizer, diretamente, que nós encontramos um parceiro para a paz entre os palestinos também: a OLP, que era um inimigo, e que deixou de se engajar no terrorismo. Sem parceiros para a paz, não pode haver paz.

"Nós demandaremos que eles façam a sua parte para a paz, assim como nós faremos a nossa parte para a paz, com o intuito de resolver o aspecto mais complicado, prolongado e carregado emocionalmente do conflito árabe-israelense: o conflito palestino-israelense. Este é um caminho carregado de dificuldades e dor.

"Para Israel, não há caminho sem dor. Mas o caminho da paz é preferível ao caminho da guerra.

"Eu digo isto a vocês como um militar, alguém que é hoje o Ministro da Defesa e vê a dor da família dos soldados do Tzahal. Por eles, por nossos filhos, no meu caso por nossos netos, eu quero que este governo exauste todas as aberturas, todas as possibilidades, para promover e atingir uma paz completa. Até mesmo com a Síria será possível fazermos a paz.

"Este esforço deve mandar uma mensagem ao povo de Israel, ao povo judeu ao redor do mundo, às muitas pessoas no mundo árabe e, de fato, ao mundo inteiro, de que o povo de Israel quer a paz, apóia a paz.

"Por isso, obrigado."


Yosef Ben-Matityahu - Historiador Judeu do Século I

Yosef Ben-Matityahu - Historiador Judeu do Século I Yosef Ben-Matityahu (Flávio Josefo, Flávio José ou Flavius Josephus) c. 37 ou 38 –c. 100 ou 103, foi um historiador judeu do século I, com ascendência sacerdotal e real. Sobreviveu à Destruição de Jerusalém no ano de 70. Viveu em Roma. O seu nome original era Yosef Ben-Matityahu (Matthias em grego).

Vida e Obra
Flávio Josefo desde cedo (existem relatos dos seus 19 anos) se notabilizou entre os fariseus da sociedade judaica. Em 64 seguiu numa embaixada a Roma onde defenderia com êxito a causa de alguns sacerdotes hebreus condenados pelo procônsul romano Félix. Participou na Grande Revolta Judaica de 68 a 70 d. C., como líder militar na Galileia. Contudo, em circunstâncias não muito bem esclarecidas, Josefo preferiu ser capturado pelas tropas romanas, na fortaleza de Jotapata, a participar num pacto suicida. Prisioneiro dos generais romanos Flávio Vespasiano e Flávio Tito, chegou mesmo a obter o seu favor e, devido a isso, adoptou o apelido de Flávio. Muito contribuiu para esse favor o facto de ter profetizado junto a Vespasiano a futura tomada do trono. Pouco depois da queda de Jerusalém, seguiu Tito até Roma. Recebeu a cidadania romana, uma pensão em Roma, assim como o livre acesso à corte de Tito e de Domiciano.

Escreveu um relato da Grande Revolta Judaica, dirigida à comunidade judaica da Mesopotâmia, em língua aramaica. Escreveu, depois, em grego, outra obra de cariz histórico que abarcava o período que vai dos Macabeus até à queda de Jerusalém. Este livro, a "Guerra Judaica", foi publicado em 79. A maior parte do livro é directamente inspirada na sua própria vida e experiência militar e administativa.

As Antiguidades Judaicas, (escritas cerca de 94 em grego, é a história dos Judeus desde a criação do Génesis até à irrupção da guerra da década de 60. Acrescentou, no final, um apêndice autobiográfico onde defende a sua posição colaboracionista em relação aos invasores romanos. O seu relato, ainda que com um paralelismo evidente em relação ao Antigo Testamento, não é idêntico ao das escrituras sagradas. Há quem defenda que estas diferenças se devam à possibilidade de Josefo ter tido acesso a documentos antigos (que remontariam até à época de Neemias) que teriam sobrevivido à destruição do templo. A maior parte dos académicos não dá crédito a tal suposição.

Contra Ápion é outra obra importante deste autor, onde o Judaísmo é defendido como religião e filosofia realmente clássica, em contraponto às tradições mais recentes dos gregos. O livro serve para expor e refutar algumas alegações anti-semíticas de Ápion, bem como mitos antigos, como os de Maneton.

Zeev Suraski

Zeev Suraski Zeev Suraski é um programador israelita, um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento do PHP e co-fundador da Zend Technologies. Um aluno do Technion, Haifa, Suraski e o seu colega Andi Gutmans criaram o PHP 3 em 1997. Em 1999 eles escreveram o Zend Engine, o motor do PHP 4, e fundaram a Zend Technologies, que desde então é a coordenadora do desenvolvimento no PHP. O nome Zend é uma valise dos seus nomes próprios, Zeev e Andi.

Suraski é membro da Apache Software Foundation, e foi nomeado para o FSF Award for the Advancement of Free Software em 1999.

Zeev Suraski é o CTO (Director Técnico) da Zend Technologies.

Zelota

ZelotaO termo Zelota, em hebreu kanai, significa literalmente alguém que é invejoso em nome de Deus, ou seja, alguém que demonstra excesso de zelo.

Na história judaica

Guerra com Roma
Apesar de a palavra significar hoje alguém com excesso de entusiasmo, a origem da palavra prende-se com o movimento político judaico do primeiro século depois de Cristo que procurava incitar o povo da Judeia a rebelar contra o Império Romano e expelir os romanos pela força das armas, durante a Grande Revolta Judaica. Quando os Romanos introduziram o culto do imperador na Judeia, os judeus revoltaram-se e foram derrotados. Os Zelotas continuaram a opor-se aos romanos, argumentando que Israel pertencia apenas a um rei judaico descendente do Rei David.

Outras facções importantes durante as lutas contra Roma foram os fariseus, os saduceus e os essênios.

Sionismo

Theodor Herzl
Movimento político e religioso surgido na Europa no século XIX  com o objetivo de criar um Estado independente para os judeus. Suas bases são lançadas em 1896 pelo escritor judeu-húngaro Theodor Herzl (1860-1904) no livro O Estado Judeu (Der Judenstaat).No I Congresso Mundial Sionista, realizado na Basiléia, na Suíça, em 1897, é aprovado um programa para a formação do novo Estado. Em 1917, o chanceler inglês lord Balfour admite a formação na Palestina, então protetorado inglês, de uma Assembleia Judaica. Judeus de diversas partes do mundo, principalmente da Europa Oriental, onde é forte o anti-semitismo, instalam-se na região, na qual compram terras e formam colônias. Durante a II Guerra Mundial, o extermínio de milhões de judeus em campos de concentração impulsiona a reconstituição de um Estado próprio, após quase 2 mil anos de seu desaparecimento. Em 1947, a ONU decide a divisão da Palestina entre árabes e judeus. Em maio de 1948, o Estado de Israel é instituído oficialmente, apesar da hostilidade dos palestinos e dos Estados árabes vizinhos.


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