Jordânia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Jordânia

Jordânia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Jordânia


Geografia: Área: 97.740 km². Hora local: +5h. Clima: árido subtropical. Capital: Amã. Cidades: Amã (1.000.000), Az-Zarqa (455.000), Irbid (265.000), Ar-Rusayfah (250.000) (aglomerações urbanas).

População: 6 milhões; nacionalidade: jordaniana; composição: árabes palestinos 56%, árabes jordanianos 42,2%, árabes beduínos 0,8%, circassianos 0,5%, chechênios 0,3%, armênios 0,2%. Idioma: árabe (oficial). Religião: islamismo 93,5%, outras 4,4%, sem religião e ateísmo 2,1%. Moeda: dinar jordaniano.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU. Embaixada: Tel. (61) 248-5407, fax (61) 248-1698 – Brasília (DF); e-mail: emb.jordania@apis.com.br.

Governo: Monarquia parlamentarista. Div. administrativa: 5 províncias. Chefe de Estado: rei Abdullah Ibn al-Hussein (coroado em 1999). Partidos: Frente de Ação Islâmica, Nacional Constitucional. Legislativo: bicameral – Senado, com 40 membros; Casa dos Representantes, com 110 membros. Constituição: 1952.

A Jordânia é um dos país mais ocidentalizados do Oriente Médio. A assinatura de acordo de paz com Israel, nos anos 1990, contribuiu para a aproximação com o Ocidente. O sucessor do rei Hussein, que morreu em 1999, depois de quase 47 anos de poder, é seu filho Abdullah. Ele enfrenta o desafio de controlar o fundamentalismo islâmico e manter o equilíbrio entre a maioria palestina e as tribos beduínas naturais do país. A Jordânia tem poucos recursos hídricos e enfrenta altas taxas de desemprego. A nação abriga o sítio arqueológico de Petra, onde se encontram construções monumentais escavadas pelo povo nabateu nas rochas de um grande cânion.

JORDÂNIA, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DA JORDÂNIA

História da Jordânia

Bandeira da JordâniaA região que corresponde à atual Jordânia é habitada desde o segundo milênio a.C. por diversos povos, com destaque para os amonitas, amorreus, moabitas e edomitas. A partir do século VII a.C., a presença mais expressiva é dos nabateus, povo nômade que constrói uma próspera civilização, beneficiando-se do controle de rotas de caravanas. Babilônios, persas e gregos impõem domínios à região, conquistada pelos romanos em 64 a.C. e anexada à província da Síria. Segue-se longo período de submissão ao Império Bizantino.

Domínio do Islã - A conquista árabe é marcada pela tomada de Damasco, em 635, e pela ocupação de Jerusalém, em 638. O idioma árabe e a religião islâmica passam a predominar na região. No século XVI, o território torna-se parte do Império Turco-Otomano. Com a derrota dos turcos na I Guerra Mundial, a área a leste do rio Jordão, que corresponde ao atual território jordaniano, é incorporada à administração britânica da Palestina. Em 1920, a região, transformada em emirado sob o nome de Transjordânia, é oferecida pelos britânicos ao príncipe Abdullah bin Hussein. Ele proclama a independência da Transjordânia, já formalmente separada da Palestina, em maio de 1923. O governo é reconhecido em 1928 pelo Reino Unido, que mantém o controle sobre as finanças, o Exército e as relações externas. A independência completa só é admitida em 1946. Proclamado rei, Abdullah funda a dinastia Hachemita.

 Amã, Capital da Jordânia
 Amã, Capital da Jordânia
Conflitos com Israel - O destino do país muda com a criação do Estado de Israel, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1947. O mundo árabe não reconhece a partilha da Palestina em dois Estados – um árabe e um judeu. Em maio de 1948, com o fim do mandato britânico na Palestina, forças militares de cinco países árabes, incluindo a Transjordânia, invadem Israel, dando início à guerra que vai até 1949. Israel vence e amplia seu território, ocupando partes do Estado árabe previsto pela ONU.

Novo nome - A Transjordânia também alarga seus domínios com a conquista de uma área palestina a oeste do rio Jordão, a Cisjordânia. A cidade de Jerusalém é dividida entre Israel e Transjordânia. Em 1949, o país adota o nome de Jordânia. Em 1951, o rei Abdullah é assassinado por um radical palestino em Jerusalém. Seu filho Talal o sucede, mas é deposto um ano depois. Hussein, filho de Talal, é coroado em 1953, com 17 anos.

O jovem rei inicia aproximação política com o Iraque – na época outra monarquia Hachemita. Em fevereiro de 1958, a Jordânia e o Iraque unificam-se e formam a Federação Árabe – dissolvida cinco meses depois pelo golpe militar que proclama a república no Iraque. A Jordânia reforça os vínculos com o Ocidente e torna-se um dos principais aliados dos Estados Unidos (EUA) no Oriente Médio. Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, os israelenses derrotam as forças egípcias, sírias, iraquianas e jordanianas. A Jordânia perde a Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Questão Palestina - Após o conflito, o país recebe grande número de refugiados palestinos, o que coloca em risco a própria monarquia Hachemita. A instabilidade aumenta com as organizações guerrilheiras palestinas, que formam um poder paralelo. O rei Hussein reage: em 1970, seu exército massacra milhares de palestinos, no episódio conhecido como Setembro Negro. Os sobreviventes são expulsos para o Líbano. A partir de 1973, as relações com os palestinos começam a se normalizar, e o país reconhece a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) como única representante do povo palestino. Em 1988, o rei renuncia à soberania sobre a Cisjordânia para facilitar a instalação de um Estado palestino no território ocupado por Israel. Interesses econômicos e pressões internas induzem Hussein a apoiar a invasão iraquiana do Kuweit, em 1990, na crise que resulta na Guerra do Golfo. Cessa a ajuda econômica ocidental à Jordânia, e o país recebe 300 mil palestinos repatriados pelo Kuweit.

Tratado de paz - Em 1993, o país realiza as primeiras eleições multipartidárias. Em outubro de 1994, tratado de paz com Israel acaba com 46 anos de beligerância. No ano seguinte, a Jordânia rompe com o Iraque e aproxima-se mais do Ocidente. Os nove principais partidos de oposição boicotam as eleições parlamentares de 1997, e os candidatos independentes favoráveis ao governo conquistam maioria no Parlamento.

Morte de Hussein - Hussein morre de câncer, em fevereiro de 1999. Mais de 50 chefes de Estado e de governo comparecem ao funeral, em Amã. Em janeiro, ele havia definido como sucessor seu filho mais velho, Abdullah, no lugar de seu irmão Hassan, indicado anteriormente.

Novo rei - Militar de carreira e sem experiência política, Abdullah é coroado com o compromisso de levar adiante as diretrizes políticas do pai. Sua mulher, a palestina Rania Yassin, é a nova rainha da Jordânia. Em 1999, Abdullah inicia ofensiva diplomática na região e reata relações com o Kuweit. Ao lançar campanha contra grupos extremistas, amplia sua credibilidade no Ocidente. Fecha os escritórios da organização Hamas em Amã, prende 24 militantes e os envia ao Catar. Semanas depois, detém 13 supostos terroristas que retornavam do Afeganistão, acusados de integrar a organização terrorista de Osama bin Laden. O rei muda mais uma vez o ministério em 2000, eliminando remanescentes do governo de seu pai. O novo primeiro-ministro é Ali Abu al-Rageb.

O conflito entre os EUA e o terrorismo islâmico chega à Jordânia com o assassinato de um diplomata norte-americano em Amã, em outubro de 2002. O rei Abdullah adota atitude cautelosa diante da decisão dos EUA de atacar e ocupar o Iraque, em 2003. Defende uma solução diplomática para o conflito, mas libera o espaço aéreo do país para os norte-americanos. Em agosto, o governo jordaniano concede asilo diplomático às duas filhas de Saddam Hussein, Raghd e Rana. Em junho de 2003, nas primeiras eleições parlamentares sob o rei Abdullah, candidatos favoráveis ao monarca conquistam dois terços das cadeiras no Parlamento. Em abril de 2004, oito militantes islâmicos são condenados à morte pelo assassinato do diplomata dos EUA dois anos antes. No mesmo mês, a polícia encontra 16 carros carregados de explosivos, em Amã, e prende diversos acusados de ligação com o grupo terrorista Al Qaeda.

O aqueduto da paz

As querelas políticas e religiosas entre Jordânia e Israel são deixadas de lado com o anúncio, em setembro de 2002, da construção de um aqueduto destinado a bombear água do mar Vermelho para o mar Morto – que está secando. Compartilhado pelos dois países, o mar Morto é um grande lago. Ponto de menor altitude do planeta, 365 metros abaixo do nível do mar, suas águas têm enorme concentração de sal. Essa característica torna quase impossível a vida no interior do lago, daí seu nome. A salinidade facilita, também, que os banhistas bóiem em suas águas, o que atrai muitos turistas à região. Sem saída, é abastecido pelo rio Jordão, que corta Israel e Jordânia. Nas últimas décadas, entretanto, as águas do rio vêm sendo desviadas para projetos de irrigação. Se nada for feito, o mar Morto pode deixar de existir até 2050.

al-Mansur

al-MansurSegundo califa abássida, geralmente considerado o verdadeiro fundador dessa dinastia, al-Mansur mandou construir a cidade de Bagdá para substituir Damasco como capital do Islã.

Abu Jafar al-Mansur, também conhecido como al-Mansur al-Abbasi, nasceu entre 709 e 714, em al-Humaymah, na atual Jordânia. Quando seu irmão Ibrahim, chefe dos abássidas, foi morto, no início da revolta que derrubou a dinastia dos omíadas, Al-Mansur refugiou-se em Kufah, no Iraque. Após a vitória, seu irmão al-Saffah assumiu o poder, mas morreu cinco anos depois, em 754. Al-Mansur ascendeu ao califado e procurou garantir as bases da dinastia abássida.

Enfrentou depois várias revoltas, mas conseguiu pacificar o império, com exceção da Espanha. Em 762 construiu Bagdá, onde passou a residir em 766. A decisão de criar uma nova capital decorreu não só da necessidade de alojar uma burocracia cada vez mais desenvolvida mas também da nova orientação política, com influência crescente da Pérsia na vida muçulmana. Al-Mansur morreu em 775, quando peregrinava a Meca.
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