Geografia – Área: 678.033 km². Hora local: +8h. Clima: tropical com chuvas de monções. Capital: Naypyidaw. Cidades: Yangun (4.800.000) (aglomeração urbana), Mandaly (560.000), Mawlamyine (245.000).
População – 55 milhões; nacionalidade: birmanesa; composição: birmaneses 69%, chans 9%, karens 6%, raquines 5%, outros 11%. Idiomas: birmanês (oficial), dialetos regionais. Religião: budismo 72,7%, crenças tradicionais 12,6%, cristianismo 8,3% (protestantes 5,5%, outros 2,8%), islamismo 2,4%, outras 4%, sem religião e ateísmo 0,6% - dupla filiação 0,6%. Moeda: quiate.
Relações Exteriores – Organizações: Asean, Banco Mundial, FMI, OMC, ONU. Embaixada: Tel. (61) 248-3747, fax (61) 364-2747 – Brasília (DF); e-mail: mebrsl@brnet.com.br.
Governo – Ditadura militar desde 1988. Div. administrativa: 7 divisões e 7 estados. Chefe de Estado: general Than Shwe (desde 1992). Primeiro-ministro: general Soe Win (desde 2004). Partidos: Liga Nacional pela Democracia, Liga Chan de Nacionalidades pela Democracia. Legislativo: suspenso desde 1988. Constituição: suspensa em 1988.
Myanmar, antiga Birmânia, fica às margens do golfo de Bengala, no Sudeste Asiático. O país abriga densas florestas e tem cerca de 70% da população trabalhando na agricultura. Vales férteis estimulam as plantações, com destaque para o cultivo do arroz e da papoula – da qual se fabrica a heroína. A nação é uma das maiores produtoras mundiais dessa droga. Governado desde 1988 por uma junta militar acusada de violação de direitos humanos, Myanmar é alvo de sanções internacionais.
Existem indícios de ocupação humana na região que remontam pelo menos 10 mil anos. A população atual descende de tribos mongóis, que criam um Estado unificado em 1044, com a fundação da dinastia Pagan por Anawrahta, introdutor do budismo no país. A dinastia dura até 1287, quando a Birmânia é invadida pelos mongóis de Kublai Khan. Fragmentado em pequenos Estados, o país só se reunifica em 1752, sob a liderança de Alangpaya. No século XIX, a Birmânia é dominada pelos britânicos e torna-se uma colônia à parte, separada da Índia, em 1937.
Regime militar – Durante a II Guerra Mundial, a Birmânia é ocupada pelos japoneses. O fim do conflito dá alento a um forte movimento nacionalista, liderado pelo general Aung San, assassinado em 1947. O país torna-se uma república independente em 1948. Um golpe militar em 1962 leva ao poder o general U Ne Win, que renuncia em 1988, pressionado por protestos populares. Chefiada pelo general Saw Maung, uma junta militar toma o poder e reprime protestos, provocando mais de mil mortes. No mesmo ano, a oposicionista Aung San Suu Kyi – filha de Aung San – volta do exílio na Inglaterra. O nome do país é mudado para Myanmar em junho de 1989. No mês seguinte, Suu Kyi é posta em prisão domiciliar. O governo assina o cessar-fogo com algumas guerrilhas. Em 1990, a oposição vence as eleições, mas a junta ignora o resultado.
Naypyidaw, a Nova Capital
Naypyidaw ou Nay Pyi Taw passou a ser a capital do Myanmar a partir de 2005, por Razões estratégicas da junta militar que governava o país, que na época motivaram a escolha de uma nova capital que substituísse a antiga capital, Yangon.
Em 2001, a OIT afirma que, apesar de novas leis contra o trabalho forçado em Myanmar, a situação continua preocupante. Suu Kyi é libertada em maio de 2002, mas novamente detida em 2003. Em julho, os EUA aprovam novas sanções econômicas contra o país. Em setembro, Suu Kyi é mais uma vez colocada sob prisão domiciliar. Em agosto de 2003, o general Khin Nyunt passa a ser primeiro-ministro, cargo até então acumulado pelo general Shwe. Nyunt se afasta do governo em outubro de 2004 alegando problemas de saúde, mas é acusado de corrupção. O general Soe Win, aliado do general Than Shwe, passa a ser o primeiro-ministro. Em novembro, 4 mil prisioneiros políticos são libertados. No mês seguinte, o país é um dos atingidos pelo tsunami. Dados do governo indicam um total de 59 mortos, mas analistas afirmam que o número pode estar subestimado.
Uma área de acesso difícil, pobre, habitada por etnias em permanente estado de rebelião. Juntem-se a isso a falta de controle governamental e o clima propício ao cultivo da papoula. Esses ingredientes explicam por que o Triângulo Dourado – região montanhosa que inclui territórios da Tailândia, do Laos e de Myanmar – é responsável por boa parte da heroína consumida no mundo. A atividade ganha impulso em Myanmar a partir dos anos 1960, quando minorias étnicas, em luta contra o poder central, encontram no cultivo de ópio um ganho fácil para a compra de armamentos.
Afeganistão – Myanmar perde a condição de o maior produtor de ópio na década de 1990. O Afeganistão assume a liderança e, sob o regime do Taliban, responde em 2000 por 70% da produção mundial. Em 2001, Myanmar volta a ser o principal produtor mundial, após o banimento das plantações decidido pelo Taliban. Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) indica que, em 2003, o Afeganistão lidera novamente, tendo aumentado em 6% sua produção desde 2002.
Nova Bandeira de Myanmar
A nova bandeira de Myanmar foi adotada em 21 de outubro de 2010, em substituição da antiga bandeira socialista do país (que também mudou seu hino nacional e seu nome oficial para República da União de Myanmar) apresentados em uma nova Constituição, antes das eleições gerais de novembro de 2010, a bandeira irá simbolizar à transição do país de um regime militar para uma democracia civil eletiva.
Yangon, Maior cidade de Myanmar
Rangum (Yangon em birmanês) é a ex-capital e a maior cidade de Myanmar (a atual capital de Myanmar é Naypyidaw, desde 2005). Tem cerca de 4.8 milhões de habitantes. Foi fundada provavelmente no século VI tornando-se a capital do país de 1753 a 2005. Foi ocupada pelos britânicos de 1824 a 1826 e de 1852 a 1948.
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