Conjuração Baiana (1798)
A Conjuração Baiana foi uma revolta de caráter popular que ocorre em Salvador, Bahia, em 1798, relacionada com a crise do sistema colonial e com os movimentos pela independência brasileira. Também é conhecida como Revolta dos Alfaiates. É o levante do fim do período colonial mais incisivo na defesa dos ideais de liberdade e igualdade propagados pela Revolução Francesa. A manifestação conta com representantes das camadas populares, com grande número de negros e mulatos, de escravos e libertos. Desde 1794, intelectuais, estudantes, proprietários e comerciantes participam de reuniões secretas, ao lado de artesãos, funcionários e soldados, para ouvir notícias da Revolução Francesa chegadas da Europa e discutir a aplicação dos princípios liberais no Brasil. Desejam a independência da colônia e uma sociedade baseada nos ideais de liberdade e igualdade dos cidadãos. Em meados de 1798, surgem folhetos clandestinos anunciando a "República Baiense" e conclamando a população de Salvador a defendê-la. Seguem-se as primeiras prisões e fracassam os preparativos da luta armada. As autoridades dão início a devassas, julgam dezenas de implicados e, no começo de 1799, anunciam as sentenças. Todos são acusados de defender as "abomináveis ideias francesas", os princípios liberais. Seis são condenados à morte. Destes, um tem a pena comutada e outro consegue fugir. Os outros quatro são enforcados na praça da Piedade. Dois são soldados, Lucas Dantas e Luís Gonzaga das Virgens, e dois alfaiates, João de Deus Nascimento e Manuel Faustino – todos mulatos.
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