Guerras Balcânicas (1912-1913)
As Guerras Balcânicas foram duas guerras consecutivas (1912 e 1913) entre os países da península Balcânica pela conquista dos últimos territórios pertencentes ao Império Turco-Otomano. O conflito afeta as alianças e o equilíbrio das forças européias, agravando as tensões que terminariam por desencadear a I Guerra Mundial.
Em 14 de agosto de 1912, Montenegro exige que os turcos concedam autonomia à Macedônia. Dois meses depois declara guerra ao Império Turco-Otomano, seguido por Sérvia, Grécia e Bulgária. A coalizão, chamada Liga Balcânica, vence a I Guerra Balcânica. Derrotada, a Turquia perde, entre outros domínios no sudeste europeu, a Albânia, que se torna independente, e a Macedônia, repartida entre os vencedores.
O tratado que põe fim à guerra ocasiona atritos entre os aliados – a Sérvia recusa-se a reconhecer a porção búlgara na Macedônia. Em junho de 1913, a aliança selada entre Grécia e Sérvia contra a Bulgária provoca a II Guerra Balcânica. O conflito começa com o ataque búlgaro a posições sérvias na Macedônia. Em 8 de julho, a Sérvia e a Grécia declaram guerra à Bulgária, seguidas por Montenegro, Romênia e Império Turco-Otomano. Incapaz de enfrentar a aliança, a Bulgária é derrotada: perde território para Romênia e Turquia e cede a maior parte da Macedônia à Sérvia e à Grécia. Em contrapartida, a Sérvia deixa as Guerras Balcânicas com seu território praticamente duplicado, mas sem saída para o mar Adriático. Suas ambições agravam a tensão com a Áustria-Hungria, que em 1908 havia frustrado as pretensões sérvias ao anexar a Bósnia-Herzegóvina. Esses conflitos colaboram para a formação do cenário da I Guerra Mundial.
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