Doutrina Monroe nos Estados Unidos da América
Doutrina Monroe é o preceito pelo qual os Estados Unidos da América rejeitaram
qualquer tipo de intervenção política de potências europeias no
continente americano e, em caso de descumprimento de dívidas e outros
compromissos assumidos por países americanos, se reservavam o direito de
intervir naqueles antes que alguma nação da Europa o fizesse, ou para
evitar que isso ocorresse.
Expressa na divisa "a América para os americanos", a doutrina Monroe surgiu no início do século XIX, foi revista por Theodore Roosevelt em 1904 e muitas vezes invocada para justificar intervenções americanas em países do continente.
Presidente dos Estados Unidos entre 1817 e 1825, James Monroe foi o primeiro chefe de estado a reconhecer a independência das colônias espanholas. Em 1823, contra os interesses do Reino Unido, as potências europeias da Santa Aliança consideraram a possibilidade de ajudar o governo espanhol a recuperar suas colônias. Ante essa situação, e aconselhado por seu secretário de Estado, John Quincy Adams, o presidente Monroe redefiniu as bases da diplomacia americana: os Estados Unidos não interviriam em disputas entre países europeus; reconheciam e se abstinham de modificar a condição vigente nas colônias e possessões europeias no continente, mas a América ficava, desde então, vedada a qualquer iniciativa de colonização.
Na época, o governo americano não dispunha de força militar suficiente para impedir agressões europeias à América e, por isso, a doutrina Monroe só teve aplicação prática a partir do final do século XIX. Washington não reagiu à ocupação das ilhas Malvinas em 1833 pelo Reino Unido, mas 12 anos depois o presidente Knox Polk invocou a doutrina contra o expansionismo britânico e espanhol nos territórios de Oregon e Yucatán. O mesmo foi feito em 1867, quando os Estados Unidos ameaçaram invadir o México para exigir a retirada das tropas francesas, e em 1895, para justificar a interferência americana na disputa de fronteiras entre a Venezuela e a Guiana.
A orientação foi revista em 1904, quando o presidente Theodore Roosevelt lhe acrescentou um corolário que concedia aos Estados Unidos o poder de polícia no continente. Para ele, algumas nações latino-americanas não eram suficientemente civilizadas e poderiam descumprir compromissos como o pagamento da dívida externa, situação capaz de levar à intervenção de uma potência europeia, o que configuraria uma violação à doutrina Monroe. Para que isso não acontecesse, os Estados Unidos deveriam ser os primeiros a intervir. A doutrina tornara-se uma ideologia de dominação e foi chamada big stick policy (política do porrete).
A hegemonia militar americana viabilizou várias intervenções no continente. Com o tempo, a melhoria das relações entre os países americanos modificou a doutrina Monroe, que se converteu em política de bloco contra intervenções externas no continente. Essa alteração preparou o caminho para que muitos países latino-americanos declarassem guerra contra a Alemanha nazista quando os Estados Unidos se envolveram no conflito.
Macarthismo
Movimento iniciado nos Estados Unidos em 1951 pelo senador Joseph McCarthy (1908-1957), caracterizado pela perseguição a pessoas acusadas de ser simpatizantes do comunismo e de realizar atividades antinorte-americanas. O movimento é um reflexo da política interna norte-americana durante a Guerra Fria, a disputa entre EUA e União Soviética pela hegemonia do planeta após a II Guerra Mundial. A base para seu surgimento foi a Lei MacCarran-Nixon, de 1950, que exigia o registro de todas as organizações simpatizantes do comunismo. McCarthy era o responsável pelas subcomissões de investigação do Senado, que realizavam uma caça às bruxas no meio artístico, intelectual e sindical do país. Essa perseguição atinge cerca de 6 milhões de norte-americanos. Entre eles destaca-se o casal Julius e Ethel Rosenberg, que, acusado de passar o segredo da bomba atômica aos soviéticos, é executado em 1953 na câmara de gás. Também são atingidos artistas, diretores e roteiristas que durante a guerra se manifestam a favor da aliança com a URSS, como Charles Chaplin.
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