Casa de Bragança | Portugal

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Casa de Bragança | Portugal

Primeiramente casa ducal, criada em 1442, e por muito tempo a maior das casas nobres portuguesas, a casa de Bragança provém do casamento de D. Afonso, filho bastardo de D. João I e oitavo conde de Barcelos, com D. Beatriz Pereira, filha única do condestável D. Nuno Álvares Pereira. A família acumulou enormes riquezas e os títulos de duques de Barcelos e Guimarães, marqueses, condes e senhores de numerosas outras terras. Além da cidade de Bragança, possuíam 21 vilas das mais importantes do reino. Os duques de Bragança tinham prerrogativas de infantes e o direito de conferir títulos de nobreza.

Patrimônio dos primogênitos dos monarcas portugueses, que se intitulariam "príncipes do Brasil e duques de Bragança", a casa de Bragança está ligada de perto à história do Brasil, sobretudo na primeira metade do século XIX.

O terceiro duque de Bragança, D. Fernando, um dos principais opositores à política de centralização do poder real de D. João II, foi mandado decapitar pelo monarca, que lhe confiscou os bens. Mas, já em 1487, D. Manuel o Venturoso restituía, ainda mais acrescido, o patrimônio da família. Em 1580 o trono de Portugal vinculou-se à coroa espanhola e durante os sessenta anos seguintes a política autoritária da Espanha alimentou o sentimento nacionalista português, levando a nobreza e o clero a unir-se em torno do oitavo duque de Bragança, que acabou por se colocar à frente do movimento de restauração portuguesa contra o domínio filipino, subindo ao trono de Portugal, em 1640, com o nome de D. João IV. Seu primogênito, D. Teodósio, foi o primeiro príncipe do Brasil. Por carta de 1645, o monarca manteve a casa de Bragança totalmente separada da coroa.

Reinaram sucessivamente os seguintes membros dessa dinastia: D. João IV (1640-1656); D. Afonso VI (1656-1683); D. Pedro II (1683-1706); D. João V (1706-1750); D. José I (1750-1777); D. Maria I (1777-1816); D. João VI (1816-1826); D. Pedro IV (1826; regente em nome de D. Maria da Glória de 1832 a 1834); D. Miguel I (1828-1834); D. Maria II (1834-1853); D. Pedro V (1853-1861); D. Luís I (1861-1889); D. Carlos I (1889-1908); D. Manuel II (1908-1910).

Fim da dinastia
Após a queda de D. Miguel, reconhecido apenas por parte dos portugueses e por quatro países estrangeiros, restabeleceu-se a monarquia constitucional e com D. Maria II os Braganças mantiveram-se no trono português até a proclamação da república, a 5 de outubro de 1910, quando D. Manuel II tomou o caminho do exílio. Antes mesmo de sua morte, ocorrida a 2 de junho de 1932, os direitos ao trono de D. Duarte Nuno de Bragança, neto de D. Miguel I, eram afirmados pelos monárquicos legitimistas e, desde 1920, pela junta central do integralismo lusitano. Tendo morrido D. Manuel sem descendentes, D. Duarte passou a ser reconhecido pela generalidade dos monárquicos portugueses.

No Brasil. D. João VI de Portugal, inicialmente regente, rei desde 1816, transferiu o governo para o Rio de Janeiro, no Brasil, em 1808, e aí foi aclamado soberano do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve. Seu filho, Pedro I do Brasil e Pedro IV de Portugal, duque de Bragança, foi imperador do Brasil de 1822 a 1831, ano em que abdicou em favor de Pedro II, seu filho, sendo instituída regência em nome deste de 1831 a 1840. D. Pedro II, imperador do Brasil, reinou de 1840 a 1889, ano em que foi destronado pela instauração da república, exilando-se na Europa com a família imperial.

D. Isabel, princesa herdeira do trono, casara-se em 1864 com o marechal Gastão d'Orléans, conde d'Eu. O primogênito desse casamento, D. Pedro, renunciou à sucessão, de acordo com a constituição de 1824, revogada pela república. D. Luís d'Orléans e Bragança, nascido em 1878, ficou então sendo príncipe imperial do Brasil e, por sua morte, ocorrida em 1920, o direito do trono brasileiro caberia a seu filho mais velho, D. Pedro Henriques, nascido em 1909, e não a seu sobrinho D. Pedro Gastão (nascido em 1913), filho de D. Pedro.

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