Dinastia Muçulmana dos Almôadas

Dinastia Muçulmana dos Almôadas

Dinastia Muçulmana dos AlmôadasPor volta do ano 1110, ao voltar de uma viagem pelo Oriente, Abdala ibn Tumart proclamou-se mahdi (guia da comunidade muçulmana) e pregou o dogma da unidade divina, rejeitando a concepção antropomórfica de Deus e a tendência ao politeísmo, características dos almorávidas, e impondo obediência rigorosa aos preceitos do Alcorão. Refugiando-se nos montes Atlas, criou uma confederação de tribos berberes dirigidas pelo Conselho dos Cinquenta, formado por dez colaboradores e quarenta representantes das tribos. Ao morrer em 1130, ibn Tumart foi sucedido por Abd al-Mumin, o verdadeiro artífice do império almôada. Em 1147 al-Mumin ocupou Marrakech, capital do império almorávida e numa série de campanhas, de 1151 a 1160, terminou por ocupar todo o Magreb central e oriental. Após ser proclamado príncipe dos crentes, decidiu intervir na Espanha e na Tunísia, passando a controlar todo o sul da península ibérica, até o rio Tejo.

Nos séculos XII e XIII, a dinastia muçulmana dos almôadas (em árabe, al-muwahidun, "unitários") estabeleceu um vasto império em todo o norte da África e no sul da Espanha, do Atlântico à Líbia e do Tejo ao Saara.

Seu filho Abu Yaqub Yusuf, que lhe sucedeu em 1163, logrou repetidamente deter a ofensiva cristã, embora não evitasse a perda de Cuenca, e finalmente morreu no sítio de Santarém (1184), Abu Yusuf Yaqub al-Mansur, filho do anterior, derrotou Afonso de Castela na batalha de Alarcos, em 1195. Entretanto, logo os espanhóis empreenderam a reconquista com crescente vigor, obtendo em 1212 a importante vitória de Las Navas de Tolosa, durante o reinado do quarto califa, Mohamed al-Nasir. Os almôadas receberam também sucessivos golpes no norte da África. O império começou a desagregar-se e, na península ibérica, pulverizou-se em pequenos reinos mouriscos. A tomada de Marrakech, em 1269, pôs fim à dinastia.

Os almôadas foram acima de tudo guerreiros religiosos, dominados pela idéia de expansão. Sob sua dominação, a indústria e o comércio prosperaram e surgiu um intenso intercâmbio com cidades cristãs como Gênova, Marselha e Pisa. As artes, sobretudo a arquitetura, conheceram grande florescimento atestado pelos monumentos criados por artistas andaluzes em Rabat, Marrakech e Sevilha. A ciência e a filosofia tiveram notáveis expressões em Ibn Tufail e Averróis.

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