Governo Boris Iéltsin na Rússia

Governo Boris Iéltsin na Rússia

Governo Boris Iéltsin na RússiaFim da URSS – No 19 da agosto de 1991, setores conservadores do Partido Comunista e das Forças armadas dão um golpe de Estado, prendem governo da URSS. A firme oposição de Iéltsin e a mobilização da população de Moscou e Leningrado frustam a tentativa de golpe. Fortalecido, Iéltsin promove a desmontagem das principais instituições da URSS. Gorbatchov renuncia em 25 de dezembro de 1991 e a URSS deixa de existir. É criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), um fórum de coordenação entre várias repúblicas sem um governo central.

Transição
Em 1992, Iéltsin anuncia um programa radical de desestatização da economia. A liberdade política e econômica é acompanhada pelas conseqüências da transição capitalista: inflação, recessão, desemprego e
crescimento do crime organizado. Em dezembro renuncia o primeiro ministro Egor Gaidar, responsável pelo programa radical de reformas, e sobe Viktor Tchernomírdim. O ano de 1993 é marcado pelo confronto aberto entre o presidente Iéltsin e o Parlamento – um resquício da era comunista -, que se opõe a seu programa de reformas. O conflito culmina com a votação parlamentar da demissão de Iéltsin, violentamente respondida pelo presidente com o bombardeio da sede do Parlamento, em que morrem mais de 300 pessoas. Respaldo pelas Forças Armadas e pelos EUA, Iéltsin reforma a Constituição e reforçar seu poder. A grave crise econômica, social e política do país leva ao fortalecimento da extrema direita nas eleições legislativa de dezembro de 1993. Com 24% dos votos, a organização neofascista e anti-semita liderada por Vladímir Jirinovski prega o retorno às fronteiras do império russo.

Invasão da Chechênia – Em dezembro de 1994, Iéltsin ordena a intervenção militar na Chechênia, pequena república do Cáucaso, que se declara independente em 1991. Em janeiro de 1995, um avanço desastrado das forças russas para tentar tomar a capital chechena, Grozny, termina com a morte de mais de cem de seus soldados. Moscou reage com um bombardeio maciço sobre Grozny, matando milhares de civis. Aos poucos as forças russas vencem a resistência dos chechenos e tomam Grozny. Em abril de 1996, o líder rebelde checheno Jokar Dudayev é morto durante um bombardeio russo.

Vitória comunista- Nas eleições parlamentares de dezembro de 1995, os comunista conseguem 22,3% dos votos e, com o apoio de pequenos partidos, obtêm maioria parlamentar. Em janeiro, politicamente enfraquecido após a vitória comunista, Iéltsin substitui vários ministro impopulares de seu governo que haviam sido alvo de críticas durante a campanha eleitoral. O governo russo emite sinais de endurecimento com o Ocidente, condenando a proposta dos EUA de expandir a Otan.

Reeleição de Iéltsin – Apesar do agravamento de seu estado de saúde Iéltsin sofre dois ataques cardíacos em 1995 -, o presidente anuncia em fevereiro de 1996 sua intenção de concorrer à reeleição. No primeiro turno, em 16 de junho, obtém 35,8% dos votos contra 32,5% do comunista Gennadi Ziugánov e 14,7% do general da reserva Aleksandr Lébed.

Para ampliar a base de apoio, Iéltsin nomeia Lébed para os posto de secretário do Conselho de Segurança Nacional e assessor presidencial. Apesar de ter sofrido um novo ataque cardíaco entre dois turnos, Iéltsin é reeleito em 3 de julho com 54% dos votos.

Em agosto, Lébed assina um acordo de cessar-fogo com os rebeldes chechenos. O precário estado de saúde de Iéltsin e a ambição presidencial do carismático Lébed alimentavam novas disputas no governo. Em outubro, em meio a rumores de que preparava um golpe, Lébed é demitido por Iéltsin, que também promove um novo expurgo na Forças Armadas. Em 5 de novembro, Iéltsin submete-se, com sucesso, a uma cirurgia para a implantação de cinco pontes de safena. A recuperação é prejudicada por uma pneumonia, que o faz passar os dois primeiros meses de 1997 em repouso.

Volta à ativa – Com a saúde restaurada, em março de 1997 Iéltsin trata de reforçar sua posição com nova reforma geral no gabinete, em que ganha poder o recém-nomeado vice-primeiro-ministro para reformas econômicas, Anatoli Chubais. Nos meses seguintes, amplia a influência de outros políticos de confiança, como Boris Nemtsov, também vice-primeiro-ministro, e sua filha Tatiana Dyachenko, assessora especial para cuidar de sua imagem. Em outubro, contrariando apelos internos e externos, o presidente assina uma lei que concede privilégios à Igreja Ortodoxa Russa e dificulta a atuação das demais religiões no país. No plano externo, em abril de 1997, Federação Russa e Belarus assinam um tratado de união e cooperação que fica aquém da anunciada unificação dos dois países. No mesmo mês, Federação Russa e China divulgam seu primeiro documento importante desde o fim da Guerra Fria, comprometendo-se a reduzir tropas nas fronteiras e assinalando pontos comuns em política externa. Em maio, Iéltsin e o presidente checheno Aslan Maskhadov firmam no Kremlin u tratado que põe fim ao conflito entre russos e chechenos. Em 27 de maio de 1997, Iéltsin assina em Paris um acordo de cooperação estratégica com a Otan, aceitando, enfim, a entrada de países do antigo bloco comunista da organização. Em junho, pela primeira vez, participa em Denver, nos Estados Unidos, de uma reunião de cúpula do Grupo dos 7 (G-7), transformada em Cúpula dos 8 ou Grupo dos 8.

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