Sabinada | Rebelião Baiana

O médico Francisco Sabino foi o principal ideólogo da rebelião baiana que, em meados do século XIX, defendeu a autonomia provincial num regime republicano provisório. Sabinada foi um movimento revolucionário, liberal e federalista ocorrido na Bahia durante a regência, entre 1837 e 1838. Propunha a proclamação "provisória" de um regime republicano até a maioridade do imperador -- talvez como primeiro passo para a apresentação de reivindicações autonomistas -- e a fundação do Estado Livre Bahiense, inspirado na República de Piratini pretendida pela revolução farroupilha. Os rebeldes criticavam a transferência de rendas para o Sudeste e a supremacia local dos senhores de engenho e plantadores de tabaco. Em 7 de novembro de 1837, conseguida a adesão da tropa, ocuparam a cidade de Salvador e obrigaram o presidente da província, Francisco de Sousa Paraíso, a fugir para o Rio de Janeiro. A revolta ficou restrita à capital da Bahia. O governo legal instalou-se na cidade baiana de Cachoeira, com o apoio dos grandes proprietários. Os rebeldes, que não possuíam barcos para se movimentar sequer pelo recôncavo, viram-se separados de seus partidários em Itaparica e Feira de Santana, enquanto eram sitiados pelo brigadeiro João Crisóstomo Calado, que recebera reforços da corte, de Sergipe e de Pernambuco. Em três dias de combates, os legalistas perderam 600 homens, os sabinos 1.258, e outros 2.989 foram feitos prisioneiros. Salvador foi incendiada e Francisco Sabino condenado à morte. Comutada a sentença, o líder rebelde foi exilado em Goiás, onde tentou novo levante, que lhe valeu a punição de transferência para Mato Grosso, onde morreu.
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