Cazaquistão | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Cazaquistão

Cazaquistão | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Cazaquistão


Geografia: Área: 2.717.300 km². Hora local: +9h. Clima: árido frio. Capital: Astana (ex-Aqmola). Cidades: Almaty (Alma-Atá) (1.127.000) (aglomeração urbana), Qaraghandy (436.900), Shimkent (360.100), Taraz (330.100), Astana (ex-Aqmola) (450.000) (aglomeração urbana).

Populaçnao 15,9 milhões; nacionalidade: cazaque; composição: cazaques 42%, russos 37%, ucranianos 5%, alemães 5%, outros 11% . Idiomas: cazaque (oficial), russo. Religião: islamismo 42,7%, sem religião 29,3%, cristianismo 16,7% (ortodoxos 8,6%, outros 8%), ateísmo 10,9%, outras 0,4%.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, CEI, FMI, ONU. Embaixada: 1401, 16th Street NW, Washington D.C. 20036, EUA; site na internet: www.kazakhstan-embassy-us.org.

Governo: República com forma mista de governo. Div. administrativa: 14 regiões e as cidades de Almaty e Astana. Presidente: Nursultán A. Nazarbáev (Otan) (desde 1990, reeleito em 1991 e 1999). Primeiro-ministro: Daniyal Akhmetov (desde 2003). Partidos: Pátria (Otan), Cívico do Cazaquistão, Comunista do Cazaquistão, Ak Zhol, Escolha Democrática do Cazaquistão. Legislativo: bicameral – Senado, com 47 membros; Assembleia, com 77 membros. Constituição: 1995.

O Cazaquistão é uma ex-república soviética da Ásia Central, formada por regiões de estepes, desertos e montanhas, está entre os dez maiores países em extensão territorial e tem uma das menores densidades demográficas do mundo. A população concentra-se no norte e no sul, onde ficam as terras mais férteis e as cidades industrializadas. Depois da desintegração da União Soviética (URSS), grande número de russos deixa o país, que recebe 100 mil cazaques vindos das ex-repúblicas. Em troca de ajuda financeira norte-americana, o governo desmonta seu arsenal nuclear, herdado da ex-URSS. Os foguetes do programa espacial russo continuam sendo lançados da base de Baikonur. A economia recupera-se com investimentos externos na exploração de petróleo, mas o país enfrenta altas taxas de pobreza e de desemprego.

CAZAQUISTÃO, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DO CAZAQUISTÃO

História do Cazaquistão

Os cazaques, ou cavaleiros das estepes, descendem de tribos nômades de origem turca e religião islâmica que, no século XVII, pedem proteção ao czar russo diante da ameaça de invasão mongol. O Império Russo retira o poder dos chefes tribais e domina gradualmente o Cazaquistão. Com a abolição da servidão pelo império, em 1861, milhões de camponeses russos e ucranianos instalam-se em terras cazaques doadas pelo governo central, o que provoca ressentimento entre os nativos. O Exército czarista reprime uma rebelião contra o poder russo em 1916, que mata 150 mil pessoas.

Bandeira do CazaquistãoRepública soviética - Após a Revolução Russa, em 1917, nacionalistas cazaques declaram a autonomia da região. A aliança fracassa e o Cazaquistão torna-se, em 1920, uma república soviética chamada Turquestão. Em 1936 se transforma em república autônoma dentro da URSS. Nos anos 1930 e 1940, o país recebe intensa onda migratória de russos, tártaros e bielo-russos, muitos deportados pelo governo de Josef Stálin. Os cazaques só voltam a ser a mais numerosos na década de 1990. Sob o domínio soviético, um terço da população morre de fome por causa da coletivização forçada da terra e do assentamento dos povos nômades.

Abertura - Nursultán Nazarbáev, presidente do Soviete Supremo (Parlamento), torna-se presidente do Cazaquistão em 1990. O país é a última das ex-repúblicas soviéticas a proclamar a independência, em 1991. Nazarbáev é reeleito presidente e adota política de abertura ao capital estrangeiro. Em 1995, Nazarbáev dissolve o Parlamento e vence referendo que estende seu mandato até 1999, quando é reeleito. A capital é mudada em 1997 de Almaty para Aqmola (atual Astana).

Em setembro de 2001, Nazarbáev manifesta apoio à coalizão antiterrorismo, formada após os atentados nos Estados Unidos. Uma polêmica legislação, aprovada em 2002, restringe a liberdade partidária no país. A oposição denuncia prisões de dirigentes e jornalistas. No mesmo ano, Nazarbáev ratifica acordo assinado com a Federação Russa pelo qual os dois países dividem o norte do mar Cáspio. Em maio de 2004 é assinado um acordo com a China para a construção de um oleoduto até o país vizinho. Nas eleições para a Assembleia nacional, em setembro e outubro, os partidos de sustentação do presidente Nazarbáev obtêm ampla maioria, conquistando 57 das 77 cadeiras. Observadores internacionais afirmam que a votação foi marcada por fraudes.

Astana, Capital do Cazaquistão
Astana, Capital do Cazaquistão

O poder do ouro negro

Dono das maiores reservas de petróleo no mar Cáspio, o Cazaquistão vive um ciclo de muita prosperidade econômica, impulsionado por investimentos em prospecção e pela alta dos preços no mercado internacional. O superávit comercial do país quadruplica entre 1998 e 2001, chegando a 4 bilhões de dólares. A maior parte do petróleo provém das jazidas de Tengiz, cujas reservas estimadas oscilam entre 6 e 9 bilhões de barris. A extração ganha impulso com a inauguração, em 2001, do oleoduto ligando Tengiz ao porto russo de Novorossiisk, no mar Negro. Kashagan A jazida de Kashagan, no mar Cáspio, é descoberta em 2000 e tem potencial de mais de 10 bilhões de barris de petróleo. Mas o início de sua produção, previsto inicialmente para 2005, vem sendo adiado. Em 2003, a Shell e a ExxoMobil, integrantes do consórcio de exploração, que só começar a extrair o óleo em 2007. A plena exploração dos recursos do mar Cáspio esbarra em alguns obstáculos. O primeiro é a definição dos direitos sobre as reservas da região, disputadas pelo Cazaquistão e países vizinhos. Outro entrave é o escoamento do petróleo. A Turquia, com o apoio norte-americano, disputa a influência regional com a Federação Russa e o Irã. Cada parte propõe diferentes traçados de oleodutos, procurando colher dividendos com a passagem do petróleo por seus territórios. O oleoduto a ser construído para a China deve fortalecer a economia cazaque.

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