Congo | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da República do Congo

Congo | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da República do Congo


Geografia: Área: 342.000 km². Hora local: +4h. Clima: equatorial (N) e tropical (S). Capital: Brazzaville. Cidades: Brazzaville (1.070.000), Pointe-Noire (560.000), Loubomo (91.000).

População: 4,7 milhões; nacionalidade: congolesa; composição: congos 48%, sangos 20%, bateques 17%, embochis 12%, outros 3% . Idiomas: francês (oficial), quicongo, lingala. Religião: cristianismo 91,2% (católicos 49,3%, protestantes 17%, outros 24,9%), crenças tradicionais 4,8%, sem religião e ateísmo 2,1%, outras 2% .

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, UA. Embaixada: 4891, Colorado Avenue NW, Washington D.C. 20011, EUA; site na internet: www.embassyofcongo.org.

Governo: República presidencialista. Div. administrativa: 10 regiões e 6 comunas. Partidos: Congolês do Trabalho (PCT), coalizão Forças Democráticas e Patrióticas (FDP), União pela Democracia e pela República – Mwinda (UDR-Mwinda), União Panafricana pela Democracia Social (Upads). Legislativo: bicameral – Senado, com 66 membros; e Assembleia Nacional, com 137 membros. Constituição: 2002.

Localizado no centro-oeste da África, o Congo convive com a herança da colonização francesa e de antigas divisões tribais. Conflitos étnicos e políticos resultam em uma guerra civil que, na década de 1990, fez mais de 10 mil mortos. Após os acordos de paz, em 1999, o país tenta normalizar a vida institucional. Mais de 50% do território é coberto por florestas tropicais, com fauna nativa que inclui gorilas e elefantes. A população concentra-se na costa e nos arredores da capital, Brazzaville, vivendo da agricultura e da pecuária. Noventa por cento da receita externa vem do petróleo, extraído nas plataformas marítimas de Pointe-Noire, a segunda cidade do país.

CONGO, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DA REPÚBLICA DO CONGO

História do Congo

Dentre os Estados na região do Rio Congo, no século XV, destaca-se o reino do Congo, que submete vários povos a seu domínio. A partir do século XVI, com a consolidação da presença europeia, a área torna-se base para o tráfico de escravos. Pierre Savorgnan de Brazza explora a região, proclamada colônia francesa em 1891. Após diversas revoltas anticoloniais, a independência é obtida em 1960, com a criação da República do Congo (1958), que no ano seguinte tem como presidente Fulbert Youlou. Os protestos contra a política repressiva do governo, durante os Três Dias Gloriosos (de 13 a 15 de agosto de 1963), depõem Youlou. O Congo adota, em 1964, um regime de orientação marxista.

Ditadura - Em 1968, os militares dão um golpe de Estado, liderado pelo major Marien Ngouabi, que assume a Presidência. Em dezembro de 1969, o país é denominado República Popular do Congo. O novo regime estreita laços com a União Soviética e, nos anos 1970, com a China e a França. Após o assassinato de Ngouabi, em 1977, assume a Presidência o coronel Joachim Yhombi-Opango, que, como Ngouabi, pertence à etnia kuyu. Opango não consegue impor sua liderança às várias facções e renuncia em 1979. O novo presidente é o coronel Denis Sassou-Nguesso, da etnia embochi, que em 1987 reprime uma rebelião de oficiais kuyus.
Instabilidade - Sassou-Nguesso permanece no poder por três mandatos consecutivos, entre 1979 e 1992, governando com poderes ditatoriais. Diante do colapso comunista no Leste Europeu, nos anos 1990, o país adere à economia de mercado. Em 1991, o pluripartidarismo volta a vigorar. Em 1992, Pascal Lissouba vence as eleições e assume a Presidência. No ano seguinte surgem milícias no país que iniciam o combate às forças do governo. No fim de 1995, o governo firma um pacto para desarmar as milícias urbanas e integrá-las ao Exército. Mas a instabilidade continua, e Sassou-Nguesso dá um golpe de Estado, em outubro de 1997, com a ajuda de Angola. Lissouba vai para o exílio, e o novo governo suspende a Constituição e o Parlamento e forma um Comitê Nacional Transitório para reorganizar o Estado.

Brazzaville, Capital da República do Congo
Brazzaville, Capital da República do Congo
Acordo de paz - Em 1998 e 1999, tropas do governo e milícias leais a Sassou-Nguesso (os cobras) enfrentam os rebeldes, comandados pelo ex-primeiro-ministro Bernard Kolelas (os ninjas), e os milicianos fiéis a Lissouba (os cocoyes). Em novembro de 1999, o governo anuncia acordo de cessar-fogo e a concessão de anistia, mas exclui os líderes exilados Lissouba e Kolelas. As Forças Armadas e os rebeldes assinam acordo de paz em dezembro, prevendo a integração dos milicianos ao Exército e o retorno dos refugiados. Em 2000, o governo faz um apelo por ajuda externa para reconstruir o país. A Justiça condena Kolelas à morte, na ausência do réu, por crimes cometidos durante a guerra civil.

Reconstrução - As perdas ao fim da guerra civil são estimadas em 2,5 bilhões de dólares, quantia superior ao Produto Interno Bruto (PIB) de 1999. Para garantir os créditos necessários à reconstrução, o país se apóia nas receitas advindas da exploração do petróleo, cuja produção se manteve intacta durante a guerra civil. O PIB volta a crescer em 2000, revertendo a queda dos anos anteriores.
Em 2002, a oposição é impedida de concorrer às eleições presidenciais, e Sassou-Nguesso vence com 89% dos votos. Em seguida, eclode intenso combate entre o Exército e os ninjas, que deixa centenas de mortos. Nas eleições legislativas, a situação obtém 83 das 93 cadeiras em disputa na Assembleia Nacional (total de 137 deputados). Em 2003, o governo assina acordo de paz com os ninjas, que se tornam um movimento legal e recebem anistia. O Congo enfrenta uma epidemia de ebola – febre viral hemorrágica altamente contagiosa e incurável – que mata 59 pessoas. Em 2004, a organização não-governamental britânica Global Witness acusa os membros do governo congolês de desviar recursos ganhos com o petróleo. O Congo é um dos grandes produtores de petróleo da África Subsaariana, mas tornou-se o país com a maior dívida externa per capita no mundo (mais de 2 mil dólares por habitante). Em 2004, a nação é excluída da organização mundial dos países comerciantes de diamantes por não provar a procedência de sua produção. A República Democrática do Congo acusa o Congo de vender diamantes roubados de seu território.

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