Indonésia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Indonésia

Indonésia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Indonésia


Geografia: Área: 1.948.732 km². Hora local: +10h. Clima: equatorial. Capital: Jacarta. Cidades: Jacarta (aglomeração urbana: 15.300.000, cidade: 12.100.000), Bandung (4.200.000), Surabaya (2.900.000), Medan (2.400.000), Palembang (1.850.000) (aglomerações urbanas), Semarang (1.790.000).

População: 270 milhões; nacionalidade: indonésia; composição: javaneses 45%, sundaneses 14%, madureses 8%, malaios litorâneos 8%, outros 25%. Idiomas: indonésio (oficial), línguas regionais (principal: javanês). Religião: islamismo 54,7%, novas religiões 21,8%, cristianismo 13,1% (protestantes 5,7%, outros 7,4%), hinduísmo 3,4%, outras 4,8%, sem religião e ateísmo 2,1% - dupla filiação 0,1%. Moeda: rúpia indonésia

Relações Exteriores: Organizações: Apec, Asean, Banco Mundial, FMI, OMC, ONU, Opep. Embaixada: Tel. (61) 443-1788, fax (61) 443-6732 – Brasília (DF); e-mail: kbribrasilia@persocom.com.br.

Governo: República presidencialista. Div. administrativa: 26 províncias. Partidos: da Luta Democrática Indonésio (PDIP), Secretariado Conjunto de Grupos Funcionais (Golkar), do Despertar Nacional (PKB), do Desenvolvimento Unido (PPP). Legislativo: unicameral – Câmara dos Representantes, com 500 membros. Constituição: 1945.

A Indonésia é o mais extenso arquipélago do planeta. Há no país dois ecossistemas principais. No oeste, a flora e a fauna são características do Sudeste Asiático, com florestas tropicais, onde vivem elefantes e tigres. No leste, o meio ambiente é mais assemelhado ao da Oceania e abriga cangurus. Com 250 milhões de habitantes, o país é o quinto mais populoso do mundo. Os habitantes se dividem em centenas de grupos étnicos, que falam mais de 500 línguas e dialetos. A imensa maioria é muçulmana, mas há importantes minorias cristãs nas ilhas Molucas e hinduístas em Bali. A diversidade de povos cria conflitos que ameaçam a integridade da nação. A economia – baseada na exploração de petróleo, estanho e gás natural – procura recuperar-se dos efeitos da crise financeira mundial de 1997.

INDONÉSIA, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DA INDONÉSIA

História da Indonésia

Bandeira da IndonésiaDominada pela Índia no início da Era Cristã, a Indonésia é islamizada entre os séculos XII e XIV por mercadores gujarati, hindus convertidos pelos persas ao Islã. No século XVI, os portugueses estabelecem entrepostos comerciais no arquipélago. No início do século seguinte torna-se colônia holandesa, sob o nome de Índias Orientais Holandesas. O Japão ocupa as ilhas em 1942, durante a II Guerra Mundial. Em 1945, após a rendição japonesa, nacionalistas proclamam a independência, sob a liderança de Sukarno. A Holanda reconhece a separação depois de quatro anos de conflitos. O país é organizado em estados com alto grau de autonomia, mas em 1950 Sukarno centraliza o poder. Ao mesmo tempo, desenvolve uma política externa independente no quadro da Guerra Fria e torna a Indonésia, em 1955, um dos fundadores do Movimento dos Países Não-Alinhados. Em 1965, as Forças Armadas sufocam tentativa de golpe de militares ligados ao Partido Comunista Indonésio, o que deixa um saldo de centenas de milhares de mortos. Em 1966, Sukarno é forçado a transferir o poder aos militares. O general Suharto é declarado presidente em 1968.

Ditadura - Suharto dirige ditatorialmente o país e cria o Secretariado Conjunto de Grupos Funcionais (Golkar), na prática um partido governista. O Golkar conquista a maioria no Parlamento em 1971, nas primeiras eleições gerais desde 1955. Suharto vence todas as disputas eleitorais a partir de então, graças a um rígido controle das instituições sociais e políticas. O governo favorece os negócios ligados a familiares e amigos de Suharto. A expansão da economia é abalada em 1997 pela crise financeira na região, e o governo negocia com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um empréstimo de 42 bilhões de dólares.

Jacarta, Capital da Indonésia
Jacarta, Capital da Indonésia
Democratização - Em 1998, um novo acordo com o FMI prevê aumentos de tarifas. A entrada em vigor dos reajustes é o estopim de violentos protestos. A repressão policial deixa mais de mil mortos, e os Estados Unidos (EUA) pressionam pela renúncia do ditador. Em maio, Suharto transfere o poder ao vice-presidente, B.J. Habibie, que convoca eleições legislativas para junho de 1999. Nelas, a maior votação é obtida pelo oposicionista Partido da Luta Democrática Indonésio (PDIP), de Megawati Sukarnoputri, filha de Sukarno. Em outubro, o Legislativo elege Abdurrahman Wahid, do Partido do Despertar Nacional (PKB), presidente. Megawati torna-se vice-presidente.

Timor independente - A redemocratização abre espaço para negociações sobre o status de Timor-Leste, ex-colônia portuguesa ocupada pela Indonésia desde 1975. Num referendo realizado em 1999, 78,5% dos timorenses votam pela independência. Um processo judicial contra Suharto, acusado de desviar 600 milhões de dólares dos cofres públicos, é arquivado em 2000.

Em 2001, o Legislativo autoriza o impeachment do presidente Wahid por corrupção. A vice, Megawati, o substitui. Em 2002, o Parlamento aprova eleições diretas para presidente. No mesmo ano, a explosão de um carro-bomba deixa 202 mortos numa casa noturna em Bali. É preso o líder espiritual Abu Bakar Bashir, acusado de chefiar a organização extremista Jemaah Islamiyah. Três acusados do atentado em Bali são condenados à morte e um à prisão perpétua, mas Bashir pega apenas três anos de prisão por delitos menores. Em abril de 2004, o Golkar vence as eleições legislativas. As eleições presidenciais de setembro são vencidas pelo general Susilo Bambang Yudhoyono, do Partido Democrata (PD).

Tsunami - Em dezembro, terremoto submarino na região da ilha de Sumatra provoca ondas gigantescas (tsunamis) que causam pânico e destruição. A Indonésia é o país com o maior número de mortes: 108 mil, segundo estimativa de janeiro de 2005.

Um arquipélago dividido

Choques étnico-religiosos e movimentos separatistas ganham intensidade na Indonésia após a queda da ditadura, em 1998, e só começam a perder força em 2001, com os acordos promovidos pela presidente Megawati Sukarnoputri. Papua (ex-Irian Jaya) Os índios da tribo papua disputam com os migrantes javaneses o acesso à terra e às riquezas da província, que abriga reservas de ouro e cobre. A independência é reivindicada desde os anos 1960. Em 2002 entra em vigor uma lei que dá maior autonomia à província, mas os separatistas a rejeitam. O nome Irian Jaya é oficialmente substituído por Papua. Molucas Um acordo de paz, assinado em 2002, pretende dar fim à espiral de violência nessa província, habitada por maioria cristã até a chegada de milhares de muçulmanos no passado, que assumiram o controle político e econômico. A rivalidade entre os dois grupos degenera em confronto a partir de 1999. Cerca de 5 mil pessoas morrem e 750 mil fogem da região. Estouram novos conflitos entre muçulmanos e cristãos em maio de 2004.

Yogyakarta

Yogyakarta

Aceh - A província, no norte de Sumatra, é palco de um movimento pela criação de um Estado islâmico independente, iniciado nos anos 1950. A repressão militar aos separatistas do grupo Aceh Livre fez 12 mil mortos desde 1990. O governo indonésio e os rebeldes assinam um acordo de paz em 2002 que, em troca da deposição de armas pela guerrilha, dá maior autonomia à província, grande produtora de petróleo e gás. Mas novas conversações fracassam em 2003. Imediatamente o governo decreta lei marcial em Aceh, e o Exército lança uma ofensiva contra os rebeldes. Restrições à atividade da imprensa impedem o acesso ao número de mortos e feridos.

Yogyakarta

Yogyakarta é uma cidade da ilha de Java, na Indonésia. Localiza-se no sul da ilha. Tem cerca de 910 mil habitantes. Foi fundada em 1749.

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