Irã | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Irã

Irã | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Irã


Geografia: Área: 1.648.196 km². Hora local: +6h30. Clima: árido subtropical (maior parte) e subtropical de altitude (Zagros). Capital: Teerã. Cidades: Teerã (7.200.000) (aglomeração urbana), Mashhad (2.070.000), Esfahan (1.420.000), Tabriz (1.350.000), Shiraz (1.200.000) (aglomerações urbanas).

População: 79 milhões; nacionalidade: iraniana; composição: iranianos 66%, azeris 20%, curdos 5%, árabes 4%, lures 1%, outros 4%. Idiomas: persa (oficial), turco, curdo, árabe. Religião: islamismo 95,6%, outras 4,1%, sem religião 0,3%. Moeda: rial iraniano

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, ONU, Opep. Embaixada: Tel. (61) 242-5733, fax (61) 224-9640 – Brasília (DF); e-mail: embiran@linkexpress.com.br, site na internet: www.webiran.org.br.

Governo: República presidencialista. Div. administrativa: 28 províncias. Os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário estão submetidos à autoridade máxima do líder espiritual, o aiatolá Sayed Ali Khamenei. Partidos: embora a Constituição permita sua formação, nenhum foi reconhecido desde a dissolução do Partido Islâmico Republicano (oficial), em 1987. Legislativo: unicameral – Assembleia Consultiva Islâmica, com 290 membros. Constituição: 1979.

Quase quatro décadas depois de a Revolução Islâmica ter colocado no poder o regime autocrático dos aiatolás (líderes máximos espirituais), o Irã começa a se renovar com o governo do moderado Mohammad Khatami – escolhido presidente em 1997 e reeleito em 2001. As mulheres conquistam o direito de pleitear bolsas de estudo no exterior e de usar vestimentas coloridas no lugar do xador – o traje preto que cobre o corpo das muçulmanas. Há uma efervescência cultural, especialmente na produção de filmes, premiados internacionalmente. No entanto, apesar do abrandamento das rígidas regras sociais, as instâncias superiores de poder mantêm os princípios ortodoxos. A maior parte do território do Irã, localizado entre o mar Cáspio e o golfo Pérsico, no Oriente Médio, é formada por platôs desérticos. Ao norte, na região das montanhas Elburz, estão as áreas mais férteis, onde se produzem pistache, tâmara e açafrão. A economia baseia-se na exploração de petróleo – o país é o segundo maior produtor da região, atrás da Arábia Saudita. Além disso, o Irã é conhecido pela qualidade de seus tapetes e do caviar. Abriga sítios arqueológicos importantes, herança da civilização persa, como as ruínas da cidade de Persépolis, declarada patrimônio da humanidade.

IRÃ, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DO IRÃ

História do Irã

Bandeira do IrãA região que corresponde ao atual Irã abriga diversos povos e Estados na Antiguidade, com destaque para o Império Persa, fundado em 539 a.C. por Ciro, o Grande. A conquista árabe, em 642, marca a conversão de seus habitantes ao islamismo. O zoroastrismo, religião tradicional persa, é reprimido e seus últimos praticantes fogem para a Índia. É adotado o alfabeto arábico, mas o idioma persa se mantém. O país é invadido pelos turcos no século XI e pelos mongóis no XIII. Recupera a independência no século XVI e é governado por várias dinastias (Safávida, Afjar, Kajar). No século XIX se torna alvo de disputa entre o Reino Unido e a Rússia, que dividem o território em áreas de influência em 1907. Os britânicos exploram o petróleo, descoberto em 1908. O marco do período moderno é o golpe de Estado de 1921, em que o general Reza Khan derruba o último sultão Kajar, coroando-se xá em 1926 com o nome de Reza Shah Pahlevi. Um decreto real, em 1935, muda o nome do país de Pérsia para Irã. Em 1941, durante a II Guerra Mundial, o Irã é ocupado por britânicos e soviéticos. O xá, simpático ao nazismo, abdica em favor do filho, Mohammad Reza Pahlevi. Os últimos soldados soviéticos deixam a nação em 1946.

Nacionalismo - Em 1951, o primeiro-ministro Mohammad Mussadeq nacionaliza companhias petrolíferas estrangeiras, quase todas britânicas, e entra em confronto com o xá, que abandona o Irã. Os governos ocidentais organizam boicote ao petróleo iraniano, enquanto a União Soviética (URSS) apoia o país e começa a comprar seu petróleo. A crise atinge o auge em agosto de 1953, quando Mussadeq é deposto por um golpe militar conduzido com a ajuda do Reino Unido e dos Estados Unidos (EUA). O xá Reza Pahlevi retorna e assume poderes ditatoriais. Mussadeq é preso. O xá promove, em 1963, a "revolução branca", uma campanha modernizante que inclui a reforma agrária e o direito de voto às mulheres. A forte presença estrangeira no país, sobretudo norte-americana, desagrada às elites locais.

Teerã, Capital do Irã
Teerã, Capital do Irã
Revolução Islâmica - Em 1978, a crise econômica e a ampla corrupção fazem crescer a oposição ao regime ditatorial do xá. As correntes oposicionistas (esquerdistas, liberais e muçulmanas tradicionalistas, essas últimas insatisfeitas com as reformas pró-Ocidente) unem-se sob a liderança do aiatolá Ruhollah Khomeini, exilado na França. O governo não consegue controlar a insurreição, e, em janeiro de 1979, o xá Reza Pahlevi foge do país. O poder é transferido ao primeiro-ministro, Shapur Bakhtiar, e as Forças Armadas aderem aos revoltosos. Khomeini regressa triunfalmente ao Irã, em fevereiro, e, dez dias depois, assume o poder, com a renúncia de Bakhtiar. Em 1º de abril, o Irã é declarado oficialmente uma república islâmica, cuja autoridade suprema é um chefe religioso (aiatolá), posto ocupado por Khomeini. Para a Presidência é eleito, em janeiro de 1980, Abolhasan Bani-Sadr, um dos líderes da oposição laica ao governo de Pahlevi.

Crise com os EUA - Em novembro de 1979, um grupo de militantes islâmicos ocupa a Embaixada dos EUA em Teerã e toma 66 norte-americanos como reféns. O governo iraniano apóia a ocupação da embaixada e faz várias exigências, entre as quais a extradição do xá, que estava nos EUA. O impasse não se resolve nem com a morte de Reza Pahlevi, em julho, no Egito. Os últimos reféns são libertados somente em janeiro de 1981. Nessa época, o país já enfrenta a guerra com o Iraque, iniciada em 1980, quando tropas iraquianas ocupam áreas em litígio às margens do rio Shatt Al-Arab. O conflito, que devasta as duas nações, termina apenas em 1988, e as fronteiras permanecem inalteradas. Estima-se que tenham morrido 400 mil iranianos e 300 mil iraquianos.

Luta de facções - A Revolução Islâmica evolui para um confronto entre os aiatolás, partidários do governo teocrático, e as forças civis, defensoras da separação entre Estado e religião. Em 1981 ocorrem combates entre a Guarda Revolucionária, milícia ligada aos aiatolás, e os Combatentes do Povo (mujahedin), de esquerda. O presidente, Bani-Sadr, que se havia aliado aos mujahedin, é destituído pelo Parlamento e se exila na França. Os mujahedin tentam uma insurreição e são derrotados num conflito em que morrem 13 mil pessoas.

Cisão entre os aiatolás - Os problemas econômicos, agravados pela queda no preço do petróleo, trazem à tona divergências entre os aiatolás. A ala mais moderada – os pragmáticos – prega o abandono da política isolacionista e a aproximação com o Ocidente, para obter recursos e desenvolver o país. A corrente radical opõe-se às influências externas. O predomínio dos radicais se expressa na sentença de morte decretada pelo aiatolá Khomeini, em 1989, contra o escritor anglo-indiano Salman Rushdie, por considerar ofensivo ao Islã o livro Versos Satânicos. A morte de Khomeini, em junho, favorece os pragmáticos. Um líder religioso moderado, Ali Hashemi Rafsanjani, é eleito presidente e entra em choque com Ali Khamenei, aiatolá ortodoxo escolhido por Khomeini para sucedê-lo. Rafsanjani é reeleito em 1993 e promete manter a abertura para o exterior. Em 1995, os EUA acusam o Irã de apoiar o terrorismo internacional e impõem severo embargo comercial ao país, só abrandado em 2000.

Moderados no poder - O moderado Sayed Mohammad Khatami obtém vitória esmagadora (69,1% dos votos) na eleição presidencial de 1997. Khatami assume o governo com o apoio das mulheres, dos intelectuais e dos jovens, atraídos por promessas de abrandamento dos rigorosos códigos sociais. O presidente rompe com anos de isolamento e dá início a uma política de aproximação com o Ocidente. Em 1998, por exemplo, retira o apoio à sentença de morte contra Salman Rushdie.

Pressão dos reformistas - Os estudantes da universidade de Teerã organizam um protesto em 1999 contra a aprovação de uma lei que censura jornais reformistas. Em represália, extremistas islâmicos auxiliados pela polícia invadem os dormitórios da universidade, deixando cinco mortos e dezenas de feridos. O incidente desencadeia os mais violentos combates de rua desde a Revolução Islâmica, em 1979. Nas eleições legislativas de 2000, a bancada reformista torna-se majoritária no Parlamento (Majlis) pela primeira vez desde 1979. Os conservadores, que controlam o Judiciário, reagem e mandam fechar cerca de 40 jornais e revistas liberais nos meses seguintes. Na área econômica, o governo lança um plano para reduzir a dependência do país do petróleo e do gás natural, diminuir o desemprego, reduzir o monopólio estatal em setores da economia e cortar impostos.

Nas eleições presidenciais de 2001, o reformista Khatami é reeleito com 78% dos votos. Apesar de contar com a maioria parlamentar, o presidente não consegue pôr em prática vários projetos, por causa da oposição do Conselho dos Guardiães – órgão formado por ultraconservadores apoiados pela autoridade máxima do país, o aiatolá Khamenei.

Reformistas versus conservadores - O impasse entre reformistas e conservadores fica evidente, em 2002, quando o Parlamento aprova duas leis apresentadas por Khatami que reduzem o poder do Conselho dos Guardiães. As leis são vetadas pelo próprio conselho em 2003. Os estudantes voltam às ruas no fim de 2002 para protestar contra a sentença de morte de um professor universitário, Hashem Aghajari, que havia pedido o fim do controle do Estado pelo clero islâmico. Em 2003, a Suprema Corte revoga a condenação à morte. O confronto se aprofunda, no começo de 2004, quando o Conselho dos Guardiães veta cerca de metade dos 8 mil candidatos às eleições legislativas (fevereiro e maio), atingindo duramente os reformistas. Com isso, os conservadores retomam o controle do Parlamento e ocupam mais de dois terços das cadeiras. Em dezembro de 2004, os estudantes protestam contra o governo de Khatami, por ter fracassado diante dos conservadores.

Energia nuclear - A tensão com os EUA e Israel aumenta a partir de 2002, quando o presidente norte-americano, George W. Bush, afirma que o Irã forma um "eixo do mal" com a Coreia do Norte e o Iraque. A crise entre os dois países se agrava ao ser anunciado um acordo com a Federação Russa para a construção do primeiro reator nuclear iraniano. Em 2003, o Irã rejeita a decisão da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) de ampliar o controle sobre seu programa nuclear. Após uma inspeção normal, em 2004, a AIEA declara não ter encontrado vestígios de fabricação de armas nucleares. Em novembro, o Irã anuncia a suspensão de seu programa de enriquecimento de urânio, como parte de um acordo de cooperação econômica com a UE. O tratado extingue parte das sanções econômicas que atingem o país.

Guerras Greco-Pérsicas

Guerras Greco-Pérsicas

As guerras greco-pérsicas, pela hegemonia do mar Egeu, também chamadas guerras médicas ou ainda medo-persas, prolongaram-se por quase meio século, de 492 a 449 a.C. O nome de guerras médicas é impreciso e se deve ao fato de medos e persas terem sido considerados pelos gregos como um mesmo povo. O confronto originou-se da expansão do império persa, que submetera as colônias gregas da costa jônica e ameaçava a península helênica depois da ocupação da Trácia oriental.

O heroísmo quase lendário dos gregos lhes permitiu vencer, em terra e no mar, contra o vaticínio de seus próprios deuses, a máquina militar persa, a mais poderosa dos impérios da época. Esse feito talvez tenha sido possível porque eles lutavam por sua liberdade.

No ano 499 a.C., diferentes cidades Jônicas, entre elas Mileto, com ajuda ateniense, rebelaram-se contra o rei persa Dario I o Grande. O conflito propagou-se pelo norte até o Bósforo e pelo sul até Chipre. Os persas reagiram e subjugaram diversas colônias, até que, no ano 494 a.C., Mileto foi arrasada e seus habitantes deportados para a Mesopotâmia.

Primeira guerra Greco-Pérsica

Sufocada a insurreição, Dario quis castigar as cidades gregas que tinham apoiado os rebeldes. A primeira invasão persa, liderada por Mardônio, conquistou a Trácia e a Macedônia, mas foi interrompida depois que tempestades causaram graves danos à frota.

Uma segunda invasão, no ano 490, foi comandada por Datis, à frente de um exército de cinqüenta mil homens, e Artafernes, chefe de uma frota de 600 navios. O exército persa ocupou Naxos, depois as ilhas Cíclades e passou daí para a península helênica. Ao desembarcar em Maratona, sofreu uma fragorosa derrota para as forças do ateniense Milcíades, que contava com menos homens mas melhor organização. Dario ordenou a retirada, para preparar nova ofensiva, que não se realizou porque ele morreu em 486 a.C.

Segunda guerra. O projeto de invadir a Grécia foi retomado por Xerxes, filho de Dario, que formou nova expedição com cerca de 300.000 homens e mais de 700 navios. Pretendia-se uma conquista lenta e segura. Os persas construíram uma ponte de barcas para cruzar o estreito do Helesponto, entre a Frígia e a Trácia, e construíram um canal na península do monte Atos, para facilitar seu avanço. Xerxes empenhou-se também em instalar na Macedônia uma sólida retaguarda, destinada a abastecer as tropas que iam ao combate.

Depois de choque naval no cabo Artemísio, Leônidas, à frente de um pequeno grupo de espartanos, tentou heroicamente deter, em agosto de 480 a.C., o poderoso exército persa no desfiladeiro das Termópilas, na Tessália. Os defensores foram aniquilados e o invasor caiu sobre a Beócia e a Ática. Temístocles ordenou a evacuação de Atenas e Xerxes saqueou e incendiou a cidade. Os gregos conseguiram recuperar-se e, sob o comando do espartano Euribíades, derrotaram os persas na batalha naval de Salamina, em setembro do ano 480 a.C., com o que o mundo helênico se salvou do desastre.

Xerxes teve que se retirar para a Ásia e deixou as tropas sob as ordens de Mardônio, que passou o inverno acampado na Tessália. No ano seguinte os gregos, chefiados por Pausânias, venceram-no na planície de Platéia, e, pouco depois, a frota persa foi aniquilada em Micala, na costa jônica, perto da cidade de Mileto.

Liga de Delos e a paz. A campanha de Xerxes, que começara vitoriosamente, resultou num fracasso total, já que não só foram destruídos o exército e a frota persa como se perderam os territórios do império na península helênica. Mas os conflitos não terminaram aí: os persas não se deram por vencidos e se empenharam novamente na conquista da Grécia e as colônias jônicas aproveitaram a debilidade persa para deflagrar novas revoltas, com o permanente apoio ateniense. A situação levou as cidades gregas, com exceção de Esparta, a unir-se na chamada liga de Delos, fundada em 478 a.C. e liderada por Atenas. Todos os seus membros deviam pagar um tributo, que era depositado no templo de Apolo, edificado na própria ilha de Delos.

A liga de Delos alcançou um grande triunfo quando, no ano 468 a.C., a frota de Címon, filho de Melcíades, derrotou as tropas persas nas margens do rio Eurimedonte, no sul da Anatólia. O triunfo converteu Atenas na cidade hegemônica do mundo grego, posição vista com receio por sua rival Esparta, o que provocou novos conflitos entre as cidades helênicas. Na Pérsia ocorreu uma conspiração contra Xerxes e subiu ao trono Artaxerxes.

A trégua estabelecida entre Atenas e Esparta em 451 a.C. permitiu que os gregos arrebatassem Chipre aos persas, graças à atuação da frota comandada por Címon. Finalmente, enviou-se à corte persa em Susa, no ano 449 a.C., uma embaixada encabeçada por Calias, que conseguiu fazer a paz, pela qual ambos os lados se comprometiam a não ultrapassar os limites geográficos mútuos e a permitir a independência das cidades do mar Jônio.

Terminavam assim as guerras greco-pérsicas, ainda que não os conflitos entre a cultura ocidental e oriental, reativados pela invasão dos territórios asiáticos por Alexandre o Grande.

Dinastia Aquemênidas

Dinastia Aquemênidas

Vitorioso numa luta de clãs do oeste e sudoeste da Pérsia, Cambises I desposou Mandana, filha do rei dos medos, que lhe deu um sucessor, Ciro o Grande, cujo reinado durou de 556 a 530 a.C. Em fulminante ofensiva, Ciro conquistou a Média, a Lídia e a Babilônia. Seu filho, Cambises II, completou a conquista do Oriente, apoderando-se do Egito e morrendo ao sufocar uma revolta chefiada por seu irmão Bardia.

À dinastia dos Aquemênidas, composta por descendentes de Aquêmenes, rei que viveu supostamente no século VII a.C., deve-se a unificação da antiga Pérsia. A expansão de seu vasto império, entre os séculos VI e IV a.C., só foi contida ante os exércitos de Alexandre o Grande.

O segundo filho de Ciro foi morto por elementos da aristocracia persa e um dos assassinos lhe tomou o lugar. Dario I, neto do Aquemênida Ársames, levou adiante a expansão do império, estendendo suas fronteiras ao Danúbio e ao Indus. Pretendeu simultaneamente dominar o fragmentado mundo helênico, mas foi derrotado em Maratona (490 a.C.). A grande expedição de seu filho Xerxes I foi desbaratada em Salamina (480) e Platéias (479).

Artaxerxes I, sucessor de Xerxes, deixou 18 filhos ao morrer em 424 a.C. Seguiu-se um período de confusão e golpes, do qual emergiu vitorioso Dario II, que reinou de 423 a 404 a.C. Seu filho mais moço, Ciro o Jovem, ajudou Esparta a vencer Atenas (405) e morreu na batalha de Kunaxa (401), perto da Babilônia.

Artaxerxes II teve 115 filhos de suas 360 mulheres, o mais velho dos quais foi assassinado e outro mandou matar dois irmãos para assumir o poder como Artaxerxes III, de 358 a 338 a.C. Morreu envenenado por um eunuco, Bagoa, que matou também seu filho e sucessor Oarse. Dario III foi batido na Sicília e na Assíria por Alexandre o Grande, e assassinado por seus sátrapas no ano de 330 a.C. Com sua morte terminou a dinastia dos aquemênidas.

Pasárgada

PasárgadaPrimeira capital dinástica da antiga Pérsia, Pasárgada situa-se no sudoeste do Irã, a noroeste de Persépolis, numa colina de onde se projeta enorme plataforma de pedra, característica principal da cidade. As ruínas do local aliam a simplicidade arquitetônica a um alto sentido de equilíbrio e refinamento estético.

Os versos do poeta Manuel Bandeira "Vou-me embora pra Pasárgada / lá sou amigo do rei" popularizaram o nome da cidade no Brasil e deram-lhe significado de paraíso.

O nome Pasárgada pode originar-se da principal tribo persa, a dos pasárgadas. Ciro o Grande, que reinou de 559 a 529 a.C., escolheu a região para capital do império por ter sido o local exato de sua vitória sobre o meda Astíages, em 550 a.C. No sul da cidade havia um parque fechado, com belos jardins irrigados, cercados por uma série de palácios reais. No extremo sul encontra-se, quase intacto, o túmulo de Ciro, construído em blocos de calcário. No extremo sul ainda há sinais da via que na antiguidade ligava Pasárgada a Persépolis. Após a ascensão de Dario I o Grande, em 522 a.C., Persépolis substituiu Pasárgada como capital dinástica.

Xiraz, Capital da província de FarsXiraz, Capital da província de Fars

Xiraz (Shiraz em persa) é a capital da província de Fars, no Irã. Localiza-se no sudoeste do país a 1580 metros de altitude. Tem cerca de 1207 mil habitantes. Foi fundada no século VII, sendo a capital da Pérsia entre 1750 e 1779.
Xá Mohammad Reza Pahlevi
Xá Mohammad Reza Pahlevi

Xá é uma palavra que deriva do persa Shah, significando "rei". Xá é o título dos reis da Pérsia, e o termo pelo qual eles ficaram conhecidos nos países ocidentais no período tardio da monarquia iraniana.

O último Xá da Pérsia foi o Xá Mohammad Reza Pahlevi, deposto por um golpe de Estado em 1979.


Al-GhazaliAl-Ghazali

Abu Hamid Mohamed ibn Mohamed at-Tusi al-Ghazali nasceu em Tus, nos arredores da cidade iraniana de Meshed, em 1058. Iniciou sua formação na cidade natal e depois estudou em Jorjan e Nishapur, onde foi discípulo de al-Juwayni, imã das cidades santas de Meca e Medina. Em 1091 passou a ensinar em Bagdá, a convite do vizir dos sultanatos seldjúcidas. Quatro anos mais tarde abandonou o cargo, doou seus bens à família e partiu em peregrinação a Meca.

Autor de uma das primeiras obras traduzidas do árabe para o latim, Maqasid al-falasifah (Os objetivos dos filósofos), que teve grande influência na Europa do século XII, al-Ghazali atraiu a atenção do Ocidente com o relato de sua própria evolução espiritual, que o conduziu à experiência mística.

De volta a Tus, em 1096, cercou-se de discípulos e levou uma vida virtualmente monástica, decisão que defendeu na obra autobiográfica al-Munqidh min ad-dalal (O que liberta do pecado). Em 1106, seus discípulos o convenceram a voltar a ensinar, dessa vez em Nishapur, sob o argumento de que seria o instrumento da renovação que deve ocorrer no Islã a cada início de século. Desenvolveu intensa atividade intelectual, em grande parte nas áreas da jurisprudência e da teologia, mas concluiu que a experiência mística é superior ao conhecimento teológico.

A principal obra de al-Ghazali é um conjunto de quarenta livros nos quais expõe a doutrina e a prática do Islã e estabelece as bases de uma vida de devoção que conduz aos mais altos graus do sufismo (misticismo islâmico). Al-Ghazali ensinou em Nishapur até 1110. Voltou então a Tus, onde permaneceu até a morte, em 18 de dezembro de 1111.

Xerxes I da Pérsia

Xerxes I da PérsiaXerxes (519-465 a.C. ) rei persa, filho de Dario I, herdou o trono por designação do pai, apesar de não ser o primogênito. Continuou a guerra contra os gregos, conhecida como Guerras Médicas, como forma de vingança, pois seu pai havia perdido a Batalha de Maratona em 490 a.C.. E com um grande exército (aproximadamente 200 mil soldados contra 7 mil soldados gregos) atravessou o Helesponto em 480 a.C.

Mandou construir um canal que atravessava a península de Atos, o que facilitou a passagem da frota. Após derrotar o exército de Leônidas, vencendo a Batalha de Termópilas, que teve como palco o desfiladeiro de mesmo nome, Xerxes saqueou a Ática, e ao tomar Atenas arrasou os santuários da acrópole. Mas seu exército foi derrotado em Salamina em consequência dos graves erros táticos que cometeu, retornando à Pérsia (onde mais tarde morreria assassinado). Xerxes nunca chegou a se recuperar dessa derrota, e em seguida abandonou as ambições militares. Nos últimos anos de reinado dedicou-se à construção de palácios e monumentos que contribuíram para o embelezamento de Persépolis.

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