Nepal | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Nepal

Nepal | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Nepal


Geografia – Área: 147.181 km². Hora local: +8h30. Clima: de montanha (maior parte). Capital: Katmandu. Cidades: Katmandu (760.000), Biratnagar (182.000), Lalitpur (172.900), Pokhara (166.000).

População – 29,2 milhões; nacionalidade: nepalesa; composição: nepaleses 53,2%, biaris 18,4%, tarus 4,8%, tamanos 4,7%, neuares 3,4%, magares 2,2%, abadhis 1,7%, outros 11,6%. Idiomas: nepali (oficial), tibetano, maithili, bhojpuri. Religião: hinduísmo 76,7%, crenças tradicionais 9,4%, budismo 8,2%, islamismo 3,9%, outras 2,5%, sem religião e ateísmo 0,4% - dupla filiação 1,1%. Moeda: rúpia nepalesa.

Relações Exteriores – Organizações: Banco Mundial, FMI, ONU. Embaixada: 2131, Leroy Place NW, Washington D.C. 20008, EUA.

Governo – Monarquia parlamentarista. Div. administrativa: 5 regiões. Chefe de Estado: rei Gyanendra Bir Bikram Shah Dev (desde 2001). Primeiro-ministro: vago desde fevereiro de 2005. Partidos: do Congresso Nepalês, do Congresso Nepalês – Democrático, Nacional Democrático, Comunista do Nepal-Unificado Marxista-Leninista, Comunista do Nepal-Maoísta. Legislativo: bicameral – Assembleia Nacional, com 60 membros; Casa dos Representantes, com 205 membros (dissolvida em 2002; até novembro de 2004, sem eleição marcada). Constituição: 1990.

Situado na encosta da cordilheira do Himalaia, no centro-sul da Ásia, o Nepal abriga o monte Everest, o pico mais alto da Terra, com 8.850 metros. A população professa majoritariamente o hinduísmo mesclado a crenças budistas. O índice de analfabetismo é um dos mais altos do continente e quase 80% dos habitantes trabalham na agricultura.Com o fim da restrição à presença de estrangeiros, o turismo ganha impulso. Lumbini – terra natal de Buda – e a cidade-lago de Pokhara estão entre as principais atrações. Na região central, o Vale Katmandu, considerado patrimônio da humanidade, abriga inúmeros monumentos, como o templo budista de Swayambhunath. Nos últimos anos, porém, a luta entre o Exército do país e a guerrilha maoísta afasta visitantes estrangeiros. Entre 1996 e 2004, o conflito causa a morte de aproximadamente 10 mil pessoas. Há denúncias de violação aos direitos humanos contra ambos os lados.

NEPAL, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DO NEPAL

História do Nepal

Bandeira do NepalO Nepal é constituído originalmente por principados autônomos, habitados por povos de religião budista. Em 1769, o Vale Katmandu é tomado pelos gurkhas, de origem mongol. Os gurkhas unificam o país sob a liderança do rei Prithvi Narayan Shah e estabelecem o hinduísmo como religião oficial. A dinastia Shah perde o poder em 1846, e o governo passa a ser exercido por membros da família Rana, que se sucedem no poder com o título de primeiro-ministro. Os reis são relegados, por mais de um século, a um papel decorativo.

Poder absoluto – Em 1951, uma rebelião reinstala no poder a dinastia Shah. A nação sai do isolamento, ligando-se por estradas com a Índia, o Paquistão e o Tibet. Em 1959, o rei Mahendra aprova uma Constituição e endossa as eleições gerais realizadas no país. Entre o fim de 1960 e o início de 1961, porém, dissolve o Parlamento e bane os partidos políticos, bem como os novos direitos constitucionais. Seu filho Birendra o sucede em 1972 e exerce o poder absoluto. Em 1990, pressionado por manifestações pró-democracia, o rei legaliza os partidos e transforma o Nepal em monarquia parlamentarista.

Instabilidade política – As primeiras eleições livres da história do Nepal, em 1991, dão vitória à oposição. Em 1994, o Nepal passa a ser dirigido pelo Partido Comunista do Nepal-Unificado Marxista-Leninista, que vence as eleições. Man Mohan Adhikari é nomeado primeiro-ministro. No ano seguinte, os comunistas perdem o apoio no Parlamento, e uma coalizão liderada por Sher Bahadur Deuba, do Partido do Congresso Nepalês, assume o governo.

Katmandu, Capital do Nepal
Katmandu, Capital do Nepal
Guerrilha maoísta – Em 1996, o clandestino Partido Comunista do Nepal-Maoísta, inspirado no líder chinês Mao Tsé-tung (1893-1976), inicia a guerrilha no centro e no oeste do país, com o objetivo de derrubar a monarquia. A nação tem quatro primeiros-ministros entre março de 1997 e maio de 1999. Nas eleições desse mês, o vencedor é o Partido do Congresso Nepalês, que indica K.P. Bhattarai para o cargo de primeiro-ministro. A aprovação de uma moção de desconfiança leva à renúncia de Bhattarai, em 2000, substituído como premiê por Girija Prasad Koirala, do mesmo partido.

Refugiados – O Nepal abriga cerca de 100 mil refugiados butaneses, quase todos distribuídos em campos da Organização das Nações Unidas (ONU). De origem nepalesa, eles se instalaram no país depois da eclosão de conflitos étnicos no sul do Butão, em 1990.

Em junho de 2001, o rei e mais nove membros da família real são assassinados pelo príncipe herdeiro Dipendra, que também se mata. O irmão do rei, Gyanendra, é coroado novo soberano. A guerrilha maoísta intensifica a campanha de violência. O primeiro-ministro Koirala renuncia em julho e é substituído por Sher Bahadur Deuba. Entre novembro de 2001 e agosto de 2002, o país vive sob estado de emergência.

Parlamento dissolvido – Em maio de 2002, o rei Gyanendra dissolve o Parlamento e convoca eleições para novembro. Em outubro, porém, demite Deuba, adia as eleições indefinidamente e assume o Poder Executivo, nomeando como primeiro-ministro Lokendra Bahadur Chand, do minoritário Partido Nacional Democrático. Cinco partidos de oposição se unem contra as medidas, consideradas inconstitucionais, e organizam atos de protesto que reúnem milhares de pessoas. As pressões por democracia levam Chand a renunciar em maio de 2003. O rei nomeia Surya Bahadur Thapa para seu lugar.

Estado de emergência – Nos meses seguintes continuam as manifestações e greves contra o governo, lideradas pelos partidos de oposição e pelos estudantes. A guerrilha se mantém ativa. A situação torna insustentável o governo de Thapa, que renuncia em maio de 2004. No mês seguinte, o rei escolhe como premiê, mais uma vez, Sher Bahadur Deuba, agora no Partido do Congresso Nepalês – Democrático (dissidência de seu antigo partido). Em agosto, os maoístas bloqueiam por uma semana a capital, Katmandu. No mesmo mês, 12 cidadãos nepaleses que eram mantidos reféns no Iraque são mortos por seus captores. Em fevereiro de 2005, o rei dissolve o governo do premiê Deuba e decreta estado de emergência.

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