República Dominicana | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da República Dominicana
Geografia – Área: 48.442 km². Hora local: -2h. Clima: tropical. Capital: Santo Domingo. Cidades: Santo Domingo (2.800.000) (aglomeração urbana), Santiago (630.000), Concepción De La Vega (288.000), San Cristóbal (225.000).
População – 9,8 milhões; nacionalidade: dominicana; composição: eurafricanos 74%, europeus 15% (principais: espanhóis), afro-americanos 11%. Idioma: espanhol (oficial). Religião: cristianismo 95,2% (católicos 88,6%, outros 7,2% - dupla filiação 0,6%), sem religião e ateísmo 2,5%, outras 2,4%. Moeda: peso dominicano.
Relações Exteriores – Organizações: Banco Mundial, FMI, Grupo do Rio, OEA, OMC, ONU. Embaixada: Tel. (61) 248-1405, fax (61) 364-3214 – Brasília (DF); e-mail: embajadombrasil@nutecnet.com.br.
Governo – República presidencialista. Div. administrativa: 31 províncias e 1 distrito nacional (Santo Domingo). Partidos: Revolucionário Dominicano (PRD), da Libertação Dominicana (PLD), Reformista Social-Cristão (PRSC). Legislativo: bicameral – Senado, com 32 membros; Câmara dos Deputados, com 150 membros. Constituição: 1966.
A República Dominicana ocupa dois terços da ilha Hispaniola, no mar do Caribe – o restante pertence ao Haiti. Duas cordilheiras cortam o centro do país de leste a oeste, e entre elas está o fértil vale de Cibao. Uma planície estende-se pelo leste, onde se localizam as praias mais procuradas pelos milhares de turistas que visitam o país todos os anos. Além do turismo, outra importante fonte de receita é a exportação de cana-de-açúcar e de ferro-níquel. A República Dominicana oferece baixo padrão de vida a seus habitantes. Como consequência, é grande a emigração, principalmente para os Estados Unidos (EUA), onde se estima que viva 1 milhão de dominicanos.
História da República Dominicana
A região era chamada de Quisqueya pelos índios arauaques e caraíbas. Cristóvão Colombo chega à ilha em 1492 e estabelece uma colônia na costa atlântica. As minas de ouro são exploradas com mão-de-obra nativa, logo dizimada e substituída por escravos africanos. A ilha se torna, depois, colônia agrícola, sendo uma das maiores produtoras de açúcar das Américas entre 1570 e 1630. Em 1697, o lado ocidental de Hispaniola (atual Haiti) é cedido à França. Um século depois, toda a ilha passa ao controle francês. Em 1814, a Espanha retoma o lado oriental. Em 1821, José Nuñez de Cáceres proclama a independência do país, denominado Estado Independente do Haiti Espanhol. Tropas haitianas ocupam o território de 1822 a 1844, quando Juan Pablo Duarte e Pedro Santana lideram a libertação da nação.
Intervenções norte-americanas – O país volta a ser anexado à Espanha em 1861 e reconquista a independência quatro anos depois. É ocupado militarmente pelos EUA entre 1916 e 1924. Em 1930, o general Rafael Leónidas Trujillo assume o poder e domina ditatorialmente até ser assassinado, em 1961. Em 1962, nas primeiras eleições livres desde 1914, o reformista Juan Bosch, do Partido Revolucionário Dominicano (PRD), é eleito presidente. Após sete meses no cargo, Bosch é deposto por um golpe militar. Uma guerra civil derruba os golpistas em 1965. Tropas lideradas pelos EUA – com a participação de soldados brasileiros – lutam contra as forças pró-Bosch e ocupam a região. Joaquín Balaguer, que assumira interinamente a Presidência após a morte de Trujillo, elege-se em 1966, pelo Partido Reformista Social-Cristão (PRSC), e é reeleito em 1970 e 1974. O PRD conquista a Presidência em 1978, com Guzmán Fernández. Em 1982, Jorge Blanco, também do PRD, é eleito e assume o cargo em meio à grave crise econômica, causada pela queda internacional do preço do açúcar. Sob orientação do Fundo Monetário Internacional (FMI), Blanco adota um plano econômico que elimina a maior parte dos subsídios estatais ao setor produtivo e aumenta drasticamente o preço dos produtos básicos. Seguem-se violentas manifestações, que deixam pelo menos 50 mortos em 1984.
Crise de energia elétrica – Balaguer retorna à Presidência em 1986 e é reeleito em 1990. A economia do país é afetada por crise no suprimento de energia elétrica, que piora até 1998, quando chega a haver interrupção no fornecimento de eletricidade durante 20 horas por dia. Nas eleições de 1994, Balaguer é mais uma vez candidato, concorrendo com José Francisco Peña Gómez, do PRD. O resultado oficial favorece Balaguer por menos de 1 ponto percentual de diferença, mas o PRD contesta os números. Uma reforma constitucional proíbe, então, a reeleição do presidente e determina a realização de novo pleito em 24 meses. Nas eleições de 1996, o conservador Leonel Fernández, do Partido da Libertação Dominicana (PLD), é apoiado por Balaguer e derrota Peña Gómez. Fernández posteriormente se afasta de Balaguer. A persistência da crise de eletricidade e o aumento dos preços dos alimentos causam protestos e greves em 1997. Em 1998, o PRD conquista 24 das 30 cadeiras do Senado, a maioria absoluta da Câmara dos Deputados e a maior parte das prefeituras do país. Em 1999, o governo inicia a privatização da empresa de eletricidade. Em maio de 2000, após quatro anos de intensas negociações, o país fecha acordo de livre comércio com a Comunidade do Caribe (Caricom). No mesmo mês, Hipólito Mejía (PRD) vence o primeiro turno das eleições presidenciais, com 49,9% dos votos. Os principais oponentes, Danilo Medina (PLD) e Balaguer (PRSC), abandonam a disputa para evitar um segundo turno. Mejía toma posse em agosto e promete resolver o problema do déficit de energia elétrica, iniciar amplo programa de casas populares e combater a pobreza e o desemprego. Em novembro apresenta proposta de reforma fiscal, com aumento de impostos de vários produtos.
Nas eleições legislativas de 2002, o PRD perde a maioria absoluta na Câmara dos Deputados. Em maio de 2003, o empresário Ramon Baez Figueroa é preso, sob a acusação de haver forjado a falência fraudulenta de seu grupo bancário, o Baninter. O governo garante os depósitos dos clientes, a um custo de 2,2 bilhões de dólares, o que agrava os problemas econômicos do país.Os sindicatos organizam duas greves gerais, em novembro de 2003 e janeiro de 2004, contra os aumentos de preços e os cortes de eletricidade. Nas eleições presidenciais de maio, o ex-presidente Leonel Fernández (PLD) obtém 57,1% dos votos, derrotando Mejía (33,6%). No mesmo mês, grandes inundações causam a morte de pelo menos 300 pessoas.
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