Guerra do Vietnã (1959-1976)

Guerra do Vietnã (1959-1976)

Guerra Do Vietnã (1959-1976)A Guerra Do Vietnã (1959-1976) foi um conflito entre o Vietnã do Sul, apoiado pelos Estados Unidos, e o Vietnã do Norte. Tem início em 1959, quando a guerrilha comunista do sul (Vietcongue) e as tropas do norte tentam derrubar o regime pró-Ocidente no Vietnã do Sul e reunificar o país. Em 1961, os EUA começam a se envolver no conflito, auxiliando o regime anticomunista do sul. O apoio se amplia até a completa intervenção militar, a partir de 1965. Dez anos depois a guerra chega ao fim, após a retirada norte-americana e a tomada de Saigon (capital do Vietnã do Sul) pelos comunistas. A participação dos EUA é parte da disputa entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético pela hegemonia mundial. Em 1976, o Vietnã é reunificado, e os norte-americanos sofrem a maior derrota de sua história.

Divisão do Vietnã – Em 1946, a Liga pela Independência (Vietminh), criada na luta contra o domínio francês na Indochina, forma um Estado no norte do Vietnã sob a liderança do dirigente comunista Ho Chi Minh. Começa então a guerra entre a França e o Vietminh. Em 1949, os franceses estabelecem o Estado do Vietnã no Sul, instalam como rei Bao Daï e, no ano seguinte, legitimam a independência. O Vietminh não reconhece a decisão e reivindica o controle sobre todo o país. Esse conflito acaba em maio de 1954 com a derrota francesa na Batalha de Diem Bien Phu. O acerto feito na Conferência de Paz de Genebra, no mesmo ano, impõe a retirada das tropas da França e divide o Vietnã em dois: o do Norte, sob o regime comunista de Ho Chi Minh, e o do Sul, que se torna Monarquia independente, liderado por Bao Daï.

Golpes militares – Por exigência dos EUA, o acordo marca para julho de 1956 um plebiscito em que o povo vietnamita decidiria acerca da reunificação. Mas, no sul, o primeiro-ministro Ngo Dinh Diem dá um golpe de Estado em 1955, instalando uma ditadura militar contrária à reunificação. As Forças Armadas sulistas passam a receber dinheiro e treinamento militar dos EUA. Em 1959 começa a guerrilha: os vietcongues sabotam bases norte-americanas e ameaçam o governo de Diem. Apoiada por Ho Chi Minh, a resistência comunista do sul cria, em 1960, a Frente de Libertação Nacional (FLN), tendo como braço armado o Exército vietcongue. O presidente norte-americano John Kennedy reage e envia para o Vietnã do Sul 15 mil conselheiros militares. Em 1963, Diem é assassinado no primeiro de uma série de golpes militares que estabelecem o caos político e levam os EUA a intervir definitivamente na guerra.

Escalada norte-americana – A efetiva intervenção militar norte-americana é decidida em 1964. O pretexto é o suposto ataque norte-vietnamita a navios norte-americanos no golfo de Tonkin. O Vietnã do Sul recebe reforço de tropas dos EUA, que dão início a sistemáticos ataques aéreos ao norte. O Exército vietcongue resiste com táticas de guerrilha aos sofisticados armamentos ocidentais. Em janeiro de 1968, guerrilheiros e soldados norte-vietnamitas invadem a Embaixada dos EUA em Saigon, atacam quase todas as bases norte-americanas e marcham sobre as principais cidades do sul. As forças norte-americanas e sul-vietnamitas respondem com ferocidade, provocando a morte de 165 mil vietnamitas. Nos EUA, o governo norte-americano enfrenta crescentes protestos pacifistas.

Cessar-fogo – Os bombardeios sobre Hanói em 1972 e o bloqueio de portos norte-vietnamitas não dão resultado. Em 1973, os EUA aceitam o Acordo de Paris, que estabelece o cessar-fogo. São convocadas eleições gerais no Vietnã do Sul e libertados os prisioneiros de guerra. Os EUA perdem 45.941 soldados, têm 800.635 feridos e 1.811 desaparecidos em ação. Não há dados seguros sobre as baixas vietnamitas, mas sabe-se que ultrapassam 180 mil. Com a retirada dos norte-americanos, em 1975, o confronto transforma-se em guerra civil entre vietcongues e forças sulistas.

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