Planetas Extra-Solares

Planetas Extra-Solares

O número de planetas em órbita de outras estrelas, ou seja, que estão fora do Sistema Solar, chegou a 119, segundo o boletim divulgado em 18 de dezembro de 2003 pelo Observatório de Paris. Além do Sol, 104 estrelas têm planetas à sua volta, de acordo essa contagem. Algumas têm vários corpos em órbita; em outras, apenas um planeta foi encontrado até agora. Em 2001, os cientistas também admitem a existência de planetas sem estrelas. Eles flutuariam livres no espaço interestelar, sem estar presos pela gravidade de nenhum sol. A descoberta ainda não pode ser considerada definitiva, pois é preciso checar se realmente não havia estrelas tão pequenas que não chegavam a brilhar.

Das estrelas dotadas de sistema planetário, apenas três têm mais de um planeta: a Upsilon de Andrômeda arrasta a seu redor um sistema com três corpos. Em julho de 1999, uma equipe do Observatório do Sul Europeu localiza, em torno da estrela Iota da Constelação do Relógio, a 56 anos-luz da Terra, o primeiro corpo com uma órbita semelhante à da Terra em torno do Sol, completando uma translação a cada 320 dias. Em agosto daquele ano é encontrado o primeiro planeta a orbitar duas estrelas. Em 2002, foi descoberto ao redor da estrela 55 Cancri, na Constelação de Câncer, um sistema com três planetas, um deles muito semelhante a Júpiter

Características – A maioria dos planetas extra-solares tem várias vezes a massa de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, e mantém órbitas próximas a sua estrela, ao contrário do que acontece com os grandes planetas que orbitam o Sol. Os astrônomos buscam novas teorias para explicar como corpos tão grandes conseguem perambular por regiões tão próximas da estrela. Eles avaliam também que nenhum dos novos planetas parece oferecer condições ao desenvolvimento da vida. Nesse aspecto, a Terra – com órbita quase circular, a uma distância segura do Sol, temperatura amena, água em fartura e atmosfera estável - ainda é exceção no Universo. Isso não significa que planetas semelhantes não existam. Um planeta como a Terra, por exemplo, seria pequeno demais para ser detectados pelos instrumentos e pelas técnicas da astronomia atual. Como não emitem luz, só podem ser localizados indiretamente.

Métodos de identificação – Uma das técnicas para confirmar a existência desses planetas consiste em captar movimentos sutis da estrela central ao ser puxada pela força da gravidade do corpo que a circunda. Outra forma é medir variações em seu brilho, que denunciam a passagem de um corpo escuro entre ela e o observador na Terra. Mais recentemente, vem-se tentando observar diretamente a forma escura de um possível planeta ao passar à frente de sua estrela. Pelo menos um planeta, já identificado anteriormente, teria sido registrado dessa forma.

Não somos os únicos – A descoberta de um planeta com características muito semelhantes a Júpiter ao redor da estrela 55 Cancri da Constelação de Câncer foi a primeira a revelar que a geometria do sistema solar não é a única do universo. A posição e órbita do planeta, que está a 820 milhões de quilômetros da estrela e leva 13 anos para concluir uma órbita, é praticamente igual a de Júpiter, com 775 milhões de quilômetros e 12 anos para cada volta. Apenas a massa é maior, de 3,5 a 5 vezes a de Júpiter. Em torno da mesma estrela já havia sido descoberto um planetas, mas com características totalmente distintas dos planetas solares (grande massa, próxima a de Júpiter, e pequena distância da estrela, 17 milhões de quilômetros, pouco mais de um décimo da distância entre a Terra e o Sol). O terceiro planeta também foi descoberto agora, tem massa similar à de Saturno e também fica perto da estrela, a uma distância de apenas 35 milhões de quilômetros. A estrela 55 Cancri é parecida com o Sol mas um pouco mais velha, com cinco bilhões de anos, 0,4 bilhões a mais que nossa estrela.

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