Sinclair ZX Spectrum

Sinclair ZX Spectrum

Sinclair ZX Spectrum
O Sinclair ZX Spectrum foi o mais influente (em Portugal) dos microcomputadores de 8 bits da década de 80, foi lançado em Inglaterra em 1982 pela companhia Sinclair Research. Em Portugal a sua distribuição começou a ser feita pela Triudus e logo a seguir pela Landry (que foram os primeiros a fornecer manuais em Português).

Baseado num processador Zilog Z80-A a 3.50 Mhz com 16 Kbytes de ROM o Spectrum estava disponível em duas versões, uma com 16 Kbytes de RAM e outra com 48 Kbytes. Era possivel expandir internamente o Spectrum 16 Kb para 48 Kb atravez da adição de 8 chips de memória e mais uns chips de controle.

O desenhador do hardware foi Richard Altwasser da Sinclair Research e o software (em ROM) foi escrito por Steve Vickers por contrato para a Nine Tiles Ltd, os autores do Sinclair BASIC. O responsavel pela aperência final do Spectrum foi o designer industrial Rick Dickinson da Sinclair Research.

Com o nome original de ZX82 a máquina foi rebaptizada ZX Spectrum por Sir Clive Sinclair de modo a realçar o facto deste computador produzir imagens a cores em vez de preto e branco, como acontecia com os computadores anteriores da Sinclair, o ZX80 e o ZX81.

Descrição
Como era normal nos micros daquela altura, o Spectrum ligava-se a uma TV, mas, ao contrários dos seus antecedentes ZX80 e ZX81 a imagem apresentava uma qualidade muito decente. No entanto, as primeiras versões (issue 1 e issue 2) tinham alguns problemas de estabilidade de cor, que tendia a variar à medida que o computador aquecia. Apesar de hoje nos parecer algo rudimentar, a imagem do spectrum era praticamente prefeita para ser ligado a uma TV portátil.

Cores Spectrum
O modo de texto do Spectrum era constituído por 24 linhas de 32 caracteres, que equivalia a uma resolução gráfica de 256 pixeis na horizontal e por 192 pixeis na vertical. O Spectrum podia produzir 15 cores, 8 cores base numeradas de 0 a 7. Preto (0), Azul (1), Vermelho (2), Magenta (3), Verde (4), Cyan (5), Amarelo (6) Branco (7). A essas 8 juntavam-se mais 7 cores produzidas a partir das cores base mais brilho (BRIGHT), 0 preto BRIGHT era igual à cor base. A imagem gerada pelo Spectrum era guardada em memória logo a seguir ao fim da ROM, ou seja, a partir do byte 16,384. O bitmap ocupava 6 Kbytes (6144) e eram usados mais 768 bytes (32x24) que continham codificada a informação para cor, brilho e flash. Esta estrategia de ter uma resolução de cor diferente da resolução de pixeis conduzia a alguns efeitos bizarros, que eram conhecidos por attribute clash.

Provavelmente o fator mais original do spectrum era o seu teclado de 40 teclas, composto por uma placa de borracha flexível onde estavam moldadas teclas salientes com um formato muito semelhante ao de uma chiclete, (daí o termo chiclet keyboard). Esta placa assentava diretamente sobre uma membrana plástica onde existiam pequenas bolhas, cada uma delas com um contato elétrico na parte superior e outro na inferior. Quando se carregava numa tecla a bolha era comprimida e os dois contatos tocavam-se. Esta membrana e, principalmente, as fitas que a ligavam à placa do Spectrum eram algo frágeis e eram responsáveis por quase todas as avarias do Spectrum.

Outra característica única do Spectrum era o fato de cada tecla não ter simplesmente uma letra, simbolo ou numero, mas também as palavras chave (keywords) do Sinclair BASIC. Cada tecla, através da utilização de várias teclas de shift produzia pelo menos 3 palavras chave, para além dos caracteres maiúsculos e minúsculos. Este aspecto do Spectrum era bastante criticado, mas apenas por aqueles que não tinham muita experiência na sua utilização. Afinal, o que demora mais tempo, carregar na tecla T ou escrever RANDOMIZE. O fato de não existirem teclas de cursor separadas (o efeito era obtido com CAPS SHIFT + 5, 6, 7 ou 8) nem tecla de apagar (CAPS SHIFT + 0) eram criticas mais válidas, e que eram resolvidas praticamente em todos os teclados de substituição que foram desenvolvidos para o Spectrum.

Em conjunto com o fato de o Spectrum não ter uma ligação para monitor, este teclado foi um dos fatores que mais penalizou o Sprectrum relativamente à aceitação num mercado mais profissional. A ausência da ligação para monitor é algo imcompreensivel, mesmo considerando que o Spectrum foi desenhado para ser o mais barato possível. Sabendo que os sinais de vídeo necessários até se encontravam presentes no conector de expansão a existência de uma ficha RCA ou DIN teria custado apenas mais uns cêntimos por computador e produziria uma imagem de qualidade muito superior. Creio que isto demonstra alguma falta de confiança da Sinclair quanto ao futuro que o Spectrum poderia ter fora do mercado doméstico.

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