Sabinada na Bahia (1834-1837)

Sabinada na Bahia (1834-1837)

Sabinada na Bahia (1834-1837)Foi um movimento ocorrido na Bahia contra a autoridade imposta pelo Governo Regencial e suas decisões políticas e administrativas. O nome Sabinada deriva de Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, médico e líder da revolta.

De fato, não havia a intenção de lutar por interesses populares. Pelo contrário, fazendeiros e militares se uniram em prol de seus próprios interesses: melhores salários e a não participação na Guerra dos Farrapos, respectivamente. Os rebeldes chegaram a proclamar a República Bahiense, a qual durou apenas até o envio das tropas do governo. O movimento foi repreendido com crueldade.

Antes do seu desenvolvimento, um grupo de negros malês tentou conquistar a cidade de Salvador. Contudo, mediante a delação às autoridades, essa primeira revolta não se desenvolveu. Nesse segundo momento, liderados pelo médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, os participantes da Sabinada se opuseram à mal resolvida questão da centralização política que se arrastava desde o início do Brasil Império.

Em 7 de novembro de 1837, o movimento conseguiu a adoção dos militares da Fortaleza de São Pedro. Contando com tal apoio, os revoltosos obrigaram o governador Francisco de Souza Paraíso a abandonar seu cargo. Logo após o golpe político, Sabino e seus comparsas decretaram a criação da República Bahiense.

Apesar de conseguir sua consolidação, o novo governo se instituiu em caráter transitório, até que o herdeiro do trono brasileiro, Dom Pedro II, chegasse à maioridade. No âmbito social, a nova república, criada em solo baiano, prometia conceder liberdade a todos os escravos que apoiassem o governo.

Em resposta ao movimento, o governo regencial nomeou um novo governador e organizou um destacamento de forças militares destinadas a dar fim ao levante. Após bloquear as saídas marítimas de Salvador, as tropas do governo iniciaram o ataque terrestre. Entre os dias 13 e 15 de março, as ruas de Salvador foram ocupadas pelas forças regenciais, que renderam os participantes da revolta.

Logo após a batalha, os líderes da revolta foram julgados, sendo que três foram condenados à morte e os demais à prisão perpétua. No entanto, as penas foram posteriormente abrandadas para o degredo em território nacional.

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