Agave, Plantas da Família das Amarilidáceas
As espécies classificadas no gênero Agave, da família das amarilidáceas,
são plantas perenes que se caracterizam por formar rente ao solo uma
grande roseta de folhas grossas, carnudas e coriáceas, providas em geral
de espinhos nas bordas. A cor das folhas muda de espécie a espécie e
até nas diferentes variedades de uma mesma espécie. Do centro de cada
planta, com o passar dos anos, ergue-se um caule que não raro chega a
mais de dez metros de altura e em cujo ápice desabrocham as flores. Após
uma única floração, a planta morre, emitindo ao mesmo tempo inúmeras
mudas que a perpetuarão como espécie.
Algumas das fibras de melhor qualidade utilizadas no fabrico de cordas, esteiras e produtos afins são obtidas de diversas espécies de agave, como o sisal-verde, o sisal-branco ou henequém e a pita. Uma de suas variedades, o agave-azul, entra na elaboração da tequila e na fermentação de outra típica bebida mexicana, o mescal.
O sisal-verde (Agave mexicano) é originário do Yucatán e cultivado em muitos países, como Brasil, Cuba, Quênia, Tanzânia e Angola. Não tem espinhos, o que facilita sua manipulação, e a fibra dele obtida compete em flexibilidade e resistência com o cânhamo. Seu ciclo vital cumpre-se em seis anos, findos os quais a planta floresce e morre.
O sisal-branco ou henequém (Agave fourcroydes) apresenta folhas guarnecidas de espinhos. O uso de sua fibra, com produção quase totalmente limitada ao México, reduziu-se muito a partir da década de 1950, devido sobretudo à concorrência dos plásticos.
A pita ou piteira (Agave americana), muito comum no Brasil, forma rosetas de trinta a quarenta folhas com até três metros de comprimento e espinhos nas bordas. Seu caule florífero pode ultrapassar os 12m de altura. Em vez de frutos, produz uma infinidade de bolbilhos que caem e se cravam no chão para assegurar a propagação vegetativa.
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