Ayahuasca (Santo Daime), Vinho dos Mortos

Ayahuasca (Santo Daime), Vinho dos Mortos

Ayahuasca (Santo Daime), Vinho dos MortosAyahuasca, nome de origem inca, refere-se a uma bebida sacramental produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica: um cipó Banisteriopsis Caapi e folhas de um arbusto Psicotria Viridis.

O nome Ayahuasca significa "liana dos sonhos" ou "vinho dos mortos". Outros nomes para essa bebida são: Caapi, Yagé, Vegetal, Daime, Hoasca.

Atualmente é utilizado em igrejas e centros espirituais, principalmente no Brasil, como a União do Vegetal e o Santo Daime.

Esta bebida apresenta propriedades alucinógenas. Entre os estudiosos da questão, entretanto, prefere-se utilizar o termo enteógeno, quando seu uso ocorre em contextos litúrgicos específicos.

Vale ressaltar que: Após 18 anos de estudos, o CONAD (Conselho Nacional Anti-Drogas) do Brasil, retirou em caráter definitivo a Ayahuasca da lista de drogas alucinógenas conforme portaria publicada no Diário Oficial da União  em 10/11/2004.

A Suprema Corte Norte-Americana liberou o consumo ritual do chá depois de mais de 5 anos de estudos por não encontrar nele nenhuma forma de malefício.

A ONU emitiu um parecer favorável recomendando a flexibilização das Leis em todos os países do mundo no que se refere à Ayahuasca.

Outros nomes - Chá do Santo Daime, yajé, caapi, vinho de deus. Na linguagem Quéchua, aya significa espírito ou ancestral, e huasca significa vinho ou chá.

Aparência - A aparencia da ayahuasca varia entre diversos tons de terra variando entre o bege claro e translúcido ao marrom escuro. Os métodos de preparo variam conforme a tradição de cada local e da ocasião em que o consumo se dá. De qualquer maneira, o processo é longo e leva quase um dia para o preparo. As diversas beberagens geralmente contêm talos socados do cipó caapi (Banisteriopsis caapi) mais as folhas da chacrona (Psichotria viridis).

Efeitos - Segundo algumas opiniões, a ayahuasca não é um alucinógeno (sendo assim considerada por outros autores). Tal propriedade se deve à presença nas folhas da chacrona de uma substância enteógena (alucinogénea, para outros autores) denominada N,N-dimetiltriptamina (DMT), produzido naturalmente no organismo humano. O DMT é destruído pelo organismo por meio da enzima monoaminaoxidase (MAO). No entanto, o caapi possui uma substância capaz de bloquear os efeitos da MAO: a harmalina. Desse modo, o DMT tem sua ação alucinógena intensificada e prolongada.

Outras plantas amazônicas também possuem DMT e são utilizadas por diversas tribos indígenas como um modo de experiência religiosa. Entre estas estão a jurema (Mimosa hostilis) e o yopo (Anadenanthera colubrina). A jurema é consumida na forma de chá, enquanto as sementes do yopo são maceradas e seu pó, consumido pela via intranasal (cheirado).

Caráter religioso e sintomatologia - Seu consumo está associado a práticas religiosas e parece ser utilizada por tribos indígenas da Amazônia desde 2000 a.C. As seitas religiosas mais conhecidas no Brasil são o Santo Daime e a União do Vegetal. Os efeitos, desse modo, estão bastante relacionados aos rituais religiosos onde se dá o consumo, baseados na crença da possibilidade de contato com outros planos espirituais. Há semelhança entre os efeitos da ayahusca e alucinógenos, como o LSD.

Riscos à saúde - Pode haver sensação de medo e perda do controle, levando a reações de pânico. O consumo do chá pode desencadear quadros psicóticos permanentes em pessoas predispostas a essas doenças ou desencadear novas crises em indivíduos portadores de doenças psiquiátricas (transtorno bipolar, esquizofrenia).

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