Ânfora, Recipiente de Forma Ovóide
Ânfora é um recipiente de forma ovóide, dotado de duas asas, boca
geralmente estreita e alongada, e fundo pontiagudo (para ser enterrado
na areia), ou terminado num pé cônico. Com diferentes características,
esses recipientes proliferaram em numerosas culturas, desde a grega e a
romana até a islâmica, já na Idade Média, e normalmente eram destinados à
conservação e ao transporte de grãos, azeite e outros produtos. Em
alguns períodos históricos - entre os mais significativos, cabe
mencionar o baixo Império Romano -, eram utilizadas como urnas
funerárias, para guardar as cinzas dos mortos. Vasos desse tipo,
profusamente decorados, foram descobertos em numerosos sepulcros
romanos, datados entre os séculos I e IV da era cristã.
As ânforas constituem um testemunho valioso e uma importante referência cronológica, já que sua ampla variedade de formas e decorações permite estabelecer com precisão a época e a civilização de que procedem.
Em acepção particular, delimitada à cultura grega, o conceito de ânfora costuma ser associado ao de vaso, diferenciando-se a ânfora de colo (pescoço), com um estreitamento na parte superior, e a ânfora de uma só peça. Ambas apresentam a decoração característica dos vasos gregos; as primeiras datam do chamado período geométrico (em torno de 900 a.C.), e as segundas do século VII a.C. Tanto a cultura grega como a romana utilizaram medidas de capacidade chamadas ânforas: a ática correspondia a cerca de 39 litros, e a romana a 25,3.
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