Arianos
A raça ariana, cujos indivíduos seriam louros, altos, de
olhos azuis, crânios alongados, compleição correspondente à dos nórdicos
e etnicamente superiores aos outros povos, é uma ficção. Existiu apenas
na imaginação dos teóricos do nazismo, que levaram homens de todas as
etnias à segunda guerra mundial.
Ariano, no único sentido cientificamente admissível, é o indivíduo
pertencente aos árias, tribos nômades caucasoides dedicadas ao
pastoreio, de língua indo-europeia, que invadiram o subcontinente
indiano, vindos pelo Paquistão, na segunda metade do primeiro milênio
antes de Cristo. Não existe raça ariana, mas sim línguas arianas, ou
indo-europeias, faladas por povos de raças diferentes. Essas línguas
constituem uma grande família linguística, à qual pertencem, na Europa,
as línguas albanesa, balto-eslávicas (russo, letão, tcheco), celtas,
germânicas (alemão, inglês, sueco), grega, ilíria e itálicas (latim e
suas descendentes) e as traco-frígias. Também são arianas línguas
asiáticas como o armênio, o hitita, as línguas indo-iranianas
(sânscrito, persa, hindustani) e o tocariano.
As teorias que postularam a existência da raça ariana tiveram origem nos
textos de alguns autores europeus do século XIX que estiveram em voga,
apesar das advertências de filólogos como F. Max Müller, que alertaram
para o uso indevido do termo ariano, de significado exclusivamente
linguístico.
www.klimanaturali.org
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