Armênia, Aspectos Gerais da Armênia

Armênia, Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Armênia

ARMÊNIA - ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIAIS DA ARMÊNIAGeografia: Área: 29.800 km². Hora local: +8h. Clima: temperado continental. Capital: Yerevan. Cidades: Yerevan (1.246.100), Gyumri (210.100), Vanadzor (ex-Kirovakan) (170.800) (2016).

População: 3,1 milhões (2016); nacionalidade: armênia; composição: armênios 93%, azeris 3%, russos 2%, outros 2%. Idiomas: armênio (oficial), curdo. Religião: cristianismo 84% (ortodoxos 78,2%, outros 5,8%), sem religião 8,4%, ateísmo 4,9%, islamismo 2,7%.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, CEI, FMI, OMC, ONU. Embaixada: 2225, R Street NW, Washington D.C. 20008, EUA; e-mail: amembusadm@msn.com, site na internet: www.armeniaemb.org.

Governo: República parlamentarista. Div. administrativa: 11 regiões (incluindo a capital, Yerevan) subdivididas em comunidades. Presidente: Robert Kocharian (desde 1998, reeleito em 2003). Primeiro-ministro: Andranik Markarian (HHK) (desde 2000, reeleito em 2003). Partidos: Republicano da Armênia – HHK, do País da Lei (Orinats Erkir), coalizão Justiça (liderado pelo Partido do Povo da Armênia – HZhK), Comunista da Armênia (PCA). Legislativo: unicameral – Assembleia Nacional, com 131 membros. Constituição: 1995.

A Armênia, localizada no sudeste da Europa, é a menor das antigas repúblicas da ex-União Soviética (URSS). A cadeia montanhosa do Cáucaso estende-se por todo o território e atinge o ponto mais alto no monte Ararat. Predominantemente cristão, o país está cercado de vizinhos de maioria muçulmana, como Turquia, Irã e Azerbaijão. Antes da independência, já disputava com os azeris o controle de Nagorno-Karabakh, território de maioria armênia. A continuidade do conflito entre Armênia e Azerbaijão e o colapso do comunismo agravam a crise na economia do país, baseada na agropecuária e na indústria de alimentos e bebidas. Com o bloqueio do fornecimento de gás e eletricidade imposto pelo Azerbaijão, o parque industrial da capital decai em ritmo acelerado. Nos últimos anos, o país fecha acordos de fornecimento de energia com Irã e Federação Russa e volta a crescer (em 2003, 13,9%), mas metade da população vive hoje abaixo da linha da pobreza.

Bandeira da ArmêniaHistória da Armênia

Por volta de 700 a.C., povos de língua indo-europeia invadem a região, onde então se localizava o Reino Urartu. Da fusão dos invasores com os habitantes nativos surge o povo armênio. O território torna-se, no século VI a.C., província do Império Persa. No século I a.C., os armênios caem sob domínio dos romanos, que permitem ao país manter-se com reis próprios, subordinados a Roma. Em 301, a Armênia é o primeiro país a adotar o cristianismo como religião oficial, pretexto para uma guerra que resulta na anexação da maior parte de seu território pela Pérsia, atual Irã. É, depois, disputada e repartida entre vários impérios: Árabe e Bizantino, Otomano e Persa, Russo e Otomano.

Genocídio – o século XIX, a parte oriental do território armênio passa ao Império Russo, enquanto o oeste permanece sob domínio otomano. Até o fim da I Guerra Mundial, a população que se mantinha na área anexada ao Império Turco-Otomano é perseguida, sob a acusação de lealdade aos russos. Em 1915, os turcos massacram grande número de armênios e deportam sobreviventes para a Síria e para a Mesopotâmia (atual Iraque). Calcula-se que, entre 1915 e 1922, os turcos sejam responsáveis pelo genocídio de 1,5 milhão de armênios.

Período soviético – Aproveitando-se da Revolução Russa, os armênios sob domínio russo estabelecem, em 1918, uma república independente. O país é invadido pela Turquia. Para evitar outro massacre, os armênios aceitam a intervenção de tropas russas, que expulsam os turcos. Em 1920, a Armênia torna-se uma república soviética. O nacionalismo volta a ganhar força em 1985, com a abertura política promovida pelo líder soviético Mikhail Gorbatchov. Em 1988, os armênios pedem a anexação de Nagorno-Karabakh, cedido ao Azerbaijão. O governo azeri se recusa a ceder o enclave. Em dezembro de 1988, um terremoto de grandes proporções mata cerca de 25 mil pessoas no norte do país.

Yerevan
Yerevan
Independência - O oposicionista Movimento Nacional Pan-Armênio vence as primeiras eleições livres no país, em 1990. A independência é declarada em 1991, e a nação filia-se à Comunidade dos Estados Independentes (CEI). No mesmo ano, Nagorno-Karabakh autoproclama-se independente, o que desencadeia uma guerra entre Azerbaidjão e Armênia. O conflito e o colapso soviético mergulham o país em profunda crise. Em 1995, nova Constituição adota a economia de mercado. O primeiro-ministro Robert Kocharian – ex-presidente da autoproclamada República de Nagorno-Karabakh – vence o pleito presidencial em 1998.

Chacina no Parlamento – Em 1999, durante sessão parlamentar, o primeiro-ministro Vasgen Sargisian, presidente do Parlamento, um ministro e cinco deputados são assassinados por radicais nacionalistas. Kocharian nomeia primeiro-ministro Aram Sargisian, irmão do líder morto. Em 2000, a oposição ameaça Kocharian com um processo de impeachment, acusando-o de criar obstáculos à investigação da chacina. Kocharian destitui o criticado primeiro-ministro, Aram Sargisian, e nomeia Andranik Markarian.

Em março de 2003, Kocharian, sem partido, é reeleito em segundo turno, com 67,5% dos votos, derrotando Stepan Dermichian, do Partido do Povo da Armênia (HZhK), com 28,2%. Observadores internacionais apontam irregularidades na votação. Nas eleições parlamentares de maio, também consideradas fraudulentas, os partidos governistas ficam com 61 das 131 cadeiras, mas obtêm maioria com parte dos 36 independentes. O novo governo é formado em junho, e Markarian se mantém como primeiro-ministro. Em dezembro, seis pessoas são condenadas à prisão perpétua pela chacina no Parlamento, quatro anos antes.Em abril de 2004, a oposição coloca milhares de manifestantes nas ruas, por vários dias, exigindo a convocação de um plebiscito sobre a permanência de Kocharian na Presidência. As manifestações são violentamente reprimidas e diversos líderes são presos.

Armênia e Azerbaijão disputam Nagorno-Karabakh

Armênia e Azerbaidjão disputam Nagorno-Karabakh

A região de Nagorno-Karabakh é foco de um conflito de difícil solução entre Armênia e Azerbaijão. Embora esteja encravada em território do Azerbaidjão, país de maioria muçulmana, quase 80% de sua população é armênia e cristã. Em 1921, a região havia sido entregue à Armênia por um conselho regional do Cáucaso. Mas, logo após o acerto, as duas nações foram incorporadas pela União Soviética, e Nagorno-Karabakh, cedida à república soviética do Azerbaidjão. Guerra Depois de autoproclamar-se independente, em 1991, a região é bombardeada pelo governo azeri até 1992, quando a Armênia conquista o enclave e extensa área ao redor, criando um corredor de ligação com seu próprio território (Corredor de Latchine). Em 1994 é assinado um cessar-fogo. As tropas armênias permanecem no território, que realiza eleições regulares para um governo próprio, não reconhecido internacionalmente. Diálogo O presidente armênio Robert Kocharian e o azeri Heidar Alíev reúnem-se em 2001 na França e nos Estados Unidos. As conversações versam sobre a concessão ao enclave do status de república autônoma do Azerbaidjão, com Constituição e Exército próprios. A Armênia teria de retirar-se da área adjacente. Nada é decidido, porém, porque dissidentes representam forte resistência interna nos dois países. Em 2002, Arkady Gukasyan é eleito presidente da autoproclamada República de Nagorno-Karabakh. As negociações não avançam em 2004.

Yerevan, Capital da Armênia

Yerevan, Capital da Armênia
Yerevan, Capital da Armênia

Yerevan ou Erivan ou Erevan é a capital e a maior cidade da Armênia. Situa-se nas margens do rio Hrazdan. Tem cerca de 1230 mil habitantes. A sua origem remonta pelo menos ao século VIII a.C.

Anastas MikoyanAnastas Mikoyan

Anastas Ivanovitch Mikoyan nasceu em Sanain, Armênia, em 25 de novembro (13 de novembro pelo calendário juliano) de 1895. Sacerdote ortodoxo, abandonou a religião para juntar-se, em 1915, ao Partido Bolchevique e tornar-se um dos líderes do movimento revolucionário no Cáucaso. O apoio a Stalin na luta pelo poder lhe valeu a nomeação, em 1923, para o Comitê Central do Partido Comunista. Em 1926, foi indicado comissário do povo para o comércio interior e exterior. Em 1935 tornou-se membro do Politburo, onde atuou como especialista em comércio.

Bolchevista da velha guarda e político soviético de grande influência, Mikoyan dominou o comércio exterior e interior da União Soviética nos governos de Stalin e Khrutchev.

Supervisionou o suprimento das forças armadas na segunda guerra mundial. Durante a ditadura de Stalin, correu o risco de cair em desgraça mas, com a morte do ditador, aliou-se a Khrutchev, de quem se tornou conselheiro e principal substituto. Com a queda de Khrutchev, manteve-se formalmente como presidente do Presidium (antigo Politburo) até 1965. Ainda membro do Comitê Central, Mikoyan continuou a ser tratado como alto funcionário em cerimônias públicas até sua morte em Moscou em 21 de outubro de 1978.

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