Bahrein, Aspectos Gerais do Bahrein

Bahrein, Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Bahrein

BAHREIN, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DO BAHREINGeografia: Área: 678 km². Hora local: +7h. Clima: tropical árido. Capital: Manama. Cidades: Manama (145.000), Ar Rifa (85.885), Al Muharraq (59.000) (2016).

População: 830 mil (2016); nacionalidade: barenita; composição: árabes barenitas 63%, outros árabes 12%, afeganes, paquistaneses e indianos 25%. Idiomas: árabe (oficial), inglês. Religião: islamismo 82,4%, cristianismo 10,5% (independentes 4,4%, católicos 4,1%, outros 2%), hinduísmo 6,3%, sem religião 0,5%, outras 0,4%.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU. Embaixada: 3502, International Drive NW, Washington D.C. 20008, EUA; e-mail: info@bahrainembassy.org, site na internet: www.bahrainembassy.org.

Governo: Monarquia constitucional. Div. administrativa: 12 municipalidades. Chefe de Estado: rei xeque Hamad bin Isa al-Khalifa (emir desde 1999; rei desde 2002). Primeiro-ministro: xeque Khalifa bin Sulman al-Khalifa (desde 1970). Partidos: não há. Legislativo: bicameral – Casa dos Representantes, com 40 membros; Shura (conselho consultivo nomeado, com 40 membros). Constituição: 1973.

O território de Bahrein é formado por 35 ilhas situadas no Golfo Pérsico, próximo à Arábia Saudita e ao Catar. Apenas as três maiores – Bahrein, Umm Nassam e Al Muharraq – são habitadas. O minúsculo país é um tradicional centro comercial desde a Antiguidade, graças aos portos bem localizados e às fontes de água doce que o tornam menos árido que seus vizinhos. Cerca de 25% da população é constituída de não-árabes – paquistaneses, afegãos e indianos, além de norte-americanos e britânicos empregados nas companhias petrolíferas. Primeiro país da região a descobrir e a exportar petróleo, a nação pode ter suas reservas esgotadas na primeira metade do século XXI. Por isso, começa a diversificar a economia e coloca em prática mudanças políticas sem precedentes entre os países do Oriente Médio. Além de ser um centro bancário e financeiro internacional, conta com indústrias de alumínio, naval e químicas.

Bandeira do BahreinHistória do Bahrein

Por volta do segundo milênio a.C., Bahrein abriga o centro comercial conhecido por Dilmun, que ligava a Índia à Mesopotâmia. No século XVI, os portugueses instalam-se no arquipélago, onde permanecem até ser derrotados pelos persas. Em 1783, o poder passa a uma dinastia de xeques da família al-Khalifa, da Arábia. A região torna-se protetorado britânico em 1861, sendo uma importante base militar durante as duas guerras mundiais. A independência só ocorre em 1971, embora permaneçam os laços privilegiados com o Reino Unido. Desde então, a política interna de Bahrein é marcada por protestos dos xiitas contra o poder absoluto dos al-Khalifa (sunitas). A partir da década de 1980, o país envolve-se em disputas com Catar, pela soberania das ilhas Hawar e das águas próximas, potencialmente ricas em petróleo e gás natural.No fim de 1994 crescem as manifestações pela reabertura do Parlamento, dissolvido em 1975. Os entendimentos entre o governo e a oposição fracassam em 1995, e os protestos são retomados. Em 1996, o ativista Isa Ahmed Hassan é submetido à primeira execução realizada em Bahrein desde 1977. O governo barenita acusa o Irã de apoiar grupos terroristas xiitas para desestabilizar o país.

Abertura política – Em 1999 morre o emir, xeque Isa bin Sulman al-Khalifa, no comando do país desde 1961. Assume o cargo seu filho mais velho e sucessor, o xeque Hamad bin Isa al-Khalifa. Ele mantém o xeque Khalifa bin Sulman al-Khalifa como primeiro-ministro, dá continuidade à política pró-Ocidente do pai e prioriza a abertura política do país. Em 2000, pela primeira vez, mulheres e não-muçulmanos são incluídos na renovação da Shura, o conselho consultivo indicado pelo emir.

Manama, Capital do Bahrein
Manama, Capital do Bahrein
A democratização das instituições de Bahrein tem início em 2001, com a realização de referendo sobre a Constituição . O litígio com Catar por causa das ilhas Hawar termina em março de 2001. Os dois países aceitam a decisão da Corte Internacional de Justiça, que concede a Bahrein a soberania sobre as ilhas.Em janeiro de 2003, mais de mil pessoas realizam ato em Manama, a capital, contra eventual ataque dos Estados Unidos (EUA) ao Iraque. A médica Nada Haffadh é nomeada ministra da Saúde em abril de 2004, tornando-se a primeira mulher do país a ocupar cargo desse nível. Em maio, ocorre manifestação em Manama contra a ação militar dos EUA no território iraquiano. Apesar de permitido pelas autoridades, o protesto sofre repressão policial, o que leva o rei a demitir o ministro do Interior, responsável pela ação.

Mudanças democráticas no Bahrein

O primeiro grande passo rumo à democratização do Bahrein ocorre em fevereiro de 2001, com um plebiscito convocado para referendar mudanças na Constituição. Pela primeira vez, a votação conta com a participação das mulheres. Mais de 98% dos eleitores dizem sim à instituição de uma monarquia constitucional. O Legislativo é restaurado, com uma Casa eleita e outra indicada pelo chefe de Estado. Ainda em 2001 são revogadas as leis de segurança nacional, em vigor desde 1975, e o regime concede anistia aos presos políticos. Cerca de 100 oposicionistas no exílio retornam ao país. Em fevereiro de 2002, o emir, xeque Hamad bin Isa al-Khalifa, autoproclama-se rei. Eleições Em outubro de 2002, os barenitas participam das primeiras eleições parlamentares em quase 30 anos, para escolher os 40 membros da Casa dos Representantes. As eleições são boicotadas por grupos de oposição, entre os quais a Associação Acordo Islâmico Nacional, a principal organização xiita, em protesto contra o fato de a Casa dos Representantes dividir o poder com o conselho consultivo nomeado pelo rei (Shura). Em maio de 2004, cinco ativistas que fazem campanha por mais poderes no Parlamento eleito são presos.

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