Peru | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Peru
Geografia – Área: 1.285.215 km². Hora local: -2h. Clima: árido tropical (litoral), de montanha (altiplano e cordilheira), equatorial (trecho amazônico). Capital: Lima. Cidades: Lima (7.800.000) (aglomeração urbana), Arequipa (757.100), Trujillo (635.000), Callao (555.200), Chiclayo (495.200) (2016).
População – 29,2 milhões (2016); nacionalidade: peruana; composição: quíchuas e aimarás 45%, euramerídios 37%, europeus ibéricos 15%, outros 3%. Idiomas: espanhol, quíchua, aimará (oficiais). Religião: cristianismo 97,2% (católicos 95,7%, outros 9,9% - dupla filiação 6,3%, desfiliados 2,1%), outras 1,3%, sem religião e ateísmo 1,4%. Moeda: sol novo.
Relações Exteriores– Organizações: Apec, Banco Mundial, Comunidade Andina, FMI, Grupo do Rio, OEA, OMC, ONU. Embaixada: Tel. (61) 242-9933, fax (61) 244-9344 – Brasília (DF); e-mail: embperu@embperu.org.br, site na internet: www.embperu.org.br.
Governo – República presidencialista. Div. administrativa: 25 regiões. Partidos: Peru Possível (PP), Aliança Popular Revolucionária Americana (Apra), Unidade Nacional, Ação Popular. Legislativo: unicameral – Congresso, com 120 membros. Constituição: 1993.
Terceiro maior país da América do Sul, o Peru foi sede do Império Inca até a chegada dos espanhóis, no século XVI. Vestígios dessa civilização estão em Machu Picchu e na cidade de Cuzco, considerados patrimônios da humanidade. O território peruano, banhado pelo oceano Pacífico, é dividido em três regiões pela cordilheira dos Andes. O litoral, desértico, concentra as maiores cidades e a capital, Lima. O altiplano andino é povoado por indígenas. A leste da cordilheira fica a Amazônia peruana, onde estão as nascentes do rio Amazonas. O país exporta ouro, cobre e pesca. Estima-se, porém, que o comércio ilegal de coca supere todos os recursos obtidos com as exportações legais.
Região habitada há cerca de 15 mil anos, o atual Peru foi o centro do Império Inca, que começa a unificar culturas diversas por volta do século XII da Era Cristã. Em 1532, o espanhol Francisco Pizarro destrói a capital sul do império, atual Cuzco. Três anos depois funda Ciudad de los Reyes, hoje Lima. Rica em prata, ouro e mercúrio, a colônia é elevada a vice-reinado do Peru, tendo o vice-rei aportado na região em 1544. Tupac Amaru II lidera, entre 1780 e 1783, uma revolta contra a escravidão que se estende até a Bolívia. Em 1820, o argentino José de San Martín inicia a luta contra os espanhóis, derrotados em 1824 pelas tropas de Antonio José Sucre. O desfecho militar assegura a independência peruana, já declarada por San Martín em 1821.
História do Peru -
Região habitada há cerca de 15 mil anos, o atual Peru foi o centro do Império Inca, que começa a unificar culturas diversas por volta do século XII da Era Cristã. Em 1532, o espanhol Francisco Pizarro destrói a capital sul do império, atual Cuzco. Três anos depois funda Ciudad de los Reyes, hoje Lima. Rica em prata, ouro e mercúrio, a colônia é elevada a vice-reinado do Peru, tendo o vice-rei aportado na região em 1544. Tupac Amaru II lidera, entre 1780 e 1783, uma revolta contra a escravidão que se estende até a Bolívia. Em 1820, o argentino José de San Martín inicia a luta contra os espanhóis, derrotados em 1824 pelas tropas de Antonio José Sucre. O desfecho militar assegura a independência peruana, já declarada por San Martín em 1821.
Constituição liberal Independente - o país adota uma Constituição liberal em 1828, e o governo do mestiço Ramón Castilla (1845-1851 e 1855-1862) liberta os indígenas do pagamento de tributos e os negros da escravidão. Na Guerra do Pacífico (1879-1884), o Peru perde para o Chile o controle das jazidas de nitrato no deserto de Atacama e na província de Tarapacá. Haya de la Torre funda, em 1924, a nacionalista Aliança Popular Revolucionária Americana (Apra). Fernando Belaúnde Terry, da Ação Popular (AP), é eleito presidente em 1963 e inicia a reforma agrária. Em 1968, Belaúnde é deposto pelo general nacionalista Juan Velasco Alvarado, que expropria empresas petrolíferas dos Estados Unidos (EUA).
Sendero Luminoso – Em 1975, Alvarado é deposto pelo general conservador Morales Bermúdez, que devolve o poder aos civis em 1979. Belaúnde reelege-se presidente em 1980. No mesmo ano, o grupo Sendero Luminoso (inspirado nas idéias do líder comunista chinês Mao Tsé-tung) inicia atividades terroristas em Ayacucho. Alan García (Apra) torna-se presidente em 1985 e decreta moratória da dívida externa. A tentativa de estatizar o sistema bancário leva à formação de uma frente oposicionista liderada pelo escritor Mario Vargas Llosa. A inflação chega a 7.600% em 1990, e aumentam as greves e o terror senderista. Nesse ano, Vargas Llosa perde as eleições presidenciais para o independente Alberto Fujimori.
Lima, Capital do Peru |
Fim da era Fujimori – Em setembro de 2000, um vídeo mostra o chefe de inteligência, Vladimiro Montesinos, subornando um deputado. O escândalo leva Fujimori a afastar Montesinos – seu braço direito – e anunciar a redução de seu mandato para um ano. Montesinos foge para o Panamá. Aproveitando viagem à Ásia, Fujimori desembarca no Japão e renuncia. Descobre-se que ele manteve a cidadania japonesa, além da peruana. O Congresso não aceita a renúncia e destitui Fujimori em 22 de novembro por "incapacidade moral". O presidente do Congresso, Valentín Paniagua, assume um governo de transição até 2001. A Justiça tenta julgar Fujimori por massacres contra civis nos anos 1990, mas o governo do Japão anuncia que não extradita seus cidadãos.
Nas eleições legislativas de abril de 2001, o PP conquista 45 das 120 cadeiras do Congresso. O Apra, do ex-presidente Alan García, elege 27 deputados. Após disputa acirrada no segundo turno com García, Alejandro Toledo vence em junho as eleições presidenciais, com 53,1% dos votos. Nesse mesmo mês, Montesinos é preso em Caracas e retorna detido ao Peru, onde enfrenta acusações por enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.
Tensão política – Ao fracassar na promessa de criar empregos e reativar a economia, Toledo perde o apoio da população. Em 2002 ocorrem manifestações violentas em cinco províncias contra a privatização das estatais de energia elétrica. O governo decreta estado de emergência, mas os protestos prosseguem. O processo de privatização acaba suspenso. Toledo substitui os ministros mais comprometidos com as privatizações, mas permanece impopular. Seu partido, o PP, é derrotado nas eleições regionais, em novembro. Um novo foco de tensão política surge em fevereiro de 2003, com os protestos dos plantadores de coca (cocaleros) contra a erradicação daquele cultivo ilegal. Uma trégua é assinada depois que o governo promete 11 milhões de dólares em auxílio para substituir a coca por outros plantios, mas em abril os protestos recomeçam. Em novembro, Toledo pede publicamente desculpa pelas violações aos direitos humanos pelo Estado peruano nas décadas de 1980 e 1990. Em maio de 2004, 3 mil cocaleros fazem uma marcha de 500 quilômetros até Lima, contra a erradicação da cultura. Em junho, Montesinos é condenado a 15 anos de prisão por peculato, corrupção e associação ilícita. A violência senderista ressurge, em outubro, com o assassinato de políticos na região de Ayacucho. Em novembro de 2004, abre-se o novo julgamento do líder do Sendero Luminoso, Abimael Guzmán, pois sua condenação à prisão perpétua, decidida sob a ditadura de Fujimori, é considerada de legitimidade duvidosa.
Ciro Alegría
Ciro Alegría nasceu em 4 de novembro de 1909 em Saltimbanca, província
de Huamachuco, onde se familiarizou com a vida dos índios. Depois de
trabalhar como jornalista em Lima, entrou para a Aliança Popular
Revolucionária Americana (APRA), o que lhe acarretou várias prisões e
finalmente o exílio no Chile, em 1934. Ali escreveu La serpiente de oro
(1935; A serpente de ouro), inspirada na vida dos cholos (mestiços), e
Los perros hambrientos (1938; Os cães famintos), libelo contra as
condições da vida dos pastores dos Andes.
Revitalizador do romance indigenista do Peru, Alegría é considerado um dos maiores representantes da literatura hispano-americana.
El mundo es ancho y ajeno (1941; Grande e estranho é o mundo) valeu-lhe o Prêmio Latino-Americano de Romance e o tornou conhecido internacionalmente. Relato da agonia de uma comunidade indígena forçada a abandonar suas terras devido à pressão dos proprietários, a obra constitui um vasto painel da realidade peruana.
Tendo lecionado em universidades da América Latina e Estados Unidos, Ciro Alegría voltou para o Peru depois das eleições de 1956. Seu último romance, Duelo de caballeros (1963; Duelo de cavalheiros) não foi bem acolhido como os anteriores. Ciro Alegría morreu em Lima em 17 de fevereiro de 1967.
Fonte: http://www-geografia.blogspot.com.br/