Quênia | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos do Quênia
Geografia do Quênia – Área: 582.646 km². Hora local: +6h. Clima: equatorial (litoral) e equatorial de altitude (interior). Capital: Nairóbi. Cidades: Nairóbi (2.360.000), Mombasa (735.000), Nakuru (264.300), Kisumu (213.300) (2017).
População – 38 milhões (2017); nacionalidade: queniana; composição: quicuios 21%, luias 14%, luos 13%, cambas 11%, calenjins 11%, quisis 6%, merus 5%, outros 19%. Idiomas: suaíle (oficial), inglês, quicuio, luo. Religião: cristianismo 79,3% (católicos 23,3%, independentes 22%, protestantes 21,2%, outros 17,2% - dupla filiação 4,4%), crenças tradicionais 11,5%, islamismo 7,3%, outras 1,8%, sem religião 0,1%. Moeda: xelim queniano.
Relações Exteriores – Organizações: Banco Mundial, Comunidade Britânica, FMI, OMC, ONU, UA. Embaixada: 2249, R Street NW, Washington D.C. 20008, EUA; e-mail: info@kenyaembassy.com, site na internet: www.kenyaembassy.com.
Governo – República presidencialista. Div. administrativa: 8 províncias. Partidos: Coalizão Nacional Arco-Íris (Narc) (Liberal Democrático – LDP, da Aliança Nacional do Quênia – NAK), União Africana Nacional do Quênia (Kanu), Fórum pela Restauração da Democracia para o Povo (Ford-People). Legislativo: unicameral – Assembléia Nacional, com 224 membros. Constituição: 1963.
Cortado pela linha do Equador e banhado pelo oceano Índico, o Quênia situa-se na costa leste da África. Seu território apresenta diversas paisagens: o deserto Chalbi no norte, praias no sudeste e planaltos elevados no centro-oeste. O segundo maior pico do continente, o monte Quênia – com 5.199 metros – fica nessa região, pontilhada de pequenos lagos. Alguns são santuários de aves, como o lago Nakuru, que abriga 2 milhões de flamingos. O país é palco de um dos maiores espetáculos de vida selvagem no planeta. Todos os anos, entre julho e setembro, milhares de animais, sobretudo gnus e zebras, migram para as savanas da Reserva Natural de Masai Mara. Nessa área se encontra a tribo masai, cujos habitantes são chamados de guerreiros escarlates por usar trajes vermelhos. Outros 70 povos vivem no Quênia, o que faz do país um mosaico de culturas e etnias. O turismo é um setor vital para a economia, ao lado da agricultura, que emprega quase 80% da força de trabalho. O chá e o café são os principais produtos de exportação.
História do Quênia
No século VIII, os árabes instalam colônias no litoral do Quênia e trocam mercadorias com as tribos do interior. Desse contato resulta o idioma suaíle, que mescla elementos de árabe e banto. Os portugueses chegam à região no fim do século XV e controlam a costa até 1729, quando o território é dominado pelos sultões de Omã. Exploradores britânicos conquistam o país no fim do século XIX. Com a divisão da África entre as potências coloniais, após acordo de 1886, o Quênia passa a ser administrado pelo Reino Unido. O descontentamento dos quicuios – a etnia mais numerosa – com a perda de suas terras dá origem, em 1952, à Rebelião Mau-Mau, sociedade clandestina de luta contra o domínio colonial. Os britânicos reprimem os rebeldes, mas fazem concessões. Os nativos formam um Legislativo local em 1957.
Ditadura – O Quênia torna-se independente em 1963. Seu primeiro presidente é o líder quicuio Jomo Kenyatta. Ele morre em 1978 e é sucedido pelo vice, Daniel Arap Moi. Em regime de partido único, ele é eleito presidente no ano seguinte e reeleito em 1983 e 1988. Sob pressão interna e externa, Arap Moi liberta presos políticos em 1991 e reconhece o pluripartidarismo. A divisão da oposição, em 1992, favorece Arap Moi, que vence as eleições. Em 1993, cerca de 500 mil refugiados chegam da Somália, da Etiópia e do Sudão fugindo da fome.
Atentados – Em dezembro de 1997, Arap Moi é eleito para o quinto mandato, em meio a confrontos entre a polícia e a oposição, que denuncia fraude. Seu partido, a União Africana Nacional do Quênia (Kanu), conquista a maioria dos assentos no Parlamento – 107 dos 210. Em 1998, as embaixadas dos Estados Unidos (EUA) em Nairóbi e em Dar-es-Salaam, na vizinha Tanzânia, são alvo de atentados com carros-bomba. A explosão na capital queniana mata 254 pessoas, incluindo 11 norte-americanos, e deixa 5 mil feridos. A autoria dos ataques é do grupo terrorista Al Qaeda, ligado a Osama bin Laden.
Nairóbi, Capital do Quênia |
Em 2001, o FMI suspende novamente a ajuda ao país, diante da falta de medidas para conter a corrupção. O Quênia sofre forte recessão, com a queda do turismo após os ataques de 11 de setembro nos EUA. Em 2002, o país é novamente abalado por um ataque terrorista, atribuído à Al Qaeda, contra um hotel em Mombasa, que mata dez quenianos e três turistas israelenses.
Kibaki no governo – As eleições presidenciais de 2002 são vencidas pela oposição: o ex-vice-presidente Mwai Kibaki, da Coalizão Nacional Arco-Íris (Narc), obtém 62,3% dos votos, contra 31,2% para o candidato da Kanu, Uhuru Kenyatta, filho do ex-presidente Kenyatta. A Narc elege 125 parlamentares, ante 64 da Kanu. Em 2003, o novo governo apresenta projetos de lei contra a corrupção, exigidos para a retomada de ajuda do FMI. Kibaki anuncia a suspensão de seis dos nove juízes do Tribunal de Recursos e de 17 dos 36 da Suprema Corte, acusados de corrupção. O ex-presidente Arap Moi, porém, recebe imunidade. No fim do ano, o FMI retoma a ajuda financeira ao país.
Prêmio Nobel – Em 2004, ocorre um importante debate político sobre a reforma da Constituição, que Kibaki prometeu na campanha eleitoral, mas, depois de sua vitória, virou bandeira da oposição. O projeto de reforma instala o parlamentarismo. Até o fim do ano, não havia sido submetido a voto. Em julho e agosto, a ONU faz um apelo internacional por ajuda à população rural do Quênia, que está passando fome por causa da seca. Em outubro de 2004, a ambientalista queniana Wangari Maathai ganha o Prêmio Nobel da Paz, por dirigir um movimento que plantou 30 milhões de árvores em três décadas. É a primeira mulher africana a receber o prêmio.
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