Independência dos Estados Unidos da América
A formação das colônias
As treze colônias inglesas, fundadas pelos ingleses no litoral Atlântico da América do Norte, estavam voltadas para o comércio externo, a navegação e o intercâmbio com a Europa. Eram, em sua maioria, colônias de povoamento, em que famílias britânicas se estabeleciam criando raízes.
Para muitos, a América significava libertar-se das perseguições políticas e religiosas que sofriam na metrópole. Além disso, as enormes áreas inexploradas, em princípio, “terra sem dono”, atraíam aqueles que nada possuíam. Era a possibilidade de se tornarem proprietários, cidadãos e obterem ascensão social.
Podem ser identificadas três áreas:
a) No Norte: Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Connecticut;
b) No Centro: Pennsilvânia, New York, New Jersey e Delaware;
c) No Sul: Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.
Para muitos, a América significava libertar-se das perseguições políticas e religiosas que sofriam na metrópole. Além disso, as enormes áreas inexploradas, em princípio, “terra sem dono”, atraíam aqueles que nada possuíam. Era a possibilidade de se tornarem proprietários, cidadãos e obterem ascensão social.
Podem ser identificadas três áreas:
a) No Norte: Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Connecticut;
b) No Centro: Pennsilvânia, New York, New Jersey e Delaware;
c) No Sul: Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia.
As características específicas das colônias se acentuaram com o passar dos tempos. Para simplificar podemos agrupá-las em Sul e Norte, este último englobando as do Centro.
Nas colônias do Norte, de colonização mais espontânea, desenvolveram-se a pequena e a média propriedades fundiárias, onde o trabalho era livre, exercido pelos próprios proprietários. Havia a chamada “servidão temporária” (indentured servants), imigrantes que tinham sua passagem paga por um proprietário rural, sujeitos a um contrato de trabalho, em geral com duração de sete anos. Cumprido o contrato, obtinham a liberdade e procuravam um lote de terra, para se tornarem proprietários.
Nas colônias do Norte, de colonização mais espontânea, desenvolveram-se a pequena e a média propriedades fundiárias, onde o trabalho era livre, exercido pelos próprios proprietários. Havia a chamada “servidão temporária” (indentured servants), imigrantes que tinham sua passagem paga por um proprietário rural, sujeitos a um contrato de trabalho, em geral com duração de sete anos. Cumprido o contrato, obtinham a liberdade e procuravam um lote de terra, para se tornarem proprietários.
Com um clima semelhante ao da metrópole, não tinham uma produção agrícola para exportar para a Inglaterra. Como não tinham o que exportar, não podiam importar, genericamente. Por outro lado, a produção de matérias-primas e a presença de artesãos propiciaram um relativo desenvolvimento artesanal e manufatureiro no Norte, atendendo às suas necessidades. Destacava-se também a sua construção naval, em conseqüência da abundância de madeira.
No Sul, a colonização foi uma iniciativa da metrópole, que fundou os primeiros núcleos coloniais. Por causa do clima subtropical, nele se organizou uma produção agrário-exportadora, que o colocou na dependência do comércio e do mercado metropolitanos, fornecendo produtos tropicais, como o algodão e o tabaco.
As importações supriam as necessidades locais e provinham em geral da Inglaterra. A economia exportadora condicionava a existência da grande unidade monocultora, cujos proprietários formavam a aristocracia rural, que se utilizava de muita mão-de- obra escrava negra e poucos trabalhadores livres. Era uma sociedade conservadora, aristocrática e escravocrata.
Merecem destaque os triângulos comerciais. Os produtos eram levados às Antilhas pelos colonos e trocados por açúcar e melaço. Levados para as colônias do Norte, eram transformados em rum, utilizado no escambo de escravos na África que, por sua vez, eram vendidos nas Antilhas. Assim, havia uma importante acumulação de capitais nas colônias do Norte.
No Sul, a colonização foi uma iniciativa da metrópole, que fundou os primeiros núcleos coloniais. Por causa do clima subtropical, nele se organizou uma produção agrário-exportadora, que o colocou na dependência do comércio e do mercado metropolitanos, fornecendo produtos tropicais, como o algodão e o tabaco.
As importações supriam as necessidades locais e provinham em geral da Inglaterra. A economia exportadora condicionava a existência da grande unidade monocultora, cujos proprietários formavam a aristocracia rural, que se utilizava de muita mão-de- obra escrava negra e poucos trabalhadores livres. Era uma sociedade conservadora, aristocrática e escravocrata.
Merecem destaque os triângulos comerciais. Os produtos eram levados às Antilhas pelos colonos e trocados por açúcar e melaço. Levados para as colônias do Norte, eram transformados em rum, utilizado no escambo de escravos na África que, por sua vez, eram vendidos nas Antilhas. Assim, havia uma importante acumulação de capitais nas colônias do Norte.
O processo de independência
Porém, após a “Guerra dos Sete Anos” (1756-1763), as relações “metrópole-colônias” se alteraram radicalmente, levando à ruptura. A situação se agravou ainda mais por causa da influência de idéias iluministas sobre a elite colonial. O político Thomas Paine notabilizou-se pela difusão dessas idéias por meio de panfletos.
Endividado pelas despesas da guerra, o governo inglês decidiu fazer das colônias a solução de seus problemas financeiros. O Parlamento lançou mão de novos impostos, como a Lei do Selo e do Açúcar. O açúcar importado de regiões não-pertencentes à Inglaterra pagaria taxas. A Lei do Selo determinava que todos os documentos e publicações tinham que ser selados, o que implicava na elevação dos custos. Em 1765, os colonos en- viaram uma petição ao parlamento, solicitando a revogação das leis, pois as consideravam ilegais. O argumento era consistente: eles não tinham representantes no Parlamento, não participando, portanto, da votação dessas leis. Sob o lema “No taxation without representation”, os colonos se rebelaram, negando-se a pagar os novos impostos.
O governo metropolitano, estrategicamente, recuou, suspendendo a Lei do Selo e diminuindo o imposto sobre o açúcar. Mas, como compensação, determinou que os produtos importados teriam uma tarifa mais elevada. Os colonos decidiram então boicotar os produtos importados da Inglaterra, provocando uma semi-paralisação das operações comerciais, prejudicando os mercadores ingleses.
Em 1773, o monopólio do comércio do chá foi entregue à Companhia das Índias Orientais. A reação dos colonos foi imediata. A carga que estava em navios da companhia foi atirada ao mar, no episódio conhecido como “Festa do Chá em Boston”.
A Inglaterra não podia recuar sob pena de desmoralização total. Assim, foram aplica- das novas determinações (Leis Intoleráveis). O porto de Boston foi interditado e o governador de Massachussetts obtinha poderes excepcionais para enfrentar a crise. Pela Lei do Aquartelamento, os colonos arcariam com as despesas feitas com a manutenção das tropas inglesas.
No ano seguinte (1775), representantes dos colonos se reuniram na Filadélfia e liderados por Samuel Adams e Thomas Jefferson repeliram as Leis Intoleráveis. A decisão não tinha caráter separatista, ainda. Os colonos queriam igualdade de direitos, pois se consideravam súditos britânicos residentes fora da Inglaterra. Contudo, o rei Jorge III era duramente atacado, ainda que as decisões, na verdade, fossem do Parlamento.
Porém, a não renovação das Leis Intoleráveis fez com os representantes optassem pela separação. Thomas Jefferson redigiu a Declaração da Independência, promulgada em 4 de julho de 1776. Ela proclamava o desejo de liberdade, busca da felicidade, igualdade e o direito de rebelião contra o autoritarismo. Foram feitas violentas críticas ao rei Jorge III, o símbolo do despotismo.
Iniciava-se a “Guerra da Independência”. George Washington foi nomeado comandante das tropas americanas que, despreparadas, sem adestramento, com pouca quantidade de armas e munições, sofreram inicialmente muitas derrotas. Mas a vitória americana na batalha de Saratoga (1777) estimulou países europeus como a França, rivais dos ingleses, a ajudarem os americanos. Era a oportunidade de vingar a derrota na “Guerra dos Sete Anos”.
Em 1781, ocorreu a batalha de Yorktown, na qual os ingleses capitularam. A Inglaterra decidiu reconhecer a independência dos Estados Unidos. A paz foi firmada, em 1783, pelo Tratado de Versalhes.
A Constituição dos Estados Unidos da América foi promulgada em 1787. As colônias se constituíram em Estados unificados, formando uma república federativa, com a divisão de poderes (executivo, legislativo e judiciário). Os direitos civis eram assegurados, mas, contraditoriamente, a escravidão foi mantida.
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Endividado pelas despesas da guerra, o governo inglês decidiu fazer das colônias a solução de seus problemas financeiros. O Parlamento lançou mão de novos impostos, como a Lei do Selo e do Açúcar. O açúcar importado de regiões não-pertencentes à Inglaterra pagaria taxas. A Lei do Selo determinava que todos os documentos e publicações tinham que ser selados, o que implicava na elevação dos custos. Em 1765, os colonos en- viaram uma petição ao parlamento, solicitando a revogação das leis, pois as consideravam ilegais. O argumento era consistente: eles não tinham representantes no Parlamento, não participando, portanto, da votação dessas leis. Sob o lema “No taxation without representation”, os colonos se rebelaram, negando-se a pagar os novos impostos.
O governo metropolitano, estrategicamente, recuou, suspendendo a Lei do Selo e diminuindo o imposto sobre o açúcar. Mas, como compensação, determinou que os produtos importados teriam uma tarifa mais elevada. Os colonos decidiram então boicotar os produtos importados da Inglaterra, provocando uma semi-paralisação das operações comerciais, prejudicando os mercadores ingleses.
Em 1773, o monopólio do comércio do chá foi entregue à Companhia das Índias Orientais. A reação dos colonos foi imediata. A carga que estava em navios da companhia foi atirada ao mar, no episódio conhecido como “Festa do Chá em Boston”.
A Inglaterra não podia recuar sob pena de desmoralização total. Assim, foram aplica- das novas determinações (Leis Intoleráveis). O porto de Boston foi interditado e o governador de Massachussetts obtinha poderes excepcionais para enfrentar a crise. Pela Lei do Aquartelamento, os colonos arcariam com as despesas feitas com a manutenção das tropas inglesas.
No ano seguinte (1775), representantes dos colonos se reuniram na Filadélfia e liderados por Samuel Adams e Thomas Jefferson repeliram as Leis Intoleráveis. A decisão não tinha caráter separatista, ainda. Os colonos queriam igualdade de direitos, pois se consideravam súditos britânicos residentes fora da Inglaterra. Contudo, o rei Jorge III era duramente atacado, ainda que as decisões, na verdade, fossem do Parlamento.
Porém, a não renovação das Leis Intoleráveis fez com os representantes optassem pela separação. Thomas Jefferson redigiu a Declaração da Independência, promulgada em 4 de julho de 1776. Ela proclamava o desejo de liberdade, busca da felicidade, igualdade e o direito de rebelião contra o autoritarismo. Foram feitas violentas críticas ao rei Jorge III, o símbolo do despotismo.
Iniciava-se a “Guerra da Independência”. George Washington foi nomeado comandante das tropas americanas que, despreparadas, sem adestramento, com pouca quantidade de armas e munições, sofreram inicialmente muitas derrotas. Mas a vitória americana na batalha de Saratoga (1777) estimulou países europeus como a França, rivais dos ingleses, a ajudarem os americanos. Era a oportunidade de vingar a derrota na “Guerra dos Sete Anos”.
Em 1781, ocorreu a batalha de Yorktown, na qual os ingleses capitularam. A Inglaterra decidiu reconhecer a independência dos Estados Unidos. A paz foi firmada, em 1783, pelo Tratado de Versalhes.
A Constituição dos Estados Unidos da América foi promulgada em 1787. As colônias se constituíram em Estados unificados, formando uma república federativa, com a divisão de poderes (executivo, legislativo e judiciário). Os direitos civis eram assegurados, mas, contraditoriamente, a escravidão foi mantida.
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