Honduras | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos de Honduras

Honduras | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos de Honduras

HONDURAS, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DE HONDURAS
Geografia: Área: 112.088 km². Hora local: -3h. Clima: tropical. Capital: Tegucigalpa. Cidades: Tegucigalpa (1.120.200), San Pedro Sula (500.600), El Progreso (125.000), La Ceiba (118.200), Choluteca (110.600) (2017). Moeda:Lempira.

População: 7,2 milhões (2017); nacionalidade: hondurenha; composição: Eurameríndios 90%, ameríndios 7%, afro-americanos 2%, europeus ibéricos 1%. Idioma: espanhol (oficial). Religião: cristianismo 97% (católicos 86,2%, outros 14,3% - dupla filiação 3,5%) outras 1,9%, sem religião e ateísmo 1,1%.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, Grupo do Rio, OEA, OMC, ONU. Embaixada: Tel. (61) 326-5557, fax (61) 326-9192 – Brasília (DF).

Governo: República presidencialista. Div. administrativa: 18 departamentos. Partidos: Nacional (PN), Liberal (PL). Legislativo: unicameral – Assembleia Nacional, com 128 membros. Constituição: 1982.

De território montanhoso, Honduras é o segundo maior país da América Central. Ao sul, uma pequena planície costeira é banhada pelo oceano Pacífico. Ao norte, há um litoral longo e plano no mar do Caribe. É uma das nações mais pobres do continente americano, situação agravada nos últimos anos pela redução da ajuda dos Estados Unidos (EUA), seu aliado histórico e principal parceiro comercial, e pelos furacões que assolam a costa caribenha. O Mitch, que passa pelo país em 1998, deixa milhares de mortos e arrasa a infraestrutura produtiva. A agricultura, que emprega mais de um terço da força de trabalho, é seriamente atingida. Apesar disso, o café e a banana continuam a ser importantes itens de exportação. A população é composta de mestiços de espanhóis e indígenas. O turismo é um setor em desenvolvimento, baseado em atrativos como as ruínas maias de Copán, consideradas patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e as ilhas de la Bahía, no Caribe, habitadas majoritariamente por descendentes de africanos.

Bandeira de HondurasHistória de Honduras

Copán era o centro dos cerimoniais da civilização maia, que floresce na América Central no primeiro milênio da Era Cristã. Cristóvão Colombo chega à região em 1502. Os conquistadores espanhóis lutam entre si pela posse da terra e travam uma violenta batalha contra guerreiros maias chefiados por Lempira, morto em 1539. No século XVII, os espanhóis enfrentam piratas britânicos, atraídos pela descoberta de minas de prata na região. Honduras liberta-se da Espanha em 1821, anexando-se ao México. Em 1823 integra a Federação Centro-Americana e, em 1838, torna-se independente. A instabilidade marca o país no século XX. Para proteger os investimentos norte-americanos na produção de banana, William Taft, presidente dos EUA, envia tropas a Honduras em 1912. O general Tiburcio Carías Andino, eleito presidente em 1932, governa como ditador até 1949. Seguem-se governos frágeis, interrompidos por golpes militares, até o levante do general Osvaldo López Arellano, em 1963, que promove reformas sociais e é deposto em 1975. Só em 1981 é eleito um presidente civil, Roberto Suazo Córdova.

Conflito regional - Nos anos 1980, Honduras dá apoio ostensivo aos "contras" (rebeldes anti-sandinistas), que instalam suas bases no país, de onde – com a ajuda militar dos EUA – atacam a Nicarágua. Essa situação provoca tensões entre os dois países. O presidente Carlos Reina, do Partido Liberal (PL), empossado em 1994, enfrenta os militares ao impor, entre outras medidas, a redução do orçamento das Forças Armadas. No ano seguinte, dez oficiais dos serviços de segurança são indiciados sob a acusação de seqüestro e tortura, em 1982, de seis estudantes. Após a justiça negar aos acusados o direito de recorrer à Lei da Anistia de 1991, uma série de atentados ocorre na capital, Tegucigalpa. Em 1997, o Congresso institui a Polícia Nacional, retirando do Exército o poder policial. No mesmo ano, o PL elege seu candidato, Carlos Flores, para a Presidência. Em julho de 1999, o descontentamento dos militares culmina com uma frustrada tentativa de golpe.

Tegucigalpa, Capital de Honduras
Tegucigalpa, Capital de Honduras
Furacão Mitch - Em 1998, o furacão Mitch deixa mais de 6 mil mortos e destrói a infra-estrutura de quase 70% do setor produtivo. A dívida externa é reduzida, de acordo com o programa do Fundo Monetário Internacional (FMI) para nações pobres altamente endividadas. Em 2000, soldados de Honduras e Nicarágua trocam tiros na fronteira em três ocasiões. Os nicaragüenses, como os salvadorenhos, mantêm com os hondurenhos uma disputa pelo controle do golfo de Fonseca, na costa do Pacífico.

Uma seca prolongada abala parte do país e leva Carlos Flores a decretar, em julho de 2001, "estado de emergência alimentar" em oito dos 18 departamentos. A medida permite realocar recursos para fornecer alimentos às populações.Ricardo Maduro, do Partido Nacional (PN), vence Rafael Pineda (PL) nas eleições presidenciais de novembro de 2001 e toma posse em janeiro de 2002. O PN conquista 61 das 128 cadeiras da Assembleia Nacional, e o PL fica com 55 cadeiras.

Criminalidade e protestos - O governo cria, em março de 2003, comissão para investigar a morte de aproximadamente 1,6 mil crianças de rua desde 1998. A Anistia Internacional havia iniciado, no mês anterior, campanha pelo fim desses crimes, atribuídos a grupos que têm cobertura de policiais. Em abril, 69 presos morrem durante rebelião na penitenciária El Porvenir, em La Ceiba. Os detentos protestavam contra a superlotação e más condições das celas. Em maio, o Parlamento aprova o envio de tropas hondurenhas para combater no Iraque, na coalizão liderada pelos EUA. Uma manifestação de 10 mil pessoas, em agosto, pede a renúncia de Maduro, em virtude de suas propostas de reforma do serviço público. Os manifestantes alegam que as medidas, orientadas pelo FMI, prejudicam a população. Em abril de 2004, Maduro decide chamar de volta os 370 soldados hondurenhos que participavam da guerra no Iraque. No mês seguinte, mais de 100 prisioneiros morrem em incêndio numa penitenciária próxima à cidade de San Pedro Sula.

Golpe Militar de 2009 – Zelaya foi retirado de sua residência em Tegucigalpa ainda de pijamas, foi levado detido para uma base aérea nas imediações da cidade e depois para o aeroporto de Tegucigalpa, onde foi colocado em um avião com destino à Costa Rica. A deportação de Zelaya não estava autorizada na ordem emitida pela autoridade judicial e contraria o Artigo 102 da Constituição de Honduras, que determina que "nenhum hondurenho pode ser expatriado ou entregue pelas autoridades a uma nação estrangeira". O jornal Folha de S. Paulo declarou em artigo: Em peso, a comunidade internacional considera a deposição de Zelaya um golpe de Estado. O golpe de Estado em Honduras foi imediatamente denunciado por vários países, e por várias organizações internacionais. Nos Estados Unidos o presidente Obama declarou: "Consideramos que o golpe ("coup") não foi legal, e que o presidente Zelaya permanece o presidente de Honduras"…"Seria um terrível precedente se começássemos a caminhar para trás, para uma era em que se viu golpes militares serem usados como meio de efetuar transições políticas, ao invés de eleições". O golpe de Estado foi ainda denunciado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e pela Organização dos Estados Americanos que declarou o golpe " uma alteração inconstitucional da ordem democrática".

Fonte: http://www-geografia.blogspot.com.br/
www.klimanaturali.org
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