Jamaica | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Jamaica

Jamaica | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Jamaica


A Jamaica é uma nação insular localizada no mar do Caribe, com extensão de  234 quilômetros de leste a oeste e 80 quilômetros de norte a sul. Situa-se a cerca 145 quilômetros ao sul de Cuba e a 190 quilômetros a oeste da ilha de Hispaniola (onde se localizam o Haiti e a República Dominicana. É o terceiro país anglófono mais populoso das Américas, superada apenas pelos Estados Unidos e Canadá. Sua capital e maior cidade é Kingston. A Jamaica é parte do arquipélago das Grandes Antilhas, no Mar do Caribe. Suas terras são os picos emersos de uma cadeia de montanhas submarina. O clima tropical alcança índices pluviométricos de até 5.000 mm. A hidrografia é rica em cursos d'água e cachoeiras. São rios importantes: o rio Grande, o Wag Water, o Black River, ao norte dos Montes Santa Cruz e rio Cabarita. Seu ponto culminante é o Monte Diablo, com 756 m. O relevo é composto principalmente de montanhas baixas e planaltos. A flora é exuberante com suas florestas tropicais e paisagens do litoral, com praias emolduradas pela vegetação de palmeiras e ervas rasteiras. Além da capital, Kingston, são cidades importantes: Port Antonio, Montego Bay e as litorâneas White Horses e Port Morant. 

Geografia: Área: 10.991 km². Hora local: -2h. Clima: tropical. Capital: Kingston. Cidades: Kingston (110.000), Spanish Town (95.000), Portmore (92.000), Montego Bay (85.000), May Pen (48.000).

População: 3 milhões; nacionalidade: jamaicana; composição: afro-americanos 75%, eurafricanos 13%, indianos 1%, outros 11%. Idiomas: inglês (oficial), inglês dialetal. Religião: cristianismo 84% (sem filiação 40,6%, protestantes 24,9%, outros 18,6%), espiritismo 10,1%, sem religião 3,9%, outras 1,9%. Moeda: dólar jamaicano

Jamaica, Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Jamaica

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, Caricom, Comunidade Britânica, FMI, OEA, OMC, ONU. Embaixada: 1520, New Hampshire Avenue NW, Washington D.C. 20036, EUA; e-mail: info@emjamusa.org, site na internet: www.emjamusa.org.

Governo: Monarquia parlamentarista. Div. administrativa: 13 paróquias. Chefe de Estado: rainha Elizabeth II, do Reino Unido. Partidos: Nacional do Povo (PNP), Trabalhista da Jamaica (JLP). Legislativo: bicameral – Senado, com 21 membros; Casa dos Representantes, com 60 membros. Constituição: 1962.

Terceira maior ilha do Caribe, na América Central, a Jamaica tem quase 90% da população descendente de escravos trazidos da África no período colonial. A origem africana marca a cultura do país, na qual se destacam o reggae, gênero musical resultante da fusão de ritmos afro-jamaicanos com o blues e o soul, e o movimento religioso rastafári, que prega a superação da opressão contra os negros e considera a África sua pátria. Grande parte do território jamaicano é montanhosa, com vales profundos e despenhadeiros escarpados. Há na ilha vários mananciais e fontes termais, razão pela qual foi chamada Xaimaca – terra das águas – pelos índios arauaques, seus habitantes nativos. A Jamaica exporta bauxita e tem no turismo sua principal fonte de receitas externas. Milhares de visitantes são atraídos anualmente pelas belas paisagens. O alto índice de desemprego e o tráfico de drogas contribuem para o aumento da violência no país.

História da Jamaica

Cristóvão Colombo chega à ilha em 1494. Os índios arauaques, nativos do lugar, são dizimados pelos colonizadores espanhóis, que trazem escravos africanos para iniciar o cultivo de cana-de-açúcar. A Jamaica serve de base estratégica para o combate dos soldados e dos piratas britânicos contra o império espanhol na América. Os britânicos assumem oficialmente o controle da ilha em 1670. No decorrer dos séculos XVIII e XIX, ela é palco de insurreições antiescravistas e anticoloniais, promovidas por escravos. A economia depende da monocultura açucareira, e a ilha empobrece com a abolição da escravatura (1833) e com o fim dos privilégios aduaneiros ao país (1846).
Movimento pela independência - A partir de 1930 surgem os sindicatos, em torno dos quais se organiza o movimento pela independência, sob a liderança de Norman Manley, fundador do Partido Nacional do Povo (PNP), e de Alexander Bustamante, do Partido Trabalhista da Jamaica (JLP). Em 1953, Bustamante se torna primeiro-ministro, e, no mesmo ano, a Constituição estabelece a autonomia interna do país. Manley o substitui em 1957, no primeiro governo eleito pelo povo. Em 1962, ano em que Bustamante retorna ao poder, a Jamaica se torna independente, associando-se à Comunidade Britânica.

Austeridade econômica - O JLP perde as eleições de 1972 para Michael Manley (filho de Norman, do PNP), reeleito em 1976. Seu governo dá ênfase às reformas sociais e às nacionalizações e se aproxima do bloco soviético. Segue-se o governo de Edward Seaga, do JLP, que adota política liberal, aproximando-se dos Estados Unidos (EUA). A Jamaica participa, em 1983, da invasão norte-americana de Granada e rompe relações com Cuba. Em 1984, diante de uma grave crise econômica, o país firma novos acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que impõem restrições aos gastos públicos. Em setembro de 1988, o furacão Gilbert arrasa a agricultura jamaicana e destrói mais de 100 mil casas. É a maior catástrofe natural da história do país.

 Kingston, Capital da Jamaica
 Kingston, Capital da Jamaica
Violência - O oposicionista PNP vence as eleições de 1989. Michael Manley volta ao poder e, ao pôr em prática as orientações do FMI, entra em conflito com os sindicatos. Doente, renuncia em 1992. Seu substituto, Percival Patterson, continua no governo com a vitória do PNP nas eleições de 1993. A inflação e o déficit comercial provocam sucessão de greves em 1995, e a crise econômica se agrava. Apesar disso, nas eleições de 1997 o PNP vence pela terceira vez consecutiva. O país enfrenta crescentes índices de violência política e de criminalidade. A onda de crimes é atribuída às brigas entre gangues de traficantes de drogas. Em 1999, oito pessoas morrem em manifestações contra o aumento do preço dos derivados de petróleo. O governo concorda em reduzir o acréscimo. As relações entre EUA e Jamaica – em tensão nos últimos anos por causa da exigência norte-americana de erradicação do cultivo da maconha – têm sensível melhora a partir de 1999, com a criação do grupo binacional de cooperação no combate à droga. No ano seguinte, o governo jamaicano lança pacote de medidas para acelerar as privatizações.

Em março de 2001, a polícia militarizada – Jamaican Constabulary Force – é criticada por causa de um tiroteio na capital, Kingston, que deixa sete mortos. O caso chama a atenção de entidades humanitárias, como a Anistia Internacional, para o grande número de civis mortos por policiais no país. Em julho, confronto entre gangues e a polícia evolui para três dias de rebelião, com saldo oficial de 28 mortos, no mais grave conflito público desde a independência. Nas eleições de 2002, o PNP de Patterson se mantém no governo, ao conquistar 34 cadeiras na Casa dos Representantes. O JLP fica com 26.
Economia vulnerável - Em setembro de 2003, Patterson anuncia a intenção de convocar referendo, em 2005, para decidir sobre a transformação do país em República. A morte acidental de dois idosos, em outubro, durante troca de tiros entre a polícia e gangues, provoca manifestações de protesto contra a brutalidade policial. Relatório do FMI de agosto de 2004 avalia que a economia do país se estabilizou, depois de um período de dificuldades, mas ainda é vulnerável às pressões externas. O documento sugere que o governo faça novas reformas fiscais. Em setembro, a passagem do furacão Ivan causa pelo menos 15 mortes.

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