Moçambique | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos de Moçambique

Moçambique | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos de Moçambique


Geografia – Área: 799.380 km². Hora local: +5h. Clima: tropical. Capital: Maputo. Cidades: Maputo (1.380.000) (aglomeração urbana), Matola Rio (460.000), Beira (425.000), Nampula (340.000).

População – 23 milhões; nacionalidade: moçambicana; composição: macuas 46,1%, tsongas, malavis e chonas 53%, outros 0,9% (1996). Idiomas: português (oficial), línguas regionais (principais: ronga, changã, muchope). Religião: crenças tradicionais 50,4%, cristianismo 38,4% (católicos 15,8%, protestantes 8,9%, outros 13,8%), islamismo 10,5%, outras 0,7%, ateísmo 0,1%. Moeda: metical.

Relações Exteriores – Organizações: Banco Mundial, Comunidade Britânica, FMI, OMC, ONU, SADC, UA. Embaixada: Tel. (61) 248-4222, fax (61) 248-3917 – Brasília (DF); e-mail: embamoc-bsb@uol.com.br.

Governo – República com forma mista de governo. Div. administrativa: 11 províncias subdivididas em municipalidades. Partidos: Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Resistência Nacional Moçambicana (Renamo). Legislativo: unicameral – Assembleia da República, com 250 membros. Constituição: 1990.

Ex-colônia portuguesa, Moçambique situa-se no sudeste da África. Embora o português seja o idioma oficial, a língua é falada por apenas 40% da população – majoritariamente negra e formada por vários grupos étnicos. Os quase 20 anos de guerra civil, encerrada em 1992, deixam 1 milhão de mortos e graves consequências sociais. A taxa de analfabetismo fica acima de 50%. Com uma das menores rendas per capita no mundo, o país depende de ajuda externa e tenta reconstruir a economia, que tem bom potencial na pesca, na extração de gás, na mineração e exploração de madeira.

MOÇAMBIQUE, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DE MOÇAMBIQUE

História de Moçambique

Bandeira de MoçambiqueA região do atual Moçambique é habitada desde pelo menos o período paleolítico, e o contato com outras civilizações remonta à presença árabe, desde o século XI da Era Cristã. Vasco da Gama, navegador português, chega a essa porção da costa africana em 1498. O Império Português toma posse da região no século XVI, e seu domínio se estende por quase 500 anos. Em 1951, Moçambique torna-se uma Província Portuguesa do Ultramar. O movimento nacionalista surge na década de 1950 e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) é criada em 1962, sob a liderança de Eduardo Mondlane. A Frelimo inicia guerrilha contra os portugueses em 1964. Assassinado em 1969, Mondlane é sucedido por Samora Machel. Moçambique obtém independência em  1975, sob o governo marxista da Frelimo, chefiado por Machel.

Guerra civil – Entra em cena na década de 1970 a guerrilha da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), grupo anticomunista apoiado pelo governo da África do Sul. Nos anos 1980, a seca e a guerra civil provocam fome em larga escala. Machel morre em 1986 e é sucedido por Joaquim Alberto Chissano, que reintroduz a propriedade privada da terra.

Pacificação – Em 1990, a Frelimo abandona a referência ao socialismo, institui a economia de mercado, legaliza os partidos e abre negociação com a Renamo. As duas partes assinam acordo de paz em 1992. A miséria é generalizada e há minas terrestres espalhadas pelo país. Em 1994 são realizadas eleições presidenciais e legislativas. Chissano é eleito presidente com pouco mais de 50% dos votos. Nas eleições de 1999, é reeleito.

Em 2002, Chissano anuncia que não concorrerá a um novo mandato presidencial. Em novembro, seu filho Nhyimpine Chissano é apontado como mandante do assassinato do jornalista Carlos Cardoso, ocorrido dois anos antes, por acusados pelo crime. Em 2003, os réus são condenados a até 28 anos de prisão, mas o envolvimento de Nhyimpine não é provado.

Maputo, Capital de Moçambique
Maputo, Capital de Moçambique
Novo presidente – Em fevereiro de 2004, Chissano afasta o primeiro-ministro, Pascoal Macombi, no cargo havia dez anos, e o substitui pela ministra da Fazenda, Luisa Diogo. Em dezembro, o candidato da Frelimo, Armando Guebuza, vence as eleições presidenciais com 63% dos votos, derrotando Afonso Dhlakhama, da Renamo, com 31%, que denuncia uma "fraude maciça". Nas legislativas, a Frelimo fica com 160 cadeiras, contra 90 da Renamo.

Minas dificultam reconstrução

A guerra civil em Moçambique deixa como terrível herança cerca de 2 milhões de minas terrestres espalhadas no território. Em 1992 apurou-se que 123 das 128 municipalidades então existentes estavam minadas. De difícil detecção – pois podem ser de metal, plástico ou madeira –, os artefatos tornam perigoso o ato de andar em lavouras, imediações de fontes de água, praias e rodovias e obstruem a reconstrução econômica. O custo da limpeza é alto: uma mina pode ser comprada por 3 dólares, mas sua retirada exige no mínimo 300 dólares (equipamento e pessoal treinado). Hoje, Moçambique recebe ajuda para fazer a limpeza e assina tratado internacional antiminas. A África é o continente mais afetado pelo problema. Estima-se que haja 30 milhões de minas espalhadas por 26 países africanos. Os mais atingidos são Angola, Moçambique, Somália, Chade e Sudão.

Xironga (Shironga), Língua da Província de Maputo em Moçambique Xironga (Shironga), Língua da Província de Maputo em Moçambique

Xironga, também referido como Ronga, Shironga ou Gironga, é uma das línguas da província de Maputo, em Moçambique. Faz parte do ramo Tswa-Ronga das línguas banto. Tem cerca de 650 mil falantes em Moçambique e 90 mil na África do Sul. Na atualidade a língua, que já foi a mais falada na capital do país, está ameaçada pela preponderância do português. As autoridades locais têm vindo a tomar medidas para evitar a decadência deste idioma, tornando-a língua de ensino e de trabalho.

Zambézia, Província de MoçambiqueZambézia, Província de Moçambique

A província da Zambézia, no centro (embora muitas vezes seja considerada como localizada no norte) de Moçambique, tem uma área de 103127 km2 e uma população de 3.050.800 habitantes (2016) de acordo com o Instituto Nacional de Estatística. A sua capital é a cidade de Quelimane, a cerca de 1600 km a norte da cidade de Maputo.

Está dividida nos distritos de:
Alto Molocue
Chinde
Gilé
Gurúè
Ile
Inhassunge
Lugela
Maganja da Costa
Milange
Mocuba
Mopeia
Morrumbala
Namacurra
Namarroi
Nocoadala e
Pebane

E nos municípios de:
Gurúè
Milange
Mocuba e
Quelimane

http://www.klimanaturali.org
http://www.geografiatotal.com.br 
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