Guerra dos Emboabas no Brasil Colonial

Guerra dos Emboabas no Brasil Colonial

Guerra dos Emboabas no Brasil ColonialA Guerra dos Emboabas foi um conflito entre mineradores paulistas, de um lado, e mineradores e comerciantes portugueses e brasileiros de outras regiões, de outro, pelo acesso às minas de ouro descobertas em Minas Gerais.

Em 1708, mineradores paulistas e sertanejos opõem-se à presença de forasteiros portugueses e outros brasileiros, chamados de emboabas (do tupi buabas, aves com penas até os pés, em referência às botas que usavam), na zona mineradora de Minas Gerais. Como descobridores das minas, os paulistas alegam ter direito preferencial sobre a extração. Para garantir o acesso ao ouro, os emboabas atacam Sabará sob o comando de Manuel Nunes Viana. Cerca de 300 paulistas contra-atacam, mas acabam se rendendo. O chefe emboaba Bento do Amaral Coutinho desrespeita o acordo de rendição e, em 1709, mata dezenas de paulistas no local que fica conhecido como Capão da Traição. Para consolidar seu controle sobre a região, Portugal cria a capitania de São Paulo e das Minas do Ouro. Mais tarde, os paulistas passam a explorar os territórios do Goiás e Mato Grosso, onde, na década de 1720, descobrem novas minas de ouro.

Guerra dos Emboabas no Brasil Colonial
Os paulistas abriram os sertões para descobrir ouro e os portugueses injustiçados com a ambição dos paulistas, provocou conflitos e isso gerou a Guerra dos Emboabas. Os portugueses eram conhecidos como emboabas. A guerra começa com o cerco de Sabará pelos emboabas, incendiando aldeias e matando pessoas. Os paulistas procuram desforra. Ocorreu uma sangrenta matança de diversos paulistas, no chamado Capão da Traição, não importa quem o consiga, ou paulistas ou emboabas. O final da Guerra dos Emboabas foi desfavorável aos paulistas. Quando voltam derrotados são chamados de covardes e retornam à luta para vencerem. A guerra durou dois anos (1708 a 1710) e o que os paulistas queriam era apenas o ouro.

Após a descoberta de ouro na região das Minas Gerais, ocorreu uma verdadeira corrida em busca do enriquecimento no Brasil. Portugueses e indivíduos de todas as partes da colônia, movidos pela febre do ouro, se deslocaram em direção às regiões auríferas do interior do território brasileiro.

No entanto, tais regiões haviam sido descobertas pelos bandeirantes paulistas, os quais reivindicavam a exclusividade de exploração das riquezas, além de outros benefícios. Assim, o conflito se deu justamente entre os grupos de desbravadores paulistas e os estrangeiros (portugueses e migrantes de outras partes do Brasil), chamados de emboabas, pelo controle das regiões produtoras de ouro.

Guerra dos Emboabas  Sob o comando do português Manuel Nunes Viana, os emboabas organizaram diversas expedições com o fim de diminuir a força paulista na região e afirmar sua autoridade local. No fim de 1708, os emboabas já controlavam duas das três áreas de mineração mais importantes.

Um dos capítulos mais importantes dessa história foi o sangrento massacre de Capão da Traição, no qual morreram cerca de 300 paulistas em uma emboscada dos emboabas. Tal fato despertou a fúria dos paulistas, os quais montaram um exército em busca de vingança. A disputa entre estes grupos durou até 1709, quando a Coroa Portuguesa assumiu o controle administrativo das regiões disputadas e determinou a separação dos territórios de Minas Gerais e São Paulo. Uma das principais consequências da Guerra dos Emboabas foi a descoberta de novas jazidas e territórios para o oeste: Goiás e Mato Grosso.

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