Unificação da Alemanha (1871)

Unificação da Alemanha (1871)

Unificação Da Alemanha (1871)A Unificação da Alemanha foi um processo de integração política dos Estados germânicos comandado pelo primeiro-ministro da Prússia, Otto von Bismarck (1815-1898), que dá início ao II Reich alemão. Consolida-se em 1871, após as guerras vitoriosas contra a Dinamarca (1864), a Áustria (1866) e a França (1870).

No século XVIII, a Prússia torna-se o mais poderoso principado germânico. Patrocina a Confederação Germânica, criada pelo Congresso de Viena (1815). O bloco de 39 Estados é fortalecido em 1834 pela extinção de tarifas alfandegárias (Zollverein). Um poderoso complexo industrial alemão surge entre 1860 e 1870, com base na produção de carvão mineral e ferro bruto, permitindo o crescimento de siderúrgicas, metalúrgicas e indústrias mecânicas. O transporte naval e ferroviário intensifica o comércio externo. O progresso material alimenta os ideais de unificação alemã. Mas a Áustria sente-se ameaçada.

Em 1862, o rei prussiano Guilherme I coloca Bismarck, antiliberal e pró-monarquista, no cargo de chanceler. A Prússia alia-se à Áustria na vitoriosa guerra contra a Dinamarca pela anexação dos Ducados de Schleswig e de Holstein. Mas Bismarck retarda a divisão dos territórios conquistados e propõe a reforma da Confederação Germânica, com a exclusão da Áustria. O confronto é inevitável: na Batalha de Sadowa, os austríacos são derrotados. Em 1866, a Áustria aceita a anexação dos ducados (mais Hannover, Hessen, Frankfurt-am-Main e Nassau) e a reforma política. Em 1867 é criada a Confederação Germânica do Norte, composta pela Prússia e pelos Estados setentrionais alemães. A França, que se mantivera neutra durante o conflito, encara a vitória prussiana como uma ameaça a sua hegemonia na Europa. Napoleão III exige então que os Estados germânicos do sul, católicos e de grande influência francesa, permaneçam isolados do norte. Bismarck serve-se disso para indispor os alemães contra os franceses.

II Reich – Em 1870, a sucessão do trono da Espanha acirra a animosidade entre a Prússia e a França, que deseja impedir a candidatura de um príncipe germânico. Bismarck altera o texto de um telegrama do rei Guilherme I para Napoleão, tornando-o insultuoso aos franceses. A imprensa o publica. A França declara guerra. A Confederação Germânica, mais bem preparada militarmente, vence a Guerra Franco-Prussiana. Em 1871, os franceses cedem os territórios da Alsácia e parte da Lorena à Alemanha. No começo da guerra, que despertou uma onda de nacionalismo germânico, os Estados do sul (Baden, Württemberg e Baviera) alinham-se com a Prússia e abrem caminho para os tratados de união. Em 1871, é proclamado o II Reich alemão (o primeiro fora o Sacro Império Romano-Germânico, instalado por Otto I, em 962), que tem como kaiser (imperador) Guilherme I, ratificado no primeiro Tratado de Versalhes, em 18 de janeiro.

O chanceler Bismarck alimenta uma política externa expansionista. Internamente, reprime o movimento socialista alemão, enquanto procura conquistar os trabalhadores com medidas sociais. Na década de 1880, o país conhece uma fase de expansão econômica e colonial. Mas sua hegemonia na Europa gera tensões que irão culminar na I Guerra Mundial.

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