Dinamarca | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Dinamarca

Dinamarca | Aspectos Geográficos e Socioeconômicos da Dinamarca

Geografia: Área: 43.093 km². Hora local: +4h. Clima: temperado oceânico. Capital: Copenhague. Cidades: Copenhague (1.100.800), Århus (222.559), Odense (150.000), Ålborg (121.000), Esbjerg (74.600) (2016).

População: 5,5 milhões (2016); nacionalidade: dinamarquesa; composição: dinamarqueses 57%, europeus 40% (outros nórdicos e alemães), outros 3%. Idioma: dinamarquês (oficial). Religião: cristianismo 91,6% (protestantes 87,7%, outros 3,9%), sem religião 5,4%, outras 1,6%, ateísmo 1,5%.

Relações Exteriores: Organizações: Banco Mundial, FMI, OCDE, OMC, ONU, Otan, UE. Embaixada: Tel. (61) 443-8188, fax (61) 443-5232 – Brasília (DF); e-mail: dkembassy@denmark.org.br, site na internet: www.denmark.org.br.

Governo: Monarquia parlamentarista. Div. administrativa: 14 condados, 1 cidade e 1 distrito. Chefe de Estado: rainha Margrethe II (desde 1972). Partidos: Liberal (V), Social-Democrata (SD), do Povo Dinamarquês (DF), Popular Conservador (KF). Legislativo: unicameral – Parlamento, com 179 membros. Constituição: 1953. Territórios administrados: Groenlândia e ilhas Faroe.

Terra de origem dos antigos vikings, a Dinamarca situa-se no norte da Europa e é o menor dos países escandinavos. Modernas fazendas de criação de gado se espalham por suas planícies férteis e garantem aos dinamarqueses uma posição de destaque no mercado internacional de laticínios, carne bovina e suína. A Dinamarca compreende a península da Jutlândia e 406 ilhas nos mares Báltico e do Norte, além dos territórios das ilhas Faroe e da Groenlândia. A maior de suas ilhas, Zelândia, está separada da Suécia por um estreito em cujas margens fica Copenhague, a cosmopolita capital dinamarquesa. Fundada no século XII, a cidade se desenvolve como porto marítimo, estrategicamente situado na passagem de diversas rotas do comércio europeu. A nação tem elevada renda per capita e conta com eficiente sistema de previdência social. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dos mais altos do mundo. O temor pela perda dos amplos benefícios sociais leva o eleitorado a rejeitar a adesão imediata ao euro, a moeda única da União Europeia (UE), em referendo realizado em 2000.

DINAMARCA, ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS DA DINAMARCA

História da Dinamarca

Bandeira da DinamarcaA Dinamarca e a península Escandinava são o ponto de partida dos vikings, navegadores escandinavos que, entre os séculos IX e XI, dominam a região do mar Báltico e do mar do Norte. No século X, a nação é unificada e cristianizada por missionários ingleses e saxões. Em 1397, Dinamarca, Suécia, Noruega e Islândia juntam-se na União de Kalmar. A intervenção dinamarquesa na Guerra dos Trinta Anos (1618/1648), a favor dos protestantes, e as guerras contra a Suécia, no século XVII, reduzem a influência do país no mar Báltico. O apoio à França napoleônica leva à perda da Noruega para a Suécia, em 1814. Em 1849, uma nova Constituição abole o absolutismo e institui a monarquia constitucional. Na guerra contra a Prússia e a Áustria, em 1864, a Dinamarca perde as regiões de Schleswig-Holstein e Lauenburg.

Copenhague, Capital da Dinamarca
Copenhague, Capital da Dinamarca
Bem-estar social - A nação permanece neutra na I Guerra Mundial. O Tratado de Versalhes restitui-lhe o norte de Schleswig-Holstein, região que estava integrada à Alemanha. Na II Guerra Mundial, os alemães ocupam toda a Dinamarca – considerada pelos nazistas um "país-irmão ariano". A resistência antinazista se acentua em 1943, levando os alemães a decretar estado de emergência e dissolver as Forças Armadas. Depois da libertação, em 1945, há uma sucessão de governos do Partido Social-Democrata (SD), que ampliam, nas décadas seguintes, a estrutura de bem-estar social do país. Em 1949, os dinamarqueses participam da formação da aliança militar ocidental, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Um plebiscito, em 1973, aprova o ingresso da Dinamarca na Comunidade Econômica Europeia (CEE), atual União Europeia (UE). Em 1982, pela primeira vez desde 1901, o país tem um governo liderado pelo Partido Popular Conservador (KF), que procura reduzir benefícios previdenciários e impor medidas de austeridade.

Integração de imigrantes - Em 1993, cai o primeiro-ministro conservador Poul Schlüter, acusado de violar os direitos de refugiados. Os conservadores ganham as eleições locais de Copenhague, em 1997. Sua campanha enfatiza o "perigo" representado pelos imigrantes do Terceiro Mundo. A tensão social cresce a partir de novembro de 1999, quando os bairros de Copenhague com a maior concentração de imigrantes se tornam cenário de confrontos com a polícia e protestos contra a decisão inédita do governo de deportar um jovem nascido na Dinamarca – filho de pais turcos –, acusado de diversos crimes. A deportação é autorizada porque o rapaz perdeu o prazo para requerer a cidadania dinamarquesa. A gravidade dos protestos leva o governo a anunciar, em fevereiro de 2000, um plano para acelerar a integração social de imigrantes e seus descendentes. O pacote prevê medidas para evitar sua concentração em bairros de estrangeiros e estimular o aprendizado do idioma dinamarquês.

Euro rejeitado - Em 1992, a população dinamarquesa rejeita, em referendo, o Tratado de Maastricht, que institui o euro, a moeda única da UE. Nova votação é realizada em 1993, e o tratado, aprovado. Mas, diante da falta de consenso nacional sobre a questão de adesão à moeda européia, a Dinamarca decide ficar fora do lançamento do euro, em janeiro de 1999. A adoção da moeda é novamente rejeitada em plebiscito de setembro de 2000, por 53,1% dos votos. Isso ocorre apesar de o governo garantir a manutenção do nível das pensões e aposentadorias até 2045. A derrota no referendo leva o primeiro-ministro Poul Rasmussen (SD) a modificar seu gabinete, em dezembro, substituindo cinco ministros.

Poul Rasmussen antecipa as eleições gerais de 2002 para novembro de 2001. O Partido Liberal (V), de Anders Fogh Rasmussen, que promete medidas para conter a entrada de estrangeiros, é o mais votado, conquistando 56 das 179 cadeiras do Parlamento. Pela primeira vez desde 1920, o SD deixa de ser maioria e fica com a segunda bancada (52 cadeiras). Anders Rasmussen torna-se primeiro-ministro, em governo de coalizão com o direitista Partido Popular Conservador (KF) e com apoio informal do Partido do Povo Dinamarquês (DF), de extrema direita. Em janeiro de 2002, o novo governo anuncia um projeto que restringe a entrada de imigrantes e refugiados no país, aprovado pelo Parlamento em maio. Novas medidas, propostas em fevereiro de 2004, dificultam o ingresso de religiosos muçulmanos fundamentalistas.

Guerra do Iraque - O governo apóia a coalizão anglo-americana na guerra contra o Iraque, iniciada em março de 2003, e envia cerca de 500 soldados para auxiliar na ocupação do país. Em agosto de 2004 surge a denúncia de que uma oficial do Exército dinamarquês submeteu prisioneiros de guerra iraquianos a maus-tratos. O governo inicia investigação a respeito.

Territórios - A Dinamarca possui dois territórios externos, áreas pertencentes ao país que estão separadas dele geograficamente. São a Groenlândia e as ilhas Faroe.

Groenlândia - Maior ilha do mundo, a Groenlândia está situada entre o oceano Atlântico e o mar Glacial Ártico. A pesca é a principal atividade econômica da ilha, bastante dependente da Dinamarca, que responde por sua defesa e as relações externas. A migração para as cidades causa problemas econômicos e sociais nos anos 1990, com o crescimento do desemprego. A descoberta de petróleo e gás natural, em 1994, cria expectativas de mudanças econômicas. No início de 2002, entretanto, a empresa responsável pelas perfurações informa não ter encontrado reservas em quantidade suficiente para exploração com fins comerciais. Área: 2,2 milhões de km2. População: 57 mil (2016). Idiomas: groenlandês, dinamarquês (oficiais). Capital: Nuuk.

Ilhas Faroe - As 18 ilhas desse arquipélago, situado ao norte do Reino Unido, no oceano Atlântico, têm clima ameno para os padrões nórdicos. A indústria da pesca responde por 90% das exportações do arquipélago. Em 1998, o Parlamento local aprova resolução que aumenta a autonomia política do território. Área: 1,4 mil km2. População: 47 mil (2016). Idiomas: faroês (principal), dinamarquês. Capital: Tórshavn.

Zelândia, Maior Ilha Dinamarquesa

Zelândia, Maior Ilha Dinamarquesa

A Zelândia (em Dinamarquês: Sjælland) é a maior ilha da Dinamarca. Está separada da Fiónia pelo Grande cinturão (Great Belt ou Storebælt) e da Escânia, na Suécia pelo Øresund.

Yding Skovhoej, Ponto Mais Alto da DinamarcaYding Skovhoej, Ponto Mais Alto da Dinamarca

O Yding Skovhoej é o ponto mais alto da Dinamarca, com 173 m de altitude. Fica localizado na península da Jutlândia.

Hans Christian Andersen

Hans Christian Andersen nasceu em Odense, Dinamarca em 2 de abril de 1805, filho de um sapateiro e uma lavadeira. Menino sensível, preferia entreter-se sozinho e inventar histórias a brincar com outras crianças. Quando tinha 11 anos, seu pai morreu. As dificuldades financeiras forçaram-no a tentar um ofício, mas sua índole introspectiva e delicada tornava-o alvo de zombaria entre os colegas. Aos 14 anos foi para Copenhague, disposto a fazer carreira no teatro, como cantor, dançarino ou ator. Conseguiu um lugar como extra, mas a inaptidão para essas artes levou-o a ser dispensado pouco depois. Nesse meio tempo obtivera a estima de alguns escritores e compositores, que o protegeram nas grandes privações materiais e forneceram-lhe meios, em 1828, de entrar para a universidade e completar os estudos.

Com seu extraordinário talento para criar encantadores contos infantis, Andersen conquistou reconhecimento mundial e estimulou a imaginação de um sem-número de crianças e adultos.

Hans Christian Andersen
Escreveu poemas, peças e romances, que não foram bem recebidos, embora conseguisse publicar dois livros. A situação material mais folgada permitiu-lhe viajar pela Europa e, em 1833, uma ida à Itália proporcionou-lhe a inspiração para Improvisatoren (O improvisador), primeiro romance de sucesso. Escreveu então suas primeiras quatro histórias para crianças, publicadas em 1835 em Eventyr og historier (Contos de fadas e histórias). Até 1872 continuou a publicar contos infantis (um total de 168 em cinco séries), que seriam traduzidos para mais de oitenta línguas e lhe trariam imensa fama.

Com estilo vivo e ágil, recriou em seus contos o folclore da Dinamarca e dos países que visitou. Os elementos fantásticos predominam, mesclados às vezes a um toque de amargura. Se algumas histórias revelam crença otimista na vitória da bondade e da beleza, outras são de profundo pessimismo. Não faltam também o humor e a sátira às fraquezas humanas. O componente autobiográfico apresenta-se na maior delas, como em "O patinho feio" e "O soldadinho de chumbo", embora todas sejam sobre problemas humanos universais.

Com toda razão Andersen deu a uma de suas duas autobiografias o título de Mit lyvs eventyr (O conto de fadas de minha vida). Do período inicial com enormes dificuldades à posição de escritor mundialmente reconhecido e estimado, a trajetória de sua vida lembra suas histórias de meninos pobres e humilhados que se transformam em príncipes. Andersen morreu em Copenhague em 4 de agosto de 1875.

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